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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

SEM VOCÊ

Sem você é assim Tão sem 'tão'... Sou eu e minhas tolices mórbidas, É a casa vazia, espaçosa Que eu sempre desejei, Mas não dessa forma! Eu sem você é somente eu  E sem você... 'só'! As tardes tão quentes, Hoje tão frias quanto os ventos do sul! E a luz do meio-dia encoberta pela desilusão... Porque eu sem você sou apenas ‘eu’ e sem você! Que me beijava nas manhãs E amava ao me deitar! Eu sem você sou ‘deficiente de prazer’! Porque eu sem você sou esse 'eu' sem você!

EU E VOCÊ

Dividir nossas vidas, juntar nossa carne! Fazer muito amor e desfazer toda dor! 'Chorar de alegria' e nunca de tristeza! Nunca sorrir 'de mentira'... Sermos humanos, mas nunca nos enganemos...! E que a felicidade nos entreguemos!

LÁGRIMAS DE CORSÁRIO

Eu a perdi para o tempo, sua vida e crescimento! Eu te perdi no horizonte e nos mares do pensamento! Já enfrentei monstros marinhos que em nada se comparam Com os da desilusão! É horrível dizer 'adeus, amor' e mais ainda largar a sua mão! Meu coração chora e a mente implora, mas a resposta é o silêncio! E te agradeço os belos dias de sua boca e 'minha língua'... O navio se vai e deixa para atrás o que fomos! Sorriso e espada, reza e palavra...! Quem sabe um dia nos reencontramos?!

PARANGOLÉ

Quem leva a sério um apaixonado...?! Que vê o sol lhe 'sorrir' e acha que a lua Pode beijá-lo! Como é tolo um apaixonado...! Que acha que pode tudo por causa de seu amor! Ele acordou diferente e tudo fazia sentido De repente... Um sorriso de embriaguez, os pés fora do chão E a paz mundial garantida pelo menos 'dentro de seu espírito louco'! Que inveja desse apaixonado! Que goza em todos os sentidos de um paraíso em sua felicidade... Seu desejo, um Mandamento que se cumpre sem pensar, Sua amada, uma 'nação' cuja saia é um 'pavilhão' a se respeitar! Quem culpa um apaixonado por ter cometido o erro de se apaixonar?! Fugiu do 'calabouço da razão' e foi parar na forca da paixão! São ridículos os apaixonados perante a seriedade de quem sofre de 'desamor'!

MANHÃS DE SHANGRI-LA

Meia-lua meia nua Desejos mil de carne tua! A trova toca e embala a hora De nossos lábios sem encontrarem O concerto de pardais, a primavera E seus 'florais'... O cenário perfeito pra nossa paixão! E a meia-lua à meia hora Na manhã que já aurora E acende mais o meu coração! Eu quero o beijo e seu desejo, O sabor e o mel de rosa, seu leite e seu manjar! Num doce sereno, breve e eterno feito o amor Nas manhãs de Shangri-la! E a meia-lua é ‘meia sua’ E meia nua na carne crua! Se apimenta com o sabor de amor e travessura De menina e de ternura, de razão e de furor!

A LÂMPADA MARAVILHOSA

A Lâmpada Maravilhosa e os três desejos que desejei! O céu, o também alto-mar e um só dia de rei! A Lâmpada Maravilhosa contra os eremitas da Cruzada! Harém de devaneios, cruzes e espadas! Só mais três desejos saborosos... Teu corpo, teu cheiro ou 'paladar'! Aos djins encantados que me fazem sonhar! Quero a saia de parangolé, você ainda mais mulher...! Ser Simbá e os quarenta ladrões pra navegar no teu mar e dormir Com Sherazade! Roubar beijos, califas e paixões... Ser Ali babando no véu da odalisca! Abraão que Sarah e Saara no mármore do amor! Aos djins engraçados do fundo da lâmpada Eu faço um clamor! Quero justiça e paz, céu azul de condor  E um oásis no medo! Quero a fruta da virgem no tapete dourado E a lã do cabelo!

CADA VEZ MAIS LINDA!

Com o mapa do paraíso nas formas do corpo, Sua beleza tem 'parte com a deusa Afrodite'! Seu sorriso é o tesouro da felicidade sem preço... Seu olhar é o espelho do meu desejo! Em sua boca ecoa a minha vontade, e sua maquiagem É só um 'adereço'! Linda com aquele vestido, aquela calça e o 'meu blusão'! Linda de qualquer jeito que eu ver ou imaginar... Linda com o passar do tempo, a qualquer momento E como a minha certeza de te amar! 

