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Mostrando postagens de abril, 2019

SÓ FLORES!

Só de flores vive e ‘só vive’o poeta, Um jardim, um jardineiro e uma borboleta  Que tanto precisa de seu néctar! Para se viver só de flores basta cultivá-las num sorriso, Pensamento, plantá-las no fundo do peito, da alma, Regá-las com beijos e espalhar suas sementes e pétalas... Aos quatro ventos, cantos e canteiros! Ah, viver 'só flores' como eu aspiro...! Flores que tanto inspiro e ‘me inspiram’ E cujo perfume até ‘já respiro’! Mais um poema sobre flores e sem espinhos... Flores de plástico ou em vestidos...! Flores recatadas profanadas por um beija-flor! Flores, flores e mais flores...! Nem 'tudo são flores'...! Mas receba essas flores em forma de versos  E como prova de meu amor!.

DOS POEMAS QUE FIZ PARA ADÉLIA

O que deve ter sido feito...?! Estariam guardados numa gaveta, Em seus pensamentos, no peito?! Não mais me dizem respeito, Sendo que foram feitos para ela, Por ela e pelo meu amor! Eles pertencem aos meus sonhos E seriam dedicados ao nosso fim! Escritos por um sentimento mais verdadeiro Do que a atual coloração de seus cabelos São poemas e, como tais, abstratos, porém palpáveis Quando descrevem a maciez de sua pele que nunca toquei! Dos poemas dados para Adélia, eu tenho a certeza De um coração enganoso e a comprovação De uma das mais famosas teses de Platão Os caracóis de seus cabelos vivos e já tão distantes Com a velocidade do passar do tempo, Aquela saia ou vestido que ela nunca usaria, O piquenique que nunca fizemos, as palavras ou parangolés Que gostaria de ouvir e o manto da condição de deusa A qual lhe “canonizei”! Ela os rasgou, repassou, ignorou ou releu...?! Poemas bobos, mal escritos, rasurados e lindos! Poemas feitos para ela, mas pertencentes à po

TE AMAR

Não sei como começou, Não sei o que me deu E não sei onde vai dar! Te amar parece que é só, E tudo o que sei fazer! Me foi muito fácil porém Não sei explicar! A resposta deve estar no seu jeito, Trejeito ou carinho...! Te amo porque te amar é bom, É lindo, doce, engorda, é mal e me faz necessário E essa é toda a explicação que também nada resume! E tudo começou com uma troca de olhar Seguida por um beijo e tantas e tantas alegrias! Ah, como é gostoso te amar...! E me lambuzar no teu mel ou no teu fel! Amo também o teu cheiro, o teu vulto e tua imagem Reproduzida de forma exagerada na minha mente em lembranças E fantasias! Não existe fórmula, ciência exata, finalidade ou destino! É algo que me foi sentenciado e ao qual fui condicionado! É o meu prazer, razão de ser, minha sina... Te amo e pronto... Não há mais o que falar, dizer e então só me resta viver Essa paixão morrendo de amor! Isso é ‘te amar’ e não peça para te provar o que já é certo, Está marcado,

MAIS UM POETA...

Que o mundo me perdoe por eu ter nascido poeta! Por eu ter nascido com essa ‘necessária maldição’ dos séc’los Que é esse dom de amar! Por ver esse mundo com os olhos de quem sonha acordado...! Por escrever em linhas tortas e só falar em versos E como se estes fossem declamados ou 'aclamados'! Que me perdoe esse mundo real e 'cinza' Por eu também gostar de versos brancos e de tantas outras cores, E por fazer de um arco-íris, tobogã, onde pode haver duendes, Seu ouro de Midas, Oxumaré e um ogã! Nasci poeta nesse mundo cruel, onde se mata e se morre, Mas posso ser ‘imortal’! Posso atravessar o tempo, voltar nele ou nele me perder junto com meus pensamentos! Posso ser aclamado, mal compreendido, preso como o sabiá, Exilado com as aves de lá...! Mas em poesia eu posso ser livre pelo menos em meu cantar! Queria que todos nascessem poetas e vivessem de amor E ‘na flauta de Pã'! Nasci poeta e este mesmo mundo também quis assim! Quis que eu me rebelasse

O QUE É AMOR?

