Olhai os lírios do campo, as bundas pelas praias,
Sempre sorridentes...e as aves que gorjeiam ou cantam
Também contentes!
As borboletas em nuvens num céu com diamantes
E outras nuvens que cercam e passam por todo canto,
‘Meio da folha’ e espaços entre as estrofes...!
Com tudo isso se faz poesia!
O barulho daqueles homens com suas máquinas maravilhosas,
O do salto das mulheres da vida, moças de família e do ‘frufru’
Das saias mais longas e religiosas!
Tudo isso é poesia, poesia é tudo isso, aquilo, aquilo outro,
Aquele, aquela e quem mais ‘pintar’ e se deixar pintar e levar
Pela emoção!
Poesia é quem vive, quer viver e sonhar!
Poesia para iniciantes...é fácil, é só saber amar!
Poesia para os mais adiantados, os consagrados...
Quem falou pra vocês que têm regras a se seguir, e que é só rimar?!
É só me acompanhar e ver...
Desaprender e deixar o resto com inspiração acontecer!
Vocês são mais adiantados, mas com minha capacidade de voar os alcanço
E os faço saber!
Poesia clássica, épica, helênica, ‘helânica’, suas ‘saias védicas’ e meus tempos de ginásio,
de hoje e do melhor de Deus que está por vir!
Para ser recitada, cantada, ouvida e engolida ao ser ‘gozada’...para ser destilada,
Num pão com goiabada, pra ser sentida, ter a página virada, mas nunca esquecida!
Ser divulgada, citada e até plagiada sem autoria atribuída!
Poesia para uma gestante esperando um filho que não é do marido,
Poesia do amante, sua morte e do cárcere onde foi parar o traído!
Da guerra do Vietnã que nunca acaba naqueles filmes que sou fã...
Da paz na Terra, da falsa paz...nas tragédias e comédias, máscaras que caem ou não!
Da mesa do rico e de onde faltar o pão...
Não faltará poesia...!
Numa denúncia ou num ‘choro de alegria’!
Poesia do poeta que só fala e vive ‘flores’
independente destas terem espinhos!
Das asas da imaginação com plumas de querubins, do ‘Angelus’,
Elisângelas Moreiras e musas afins ou nem tão ‘afim’!
Do canto de uma folha aos quatro cantos e espaço sideral
Entre os versos!
Poesia ampla e irrestrita!
Do poeta, um ser encantado, incompreendido, ‘Exu Marabô’ ou a ‘falange que for’,
Bendito e proibido fruto, maldito, um amante inveterado e implacável, ‘fudido’, falso demente, fingidor, masturbador, ordinário, violador de normas, suas belas formas e exilado no imaginário para ser poeticamente anistiado!
Deste que pensa que é um deles, dos poetas verdadeiros
Que estão em sua maioria mortos e daquele que renasceu em forma de sarau
E ‘trabalho de grupo escolar’!
Se isso tudo não for poesia então terei que levá-los a parte abissal de meu córtex cerebral
Onde há um jardim secreto por onde passeiam leis inválidas, e sou um jihadista da causa poética junto com 72 colegiais de meião e saias rodadinhas que embarcam e ‘se abarcam’,
E onde também estão engavetados aqueles meus poemas que de tão lindamente pesados
Foram por mim mesmo censurados!
Mas se achas que poesia também não é nada disso...então sei lá!
Pega o ‘sei lá’ e junta com ‘lá sei', rima ‘cebola com ampola’ e faz o que quiser, pois há de ser tudo da lei!
Para os mais adiantados atraídos e quem nunca virá e não está nem aí!
Poesia é tudo o que está na mente, se cria, se transforma, se ganha, se perde, ‘ganha ou perde formas’, versos, o mundo, quem e o que encontrar!
Sai da frente se não ela pode te atropelar como às vezes o faz com o ‘português de Cabral’,
Mas com uma Arca de Noé, e te levar para além do horizonte pelo rio Aqueronte a desaguar em infernos nunca ‘Dantes’, astrais, de amar e de Lucifér!
Mas de lá você sempre volta, trazendo canções do exílio, além de lembranças pra mulher e filho em forma de um poema mais leve numa coisa mais simples que a poesia também é!.
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