'CICLOS'

Eu já fui como você que acaba de nascer E que nos braços de sua alegre mãe chora Como e por ser um bebê! E que daqui a pouco irá também um 'pouco' crescer! E também um pouco irá parar de chorar Para emitir uns ‘gugus-dadás’... Vai sorrir e ainda vai engatinhar, rolar e cair Antes de aprender a andar! Até ter que bem cedo levantar Para ir a escola, jogar bola, cair mais, se ralar E quem sabe ‘um pouco’ estudar! Ah, já fui como você...! Com sua primeira espinha, namorada, Sendo chamado a atenção e ‘se julgando’ Tudo saber! Até quebrar a cara e seguir vivendo, aprendendo(ou não!) Até chegar ‘o hoje’ antes do ‘amanhã ou depois’...o ‘quem sabe’...(!) E ainda não saber! Saber o quanto poderia ser fácil, o quanto complicaram... Saber o quanto era feliz e não sabia e quantos anos já se passaram! Hoje tento ser poeta e ‘salmista’, mas já fui moço e não quero ver o justo Desamparado nem sua descendência mendigar o pão! Tantas primaveras, tantas promessas, ‘tantas políticas’... E o mundo

JÁ PENSOU...?!

Já pensou eu e você... Numa cama de prazer?! Já pensou o céu e o mar... O dia de sol e o luar?! As tardes amorosas, O carinho e o calor...! As flores no vaso, as estrelas No quintal... Já pensou seu coração Acelerado em minha mão?! Já pensou o doce mel Escorrendo do teu véu?! O brilho jovial da manhã, O pinguim e a fartura na geladeira...?! Já pensou pensar em mim... Num dia lindo ou nem tanto assim?!

BLÁ-BLÁ-BLÁ

Esse é só blá-blá-blá... Eu não sei porque, Só sei que blá-blá-blá! Não quero falar de flores, Muito menos de amores... E só blá-blá-blá é o que vai ser! Já falei de hoje, já lembrei de ontem! E agora é blá-blá-blá! Blá-blá-bá e blá-blá-blá! Gasto essas linhas e blá-blá-blá pra morena... Blá-blá-blá pra loirinha! Blá pra açucena, blá pra rosinha! Blá-blá-blá do governo e do mundo! Blá-blá-blá dos velhos absurdos! Eu quero falar, então blá-blá-blá! Já chega de falar, chega de blá-blá-blá!

JÁ FALEI QUE TE AMO...?!

Se já falei que te amo, e só falei... Então agora eu ‘digo’ pra confirmar E não ficar mal entendido!

'PAMBU NJILA'

  Abre a roda, alas e a gira Laroiê e é Pambu-Njila ! Èsù fêmea e mulher Lilith, moça e cabaré! Rainha da estrada e encruzas Faceira... que me seduzas! Pakalala e gargalhadas Banhos, rosas, baforadas! Saia rodando na gira Laroiê e é Pombagira! Cigana, exu, dama e mulher! Dentre os maridos, Lùcifer ! De Espanha, Àfrica e outras bandas...! Da rua e giras de umbanda!

O PORQUÊ DO NOSSO AMOR

É porque as estrelas brilham E o céu é azul! É porque as rosas têm espinhos E o mar é tão salgado! É porque a vida é 'assim', E porque tudo acaba! É o ‘porquê’ da felicidade E que não existe para a tristeza! É porque nos abraçamos, nos beijamos Ou simplesmente nos saudamos! É o porquê de se escrever um poema, Se caminhar na praça, e se ‘pula amarelinha’! É porque o sol nasce, Deus existe E a lua ‘anoitece’! É o ‘porquê’ do nosso amor, Sem explicação como tudo que há de bom!

SAIAS RODADAS

BOROGODÓ! PARANGOLÉ! Lá vai ela voando como uma bandeira de amor! BOROGODÓ! PARANGOLÉ! Juvenil e colegial, bailarina e mulher, diarista  E 'noturna'! São as saias rodadas ao meu redor... Poesia em tecido dançando a música de um desejo de calças! BOROGODÓ! PARANGOLÉ! Queria ser filho do vento para em minhas travessuras Levantá-las e não levar palmadas por ser divino e invisível! BOROGODÓ! PARANGOLÉ! São ciganas, baianas, poetisas, carnavais e todas as estações da moda! BOROGODÓ! PARANGOLÉ! Quero uma mulher que use todas as saias com estampas de felicidade Nesse tecido de tantas cores da vida!

