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Mostrando postagens de janeiro, 2020

'NATIVIDADE DO CARANGOLA'

Eu era da roça sendo nascido e criado na cidade grande... Tendo usado roupas e aparelhos da moda  Dentre outros costumes urbanóides! Tenho orgulho de dizer que gosto de mascar capim  Ao invés de chiclete, de falar com aquele sotaque Ao invés dessas gírias, e de deitar de papo pro ar Após o almoço ou do comer, num 'bambuzá'! Respirar um ar puro, sentir o cheiro do campo, do barro Do estrume daquelas vacas que disputavam o trânsito Daquele ‘chão batido’...! Ou deste mesmo estrume queimado durante a noite para espantar aqueles mosquitos! Eu sou da roça como minhas lembranças e minhas raízes... Raízes brotadas naquele barro tabatinga, Herança herdada da parte de minha mãe e de uma árvore genealógica Que eu adorava trepar junto com aqueles goiabeiras e mangueiras de lá! Lá não tinha luz elétrica,TV, praia, qualquer recurso, meios ou ‘esse progresso’ junto a sua devastação! Mas tinha a luz das estrelas, a orquestra dos grilos, e éramos acordados  Pelo canto do galo

AOS QUE SOFREM DE PAIXÃO

Pobres vítimas do acaso que acabam acamados  E enroscados uns aos outros entre lençóis! Oro por esses coitados, mesmo sabendo Que de coitados não têm nada,  E que só atendem ao desejo e seu clamor! Loucos, delirantes, capazes das maiores loucuras  E de divinizar até a mais vil criatura, e abandonar Tudo em nome de uma simples aventura! Os que sofrem de paixão são andarilhos sem rumo, Cães sem dono, pombinhos pelas praças e doces vagabundos! São cegos guiados pelo coração enganoso... São poetas e santos pelas linhas tortas do próprio destino... Os que sofrem de paixão não sofrem, pois assumem os riscos. Os que sofrem de paixão não morrem, por tentarem reescrever suas histórias! Aos que sofrem de paixão eu peço que tenham ânimo, pois pode passar! Ao que sofre de paixão, eu dou a minha mão, pois queria estar em seu lugar!.