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Mostrando postagens de maio, 2021

CHOVE SIM!

  Para que talvez assim escoe a tristeza por esse chão! Chova durante três dias, mas que não atrapalhe um carnaval! Chove sim...! Para que se apague e 'afague' as cinzas da guerra E um 'pombo-fênix' renasça trazendo em seu bico uma nova era! Molhe o cabelo da menina, chova sobre o semiárido nordestino E afogue as mágoas na sarjeta lá da esquina! Chuva com sol no casamento do espanhol... Sol com chuva no da viúva! Chova uma chuva que lembre o 'Grande Dilúvio'  Para que a certeza da bonança seja o arco-íris no final!

AMOR ALADO

  Por onde andastes até me encontrar...?! Nos meus sonhos, desejos, loucuras?! Em meu coração, destino ou do outro lado dessa rua?! Por onde andastes por todo esse tempo em que te esperei sem contar?! Sem me dar conta, sem saber e sem notar... Que o amor é justo, pode tardar, mas nunca falha! E que se está no ar ele é alado como seus anjos, Mas nunca é volátil e fulgaz como tantas paixões! Por onde andastes até eu te 'saber'...?! Pelas páginas de uma romance ideal, nos capítulos de uma novela sem final...?! Ou na masturbação dos sátiros de sua quimera?! Andastes sobre o mar, o solo lunar, desrespeitando Isaac Newton E todos os gênios que só conhecem o que lhes dita a razão! Perambulavas pelo espaço entre as estrofes de algum poema perdido em minhas gavetas Com outros parangolés! Voava, se teletransportava e me abduzia em seu 'OVNI plissado', em tergal E com o brilho de menina!

OLHANDO AS FLORES

  Olhando as flores percebi o quanto a vida é bela E que o mundo também é um jardim! Que necessita ser cuidado, regado e plantado com amor! São flores do jardim da alegria, da amizade, do mal e da saudade! Flores que enfeitam um dia, que conquistam e são dadas a uma mulher, Mas pertencem a primavera! Olhando essas flores, mas sentindo o seu odor... Ignoro os espinhos da vida, percebendo a felicidade E colhendo as rosas desse mar!

AMAR VOCÊ...

  Foi o que pôde me acontecer de melhor! Meu melhor 'investimento', minha maior alegria, O maior dos acontecimentos! Amar você também se tornou um vício, Um 'suplício', uma loucura, perdição e seus resquícios! Amar você... Eu me lembro, mas ainda não sei como tudo isso começou, Quando e onde vai dar...! Amar você sempre foi como um sonho do qual não quero despertar! Uma coisa estranha, santa, pura, sincera e sacana! Amar você é uma condenação pra ser paga e saciada na cama! Uma febre, um amor, um clamor, uma paixão... Tudo isso é te amar...! E a esse amor eu me entrego de coração!

EMBAIXO DO SOL

Embaixo desse sol escrevo esses versos Como um dia também fez Salomão com suas Eclesiastes! Embaixo desse mesmo sol estão todas as obras, tudo o que se faz, 'Se deixou de fazer' e parece já ter sido feito! O sol brilhava assim quando ela me deixou... E quando ela retornou chovia,  Mas ainda assim em algum lugar ali um sol existia! Este sol que me segue onde quer que eu vá...! E que me ilumina no que quer que eu faça! Sol de tantos verões, idas, vindas, desencontros, paixões! Sol do lavradio e do feitor, 'sol quadrado' da cadeia e da claraboia das mansões! É sob este sol que quero estar quando a felicidade raiar, A lágrima secar e finalmente vier a luz as soluções! Sol onipresente, acima de tudo, todos, altos e baixos... Ó sol do dia da criação, dos astrônomos, astrólogos...! Presente no panteão egípcio e que brilha em todo o mundo! Este sol independente que nós dependemos e que damos voltas ao redor! Um sol que brilha nos dias de paz apesar de possuir o mesmo fogo usado