ALERTA PARA O AMOR

Muito cuidado com o amor! Que chega sorrateiro, te toma por inteiro(a) E te encontra e ‘pega’ onde for! Dele não há escapatória... Impiedoso e lindo, com flecha e asa de cupido Cujas penas podem escrever e reescrever sua história! Fique atento aos seus sinais, conhecidos, sentidos e fatais! Muito cuidado com o amor inventado por Deus E 'desvirtuado' por satanás! Quando este contém riscos e alguns danos(corações partidos), Tentações, enganos, armadilhas! Mas ainda assim se faz necessário por ser amor, ser tudo E não se resumir num verso ou numa ‘redondilha’! Ele que se esconde num sorriso, num gesto ou vestido...! Invade um outro peito quando se alastra pelo ar! Mas resistir ao amor é abrir guarda para ‘males’ dos piores! É ficar ‘imune’ a felicidade e até deixar de sonhar!

CHINESES JOGAM PINGPONG

Violões fazem sons... Estranhos violões! Se solta a mola que move o mundo, O gato mia atrás do novelo Que cai num buraco fundo Onde já estão o ouro, o tolo O touro que é valente e Raimundo! Chineses jogam pingpong, Estrelas não mudam de lugar, Pois nem ali e nem aí elas estão! A mulher amada está num 'Quarto Crescente' Assim falava o Rei Nabucodonosor... Joaquim Nabuco, o escravo e cativo da Babilônia! Leio um jornal num trem parador E a terra parou, o tempo passou... Gauleses jogam pingpong É final dos tempos, do jogo, tempo de jogo, do momento... Com a linha chinesa desses subversos , e acabou!

AMOR(INCONDICIONAL E COMO ÚNICA CONDIÇÃO)

Sem amor não vale,  Não sei, não posso e não vou! Sem amor não dá, não peço e nem quero, Não há, não vou e 'não sou'!

LAOS

República Democrática Popular Lau Situada próxima àquele país Onde aconteceu aquela guerra que você vê Em filmes! Laos não é Vietnã...! Não é Camboja, China e muito menos Japão! Mas lá, eles também têm lindos olhinhos repuxados E comem arroz de montão! Chegarei em Vientiane(não Vietnã!) Numa missão de paz como aqueles monges pacifistas De mantos ‘avermelhados’, Mas sem pertencerem a uma ‘esquerda’ ou ‘direita’ E sim procurando o caminho que leve a iluminação. Laos...não permita Deus que eu morra sem conhecer esse lugar! Que fica literalmente lá na Cochinchina E onde serei amigo do rei sabendo que hoje lá se trata de uma república. Vou pra lá de helicóptero Uh-1h Huey! E chegando lá, vou caminhar numa calçada que eu sei que toda cidade possui, E tomar banho numa cachoeira que eu sei que tem lá através da Internet! Pra lá eu vou levar meus livros de ‘socialismo utópico’ e outras histórias E livros de cabeceira que já foram proibidos por aqui! Alguns discos de rock e Adélia trajando um li

REFÉNS DA LUA

Meu amor está em suas mãos Faça dele o que achar melhor! E meu prazer está em seu corpo Quando se banha em meu suor! Não tenho tempo a perder e tudo a ganhar  Nesse momento  aeternum  de paixão! Aqui estamos nós dois como reféns da lua E escravos de um senhor luar! E temos nas mãos, na mente e n'alma A benção d'outros apaixonados Que a poesia também fora até aqui arrebatar! Um amante não fala, declama o seu amor Por quem ama em cada gesto... Um amante não come, devora o que e quem ama E de sua morada a abóbada celeste com as estrelas forma um teto!

CÉU DE BRIGADEIRO

Como um pássaro o meu pensamento vai... Além das nuvens pra te encontrar! E como a rotação dessas nuvens ele teima em te lembrar! Neste céu de brigadeiro e outros aviões e 'guloseimas'! Céu de minhas loucuras, travessuras e paixões... Me leve a voar, flutuar e 'mergulhar' nesse céu de emoções! Desse céu não caem bombas, lágrimas ou temporal! É um céu mais azul que a primavera tropical! Hoje eu quero um sol como aquele de nossos dias...! Quero um 'arco-íris tobogã', passarada e melodia! Num céu bonito pintado por nós... Se vão os trovões e só ecoa a sua voz!