Uma pergunta estranha para essa coisa tão linda, Inexplicável, indescritível, indiscutível, sublime e indispensável! O amor é o que se sente, é de mãe, de amigo, ágape e adolescente! É ‘possível do impossível’, é notado à distância e supera a mesma! Eu não sei o que é amor, mas o reconheço em você! É com o amor que se aprende a sorrir, a cantar, gozar e viver! Uma pergunta sem a resposta de cientistas por estes não saberem de Deus... Uma pergunta que deixo para poetas, românticos ou para qualquer um outro Ser vivo ou quem por isso já morreu! O amor é o que está escrito nas estrelas, Maktub, vem da alma, vem de dentro, sai da boca, se 'despeja no gozo' e se refugia numa saia! O amor é uma flor, um espinho, um beijo, uma faca... O amor é ‘uma porra’, um gracejo, um carinho ou um tapa! O amor é... amar é... O amor pode ser um sonho, um 'fardo' ou um ‘simples caso’ de um homem Ou de uma mulher! 'O que é amor'...?!(Perguntou o marido) O que é amo

BOROGODÓ

Borogodó o que é...?! Que todo mundo fala, que todo mundo quer Mas só algumas pessoas é que têm?! Borogodó não sei o que é, mas pode ser o ó Borogodó é um termo, uma onomatopeia Como o ziriguidum, o rufar e o repique do carnaval! Borogodó ela tem mesmo sem saber...! É madeira de dar em doido, engorda e faz crescer! Borogodó tem rainha, súditos, açúcar, gelo e limão! É fetichista, naturista, esquerdista e saia de normalista! Borogodó, profano e onipresente...! Coloquial, poético e exigente! Não encontrei no Aurélio, mas o vi em pessoa E fazer a diferença! Borogodó é um dom, um dote e pode ser encontrado num esperma,  Numa poção mágica, entre os seios, as ancas e as pernas! Borogodó é um mistério para filósofos e cientistas se excitarem! Borogodó, vai se saber o que é...?! Borogodó, que não sei o que é, mas acho que adoro! Que me desculpem as feias e as bonitas, mas borogodó é o que eu quero beber! Um viva ao borogodó...! Ave borogodó...! O rei da África, a mãe d

SE CHOVE...

Se chove, o meu amor inabalável não se dissolve, e de emoção cairá a lágrima que na face escoa, escorre e percorre! Se chove é no telhado, lá fora... enquanto aqui no meu peito e pensamento estamos bem protegidos, e pensando bem não há porque se temer a chuva cuja ‘nascente’ é no Reino dos Céus! A chuva com o seu poder de cura, acalma ânimos e leva consigo amarguras! Chuva que afaga como garoa e brada com os seus trovões...! Alaga como o Grande Dilúvio, mas traz consigo a bonança que nos chega através de um arco-íris com suas cores e emoções ! Eu quero uma chuva pra gente cantar, dançar, se banhar, deitar e rolar...! Para sermos felizes como não somos nos dias de sol! Um tempo chuvoso é tido como um ‘mau tempo’, mas se chove é pro nosso bem! A chuva tem gosto de éter e de ‘bundinha de anjo’! Se chove então deixa a chuva cair, o nosso amor ser orvalho, nossos corpos, o telhado, e que se danem ou se encharquem os outros planos!.

A CADEIRA DO DRAGÃO

Aonde foram parar as minhas unhas, minhas roupas E minha honra?! Não sei que horas são, que dia é hoje: Amarrado a essa cadeira de alumínio, Esse tempo de chumbo não passa! Aonde foram parar as minhas unhas, meus sonhos E minha mulher, que ainda há pouco estava aqui, Sendo enrabada na minha frente?! Não sei o que eles querem ou me perguntam E até o meu nome verdadeiro ou falso eu já esqueci! Fui preso (sequestrado) em plena luz do dia E encerrado na escuridão desse porão mal-assombrado Por gemidos moribundos Fui açoitado por fios desencapados e ligados à sanha De meus inquisidores! E aonde foram parar as minhas unhas, minh'alma E a saída desse inferno?! Meus gritos inaudíveis de preso político abafam as rajadas E os gritos de vitória da guerrilha urbana sobre a superfície E, assim como as unhas e tudo o que me foi arrancado pela “segurança nacional”, Eu também desapareço nas páginas da história e da anistia, Mas não entregando nenhum companheiro!.