ESSA 'COISA' DE AMAR

  Que Deus me proteja ou mesmo me livre Dessa 'coisa' de amar! Que começa não sei como, vinda não sei de onde E nunca se sabe onde vai parar! É uma força, algo surpreendente e espontâneo... Sem explicação, porquê, mas com suas razões! Um mal necessário do qual qualquer um se acomete E que se pega no ar, num olhar e na troca de beijos! Como funciona essa coisa de amar?! Sua fórmula química, alavanca, freio de mão... Um manual para ter o controle da mente, truque para domar o corpo E manejo pra lidar com o coração?! Essa coisa de amar inventada por um deus  E pelos homens tão usurpada na forma de paixão! O mal do século para alguns poetas, um bem maior que se faz a si próprio E a um semelhante! Deus me abençoe por essa coisa de amar! Por sofrer por quem amo, 'chorar de alegria' E com esse estranho dom, a ele me igualar!

ORAÇÃO A JULIANA KNUST

  Ave Juliana Knust... Cheia de borogodó e esplendor! Bendita sejas dentre as atrizes Por encher a tela da minha TV Com sua graça e amor! Juliana Knust, o fascínio é convosco! Uma deusa, musa, celebridade, Um anjo de verdade... Fazendo o papel de mulher! Tu és morena, tu és divina! Dourada pelo sol que nos ilumina! Afrodite que resplandece nas espumas desses trópicos E sereia vista na praia pelas lentes paparazzis! Ave Juliana Knust, mãe de Matheus, de Arthur e de algum personagem! Ó tu que aceitas qualquer papel pela profissão... Aceite meu desejo, meu beijo, meu gozo e minha mão! Peço que olhe por nós anônimos assim como a observamos Através dessa tela e seus transistores! E que me permitas sonhar que o mundo é esse sorriso largo Com essa 'covinha' aí do lado, a felicidade não é 'beijo técnico',  E que apesar de 'ensaiada' com um simples sorriso desse, pode ser real! E me ajude a crer que você existe e que não é mais uma ilusão Fruto da televisão!

PALAVRAS DE AMOR

  São palavras tão belas, bobas, sinceras, ternas e eternas... Palavras leves, alegres, às vezes tão breves... São palavras de amor! Palavras que uso e abuso pra te conquistar, te convencer,  Lhe dizer e te chamar! Palavras ensaiadas e gaguejadas... Palavras que também uso pra te 'dobrar'! Redigidas em cartas, declaradas ou declamadas em versos! São palavras que tocam e falam ao coração... Palavras do maior dos mandamentos, sentimentos... Palavras ou 'coisa de momento'... São só palavras e jogadas ao vento quando ignoradas! São palavras de amor, de conforto, de alguém para alguém, pra mim, Pra Adélia, pra fulana ou seja lá quem for! Palavras que vêm pertencem ao sentimento, seu consentimento, Inexplicáveis, intensas, imensuráveis, 'pretensas', inabaláveis e incondicionais! Palavras sábias, poderosas e apaixonadas! São palavras de amor para serem consideradas, reconsideradas, cantadas, 'catadas' Vividas, choradas, mas nunca desperdiçadas! Palavras levadas

TAINÃ

  Estou aqui à espera do que estar por vir E chorando o que passou! Estou aqui louco por um dejavú E por aquela que já me amou! A milhas de distância de qualquer lugar, De qualquer olhar... De seu cheiro e de sua mão! Estou aqui na cidade dos loucos e dos selvagens de pedra Com um cálice de razão! Um cego transitando na treva de ideias... Querendo a luz daqueles olhos e dos dias de nosso amor! Um acorde triste e desafinado que desespera um cantador! E é por amor que hoje sangro e pela moça que estou chorando Com a linda rosa no cabelo! Rosa essa que exala a esperança e tem pétalas de sonho E seus espinhos pesadelo! Eu só quero beber de um rio que nasça da fonte de desejos E mata a sede de um novilho desgarrado que sou! Sem a mão de sua pastora e o calor de seu rebanho! Eu jogo fora o que restou, mas não perco o seu sabor! Nem a milhas de distância ou em espaço sideral...! Pois nosso amor é tatuagem é visceral... Que me acompanha sobre a carne como ferida de punhal!