OFÍCIO DE POETA

Sei de minhas obrigações como poeta Que são as de não ter 'nenhuma obrigação', Nenhum compromisso com essa razão! Sei de minha tarefa como poeta Nas veredas entre as estrofes, De atingir os corações! Podem me chamar de vagabundo Só porque não faço outra coisa Além de amar, rimar ou não rimar... Que seja a questão! Posso até não ser pago por esse ofício,  Mas sei que de amor, esperança, paz e fantasia,  Esses versos e 'versículos' irão me recompensar!  

TAMBORES D'ÀFRICA

Os gritos das crianças nos quintais... A festa no céu e o convite aos animais! Tudo é alegria quando não se esquece de viver! E viver é um sonho quando não se 'acorda' da poesia! Cultivar o amor e as flores nos jardins possíveis...! Beijar Maria e brincar de desejo na ciranda do bem-me-quer! Rompem os tambores d'Àfrica pela dança do Astro-Rei...! E eu vi nascer dois sóis que resplandeciam nossos horizontes  Em terras e mares ainda 'não dantes'... Ou não imaginados por aventureiros e veleiros mal intencionados!

LILI

A luz que se intromete pelo basculante Beija a minha face e deita seu arco-íris  Naquela parede sem cor! O dia amanhece independente de que se acompanhe o seu 'parto' Ou se admire o seu resplendor! São certezas que almejam à queima-roupa Qualquer 'sorte-azar' de desesperança! Eu não digo, grito... só quero e berro ser mais do que feliz! Dando volta na ciranda da mágica de amores possíveis...! Não saio do lugar, mas sou feliz com o rodar...! A roda de mim mesmo e o grande complexo de emoções só minhas! E então caímos tontos, mas ao levantar percebemos tudo! Existe um coração para cada peito 'coirmão'! A luz que me queima agora no fim de um túnel é a nossa direção! E se tiver que invejar alguém, invejo um anjo que só existe num sonho E assim é imaculável! E se tiver que invejar alguma coisa, invejo 'coisa alguma' Por sua independência por não existir! Arranquei do caderno de uma colegial, essa folha singela Para esse poema cru! Mas tinha o seu tempero, o s

ZIRIGUIDUM

Com a avenida iluminada lá vem ela e a madrugada! A Rainha de Bateria e do borogodò! Enchendo de graça seus tantos esplendores e suas cores! Distribui graça, alegria e arranca delírios e amores! Enfeita as três noites e estrela o luar! Seus súditos aos seus pés de samba, seu suor e calor! O carnaval é o seu reino e não tem colombina e nem pierrô! O ziriguidum bate forte nos telecotecos e manecos da vida! Por causa dessa Rainha que enfeita e apaixona arquibancada e avenida! Faz da Apoteose a sua 'Camelot' encantando Momos, orixás e gnomos... É a Rainha de Bateria a quem aos batuques reverenciamos!

O VESTIDO FATAL

Alguém pare aquela mulher que segue de vestido! Façam alguma coisa... parem-na e a impeçam de também parar o trânsito, Apaixonar, fazer outras vítimas de seu amor, enlouquecer E até de matar de tão fatal que está com esse parangolè ! Alguém pare aquela mulher que segue de vestido ou a sigam! E vejam de onde ela vem e se vêm outras vestidas assim também! Onde ela quer chegar, quem ela vai ver e quem é o sortudo Que pode vê-la se aprontar, se despir ou despojar?! Alguém mandem-na vestir uma 'roupa de verdade'... Que tenha fundilhos, que 'seja de gente' e não a torne Uma deusa ou 'tentação'! Vestido justo que ela põe e se ajusta, se abaixa, se levanta E 'se masturba' no corpo da fêmea a que ele se impõe! Elegante e como uma 'primavera ambulante' exalando amor com suas estampas de fulô ! Alguém pare aquela mulher e pergunte seu nome, sua 'marca', seu tecido...! Não é nada pessoal e nem com ela... Mas sim com 'aquele vestido' e porque

LILI

Me afogue no teu ribeirão Onde se banha o gozo  E com as correntezas transborda a paixão! Me leve nas tuas asas com a linda rapina Que possui o seu olhar a espreita do meu! Me leve a acreditar em sentimentos de muitas formas Que nos ensine a única e melhor de se amar! Ela quer ser leoa e devora meu medo de não ser consumido...! Ela é a linda princesa sobre um dragão que me consome com o fogo de suas entranhas E suplícios! Me leve até o seu oitavo céu acima de todos os outros... Um céu que só existe sobre a cabeça de seu fiel! Ela é a forma e a fôrma de sonhos... Muito bem trabalhada pela natureza e suas mãos de amor!

KING SIZE

Nessa cama King Size e redonda Coube um mundo enquanto fora desse quarto Um outro se tornava menor para tamanha paixão! Nessa cama amarrotada e suada,  Uma camisola abandonada exalava o cheiro  De uma noite bem dormida e amada! Nessa cama de estrados e pregos... 'De carne e osso'...! Colchões humanos se aconchegavam entre si  E nas trocas de posições! Nessa cama de lençóis e sedas rasgadas, As plumas angelicais do travesseiro Voaram até as nuvens com os espasmos e espermas de orgasmo e 'orgasmos'! Nessa cama tão macia e sacana, a noite criança perdeu a sua inocência  E à meia-luz de um abajur se fez a orgia de um luar nupcial!

O 'ELO PERDIDO'

Deus abençoe o verdadeiro homem, Aquele que vive em plena comunhão com sua mãe natureza Ou se reconciliou com o seu amor natural! Aquele que se reveste com o véu da cascata  E se admira em seu espelho d'água! O 'verdadeiro ser vivo', criatura de Deus... Livre como as aves, bravo e feliz como as bestas-feras! Por que que tanta modernidade?! Viver deveria ser uma simplicidade... Dádiva dos céus chovida nos telhados dessas aldeias de concreto! A felicidade pode ser supostamente resumida por uma tinta de caneta, Um apertar de botão, um pedaço de papel qualquer... E tudo isso retirado de recursos naturais pela mesma mão que pode desmatar E causar tanta tristeza! E o verdadeiro homem escreve seus mandamentos com atos! Depende dos ventos, do sol e independe de tratos...! Pois, sua verdade caminha sobre o leito dos rios onde se deita sua noiva Iara! Não tenho mais dúvida... Deus é um poeta! Que escreveu apaixonado a história e desenhou os tantos personagens da Terra! As guerras e o

O JARDIM DO VESTIDO

Eu me perco no jardim desse vestido E mergulho na saliva e sorriso! Do teu desejo sou o guia para a perdição... Do teu corpo escorre o leito da paixão! Meus olhos brilham como estrelas ou 'lantejoulas'! Durmo o nosso sonho e a cama é o bem-querer! Do teu sal faço um oceano, do teu riso a bonança E dessa tua boca, o meu céu!

PLACEBO

Preciso de um placebo pra passar a dor! Só um placebo sem contraindicações Para aliviar as desilusões que me deixam acamado No desespero! Estou doente com quarenta graus de paixão! Morrendo de amor e delirando aquele alguém! E só um placebo pode me curar! Nenhum outro remédio é 'remédio'! Uma dose ou comprimido de placebo Antes das refeições e de dormir para o mundo! E assim melhoro nossa relação Acamado na ilusão de um amor imortal!

ODE AOS SHORTINHOS DE JÂNNYFER

BOROGODÓ! PARANGOLÉ! Pra tentar definir o que é! Shortinho collants, de pano ou até de lã... Que deixam desnudo o gozo sob o pano mais puritano À capa e tanga mais selvagem que o avistar! BOROGODÓ! PARANGOLÉ! Shortinhos florais ou fluorescentes...! Queria ser a sua brincadeira de menina  E seu papo furado adolescente! BOROGODÓ! PARANGOLÉ! Shortinhos de funk e de praia... Imagino como devem ser suas saias...! PARANGOLÉ! BOROGODÓ! Brilho de Vênus, fogo de Salomé! Pra ela não tem inverno, mas tem muito verão... Tão pequena e tão danada é a tendência da estação! E me despindo de tristeza, ela me reveste de fascínio... E de shortinho ou bermudão, o seu amor é o mesmo! BOROGODÓ! PARANGOLÉ! Isso é o que ela é...! Com shortinhos de ginástica, ginásio, funk, praia e 'Salomé'!

ME DESCULPEM POR EU FALAR ASSIM DO AMOR...!