DE CORAÇÃO!

  Não tente explicar as coisas de um coração... Coisas que vêm lá do fundo seja do peito, Da alma e de um sentimento profundo! Pra que explicar o que não tem explicação... O que se sente, se quer, o que se vive, O que sequer se pode mensurar e o que se faz só com coração?! Coisas de um coração apaixonado, confuso, 'embriagado' Ou mesmo magoado... um coração partido seja por qualquer motivo, Mas que logo perdoa o seu endividado! Falo de coração das coisas que sinto por você... Das coisas que já fizemos ou daquelas que pelo menos lembram nós dois! Coisas feitas de coração para coração... São coisas desse órgão caridoso, enganoso, sagrado, sangrado E que nos leva a perder a cabeça e tomar rumos que dão numa via-crúcis até a paixão! Tudo isso cabe e vem de um único coração... Quando é grande, cheio de amor pra dar, receber  E se completa ainda mais ao se comprimir num forte abraço! As coisas de coração são assim... As melhores coisas do mundo, exageros, absurdos aparte...! São razõ

PARA OS POETAS MORTOS

De séc'los, amores e temores passados! De outras vidas, castelos e condados! De amores de meninas, donzelas e senhôras De escravidões, guerras, tragédias ou comédias d'outrora! Deram graça, cor e paixão para aquelas e essas vidas! Fazendo acreditar que para tudo há um sentido ou saída! Registradores de sonhos em pedras fundamentais e 'filosofais'! Grandes alquimistas de ideias épicas e atemporais!

DE VERMELHO...!

  Quando ela veste vermelho o meu dia fica azul! Minha esperança sempre viva e verdejante  Mostra seus frutos, e minha face alegre Também se enrubesce! Quando ela está de vermelho Esta é minha cor favorita, Essa realidade perde seus '50 tons'...! A vida ganha a tonalidade e tecido dos sonhos E esse outono se torna 'floral'! De vermelho e de frente para o espelho! Vermelho-fogo, diabo e das forte paixões, Do fogo da guerra e das rosas nos canhões! Ela me aparece de vermelho e me assombra com o seu esplendor, Tinge a paisagem de fascínio e faz desaparecer o meu desamor! Vermelho-maçã, Xangô, Iansã, bordô, vinho, carmesim, 'Crimson Queen'...'vermelho dela'! Ela chega de vermelho trajando as 'cortinas' de um lindo espetáculo... Um vermelho-Marte, 'Vênus', Afrodite, mar da Bíblia e do livro de Mao De capa dura, mas sem perder a ternura! Quando ela 'pinta' de vermelho ela me provoca, borda e retoca Dando mais esse tom para o que já me p

APRENDIZ

Com o amor além de 'se amar' também se aprende a viver! Com o amor eu não só aprendi a sonhar, Mas também a viver um sonho! Aprendi a ser feliz e até mesmo a voar...! Ah, o amor... melhor professor não há! Melhor remédio, melhor resposta... A melhor dica e maestro na regência perfeita entre os corações! Aprendi com o amor e 'com amor' a enxergar as coisas por outro ângulo... A enxergar o outro...! Que tudo é belo, tudo é bom e se pode perdoar! Com o amor se aprende o que a ciência não explica... O amor nos confunde, constrói, 'funde' e ao mesmo tempo em que corrói! E sua conclusão muita das vezes se chega na cama! Como a vida e as outras artes e histórias o amor também ensina! Não faz preço, distinção, mas tem apreço e suas lições são das mais valiosas! Aprendi com o amor fazendo aulas práticas e teóricas com esses versos... Aprendi a ouvir o coração, a enxergar de olhos bem fechados e a gemer sem sentir dor! Aprendi que ele pode ser ágape, de mãe, de Eros, mas

GIZ!