'Assim'... Desse jeito mesmo que todos nós pensamos E sabemos como ele é, como ele vem, como ele age E como faz e 'se faz'! Do mesmo jeito que todos dizem, muitos já cantaram, Escreveram, pintaram, e muito mais do que tudo isso, Eu gostaria de praticá-lo! Falo de amor dessa forma porque de outra não é amor! Apesar de tantas formas, ideais, ideias, 'ideias de posições' de se fazê-lo... O amor é único como um Deus Verdadeiro! Falo de amor dessa forma porque é a melhor e por ele não me dá outra saída! De ágape a édipo, de 'alguém para alguém', 'alguma coisa'... De mim pra quem quer que seja e do certo para com o errado! Me desculpem por eu tanto falar de amor...! E falar assim... Mas sei dizer se é bom ou ruim! Falo, digo, respondo e pago com amor...! Que só 'se vende' em forma de versos e o recebo e aceito de qualquer forma! Não me desculpem por eu falar de amor... Assumo essa 'falha', esse defeito, esse vício, esse 'risco'!

UM POEMA PRA VOCÊ!

Agora me ponho a escrever um poema pra você! Um poema que apesar de mal escrito exalte Ou tente definir sua beleza! Um poema sobre a alegria e tantas sensações que me proporcionas! Em suma um poema que seja meu, mas para você! Em homenagem ao nosso amor, em louvor a vida e a Deus por te criar! Escrevo um poema original por falar de algo tão íntimo... Escrevo mais um poema para você em coautoria com nossos sonhos E assinado por nossas confidências! Um poema para ser lido com o coração, ouvido no silêncio, Declamado na alcova e aclamado por quatro paredes! Escrevo para você inspirado naquele beijo, pensando em flores, Arco-íris, anjos e gracejos! Escrevo esse poema para você 'te rimando comigo', sem nenhuma dúvida, Rasura, censura ou edição! Escrevo esse poema só pra você, mas sou levado a 'nos publicar' sendo movido pela paixão!

CANGA

Sentados à beira-mar observando o sol num crepúsculo a mergulhar...! Somos duas presas da noite certa que chega sorrateira com o seu bando de estrelas E sua boca calada e aberta! O barquinho traz de volta o pescador e leva embora a minha tristeza Com o alívio da brisa de sua respiração próxima a minha! Um namoro oceânico embalado pela canção das conchas e sereias...! Um amor de verão e de verdade com minha princesa do mar num castelo de areia!

CARNAVAL

Agora eu vou falar de carnaval...! Já que tá na época  Ou pelo menos enquanto durarem os seus eternos três dias! Mas no país do carnaval ele se faz todo dia... Com suas plumas, paetês, esplendores, samba no pé e seus tambores! Vou falar de carnaval do ponto de vista de quem não sabe sambar...! De um 'turista em sua própria cidade'  E de quem sempre aproveitou essa época para viajar! Mas que também gosta de carnaval, de suas mulatas, morenas, 'eslavas' E todo o seu festival! Carnaval do Rio, Bahia, Olinda, Parintins, Itaperuna e New Orleans! Vou botar o meu bloco na rua em forma de um 'poema-enredo' E colocar o meu amor como destaque num carro alegórico de qualquer escola! Seus trios elétricos, bailes de máscaras e aqueles mais 'licenciosos'! É a 'festa da carne' como diz o seu próprio nome, é a chave da cidade deixada com Momo,  A vez de todos as fantasias e a mais alegre das manifestações populares! É carnaval de eternas marchinhas, balangandãs

ABROLHOS

A sereia perdida entre os abrolhos Com o seu canto sereno de amor! A garoa mais fina sobre os lares e olhares...! A cauda, o cometa, o ardor! A sereia da trova de desejos encanta o navegante! Nos abrolhos as pedras confortam ondas salgadas e errantes! São sete mares e chaves de um sentimento sofrido! São arquipélagos japoneses e Caribes perdidos! E a sereia e seus abrolhos tanto batendo e perfurando... Vemos ilhas e fragatas, sua beleza e oceanos... Pirateando invado o beijo, a melodia e os corais! Ceará e pescador, caravelas, Portugais... A sereia se doura na pedra, minha jangada já saiu...! E seu olhar ela pesca... De areia e de sal era o beijo! Na canga e bikini molhados era a festa! Dos abrolhos sai o gozo e das ondas esse cantar... E a sereia perdida entre abrolhos, o seu canto, o tesouro e seu mar!