  E só restaram fotos... De tudo e ‘de nada’ Do que foi, do que não foi E do que poderia ser e também não foi! Fotos velhas e inválidas Estampando e vegetando nos álbuns E na parede desse meu quarto escuro! Fotos em preto e branco, sorrisos amarelados E de todas as cores! Fotos coloridas de todos os tempos  e amizades também coloridas hoje desbotadas! E cada foto registrava um momento, um sonho E cada foto é vestígio, um fragmento Ou mesmo os destroços do castelo De um reino que já existiu! Fotos dela à beira daquela praia distante Num lindo pareô! Fotos minhas à beira da loucura, Numa festa que me levaram à força! E só restaram fotos... Que posso rasgar com a maior facilidade E assim esquecer! Fotos da vida que morro com cada suspiro de recordação... Só me restaram fotos e um registro de alegria e tristeza  'Batidos' pelo meu coração!

DE MUDANÇA PARA UM 'VESTIDO'

  Vou partir de mudança para o seu vestido! Me despindo de uma vida sem cor, estampas... Passando a ser por tão lindo amor revestido! Vou me embora para o interior... 'do seu vestido'! 'Passando' ou surfando por dobras ou regaços E regar a beijos seu campo florido! Vou acampar e usar como 'lona' o seu vestido! Sendo ele de 'seda'... ou o que seja, e que me sedas Teu seio, teu corpo ou calor como um abrigo! Eu vou me refugiar nesse teu vestido...! Longo como deveriam ser as relações E me acolhendo sem ter como um 'pervertido'!

*LUA, MÃE DOS POETAS

  Lá no céu prateada e nua Brilha, brilha a imponente lua! E eu me perco em meus poemas tolos E te procuro como a um tesouro! A lua cheia e feliz além dos montes A irradiar sua luz de poesia e amor Sobre nós nesse luar! E a noite tão criança é por ela guiada Ao lado de boêmios e morcegos Que vagam pela rua! Lua mãe dos desejos dos casais e da menina... Que nunca mostra sua face negra e nossos sonhos ilumine!

E O RIO LEVOU...

E o rio levou aquela folha, Aquele barco, aquela espuma E a pedra arremessada que pulou! E o rio levou e lavou aquela Iara, Aquela Osùn, um tal Narciso E o meu amor! E o rio também lavou aquela tanga e sua lavadeira E lavou minh'alma levando o que passou! E  o rio levou o sapo que lavou o seu pé; Sepenteou o Éden e me batizou!

CÉU DE MAIO

  Sob esse lindo céu de maio  Eu juro não jurar mais! E assim viver um dia com cada céu De cada vez com ‘cada mal’, e quem sabe seguir em paz! Esse céu azul-alegria no qual não se vê  Nenhuma névoa, nenhuma sombra ou maldade! De tantos maios que já vivi e dos que ainda Espero viver! O mês das noivas, de suas flores, desse céu E coincidentemente do meu aniversário! Prometo a esse céu quebrar as promessas que já fiz Se for preciso e por amor! Acreditar se não houver outra solução, chorar  Sem sentir vergonha e ser feliz sem me arrepender! Um céu simplesmente azul apesar de nossas complicações! De comum acordo com o sol apesar desses desencontros, Azul como o horizonte, seus mares e abismos poéticos e nunca dantes! Simplesmente azul como me foi simples te amar, pegar em sua mão E com você voar! Deixando para atrás qualquer tristeza, estando seguros distantes De tanta barbaridade, seguindo na contramão de certos sentimentos E olhando do alto para ‘baixeza’ de outros! É embaixo desse céu de