FLORES DE PLÁSTICO

Estáticas, inodoras, falsas, porém concretas! Lá estão aquelas flores de plástico e sua beleza eterna Como um sorriso de retrato! São 'de mentira', porém melhores do que essa verdade! Ó flores artificiais, o meu amor é verdadeiro e natural por vocês! São frias, porém vermelhas e também apaixonadas! E suas pétalas firmes como os seios que as abraçam e as levam  Junto com o meu desejo entre eles! Pobre do agosto que tentar te despetalar...! Sua primavera é eterna e caso morreres, eu posso te 'reciclar'!

O LADRÃO DE FLORES

Observo aquela flor que roubei do jardim da vovó... E o que vejo é você! E a perfumada certeza de que nesse universo controverso e perverso Ainda se pode florescer! Uma flor que 'floresce' e perfuma o meu quarto E você em minha mente entorpecendo e embelezando o meu pensar! Como eu queria ser uma flor e só viver de amor e de enfeitar os quintais! Pra não dizer que não falei só de flores, Vou falar de seus espinhos que também fazem parte do jardim ou buquês da vida! Eu roubei essa flor, mas há quem as 'assaltem' e logo são punidos pela ira divina Que protege a sua beleza desde os altares aos 'despachos'!

AMOR

Deste amor a maior prova que fica É deixada por esses beijos! Amor que não se tem como medir, igualar ou negar! Amor que não se sabe de onde vem, Não se tem como deter, não se sabe onde vai parar E nem se 'vai parar'! É deste amor que falo, mas não consigo resumir... É um amor cego, mas que posso ver, enxergar e em sua figura consegue se definir! É um amor que seria como tantos outros se não fosse verdadeiro! Um sentimento que carrego comigo me deixando levar, iludir ou me perder! O que posso explicar, o que dizer ou fazer?! Este amor é quem manda... E o coração só deve obedecer! Ele me faz feliz ou me 'convence' disso e está tudo bem! Ele é mais forte do que eu, do que você, do que o mundo, E do bem e do mal vai além! Mas é amor, puro, bonito ou como queira! Esse amor não é só amor... É o que sentimos um pelo outro, é o que sonhamos,  É o que queremos e conseguimos! É um amor destes que 'não existe'! É o amor do qual eu sempre escrevo ou recito! Pelo qual supli

SAIAS TRADICIONAIS

                                                               Saias confeccionadas na forma de poesia Pela inspiração divina dada pelos deuses do amor! Saias azuis como deveriam ser todos os 'tecidos da vida'! Saias de quem aprende, ensina, de quem ama e mais do que tudo, apaixona A quem assiste e não resiste a seu balé e parangolè! Saias de menina, fada, ninfa, ninfeta e menina-mulher! A caminho da escola, de emoções e sonhos! Um pé de vento que as levam pela 'mão' me levam também a sonhar! Saias colegiais, tradicionais, municipais(do meu tempo), infantes e infernais! Fazendo de meu trajeto e vida um lindo 'recreio', Mas com o juízo e o respeito também seguindo atrás!

ELISÂNGELA E SEU AMOR

Correndo naquela pista está Elisângela...  Seu pégaso(tatuado) e o seu amor! E é todo o seu amor e o que é o bastante para dar e vender! Elisângela a eterna debutante com o seu borogodó à flor da pele E meiguice a todo instante! Seu amor é o seu par pelos bailes e também a própria vida! 'Deusa de estimação' em meus selvagens 'cultos solitários'...! Elisângela e os seus amores ainda cirandam ao redor de meus devaneios! No rancho das estrelas ela faz amor com o seu pégaso! E ao tomar e se banhar no prazer, lhe crescem asas De um amor leve que a leva e eleva ao infinito! O deus do parangolè abençoa essa união da fantasia com a emoção! E a certeza desse amor impossível é a camisolinha transparente Que não sei se ela tem, mas que deixa à mostra todo o meu desejo! Elisângela e o seu amor na praça da alegria... Elisângela e seu pégaso juntos naquela pista interditada para o desamor!

LENÇÓIS DO SENHOR

Dança comigo, Deborah... Sobre esse chão de certezas Lavado com lágrimas, batido e pavimentado de paixão! Somos duas velas acesas de um jantar de emoções... E as torres de um castelo onde o amor é nossa 'masmorra'! Quero água que não mate minha sede de viver... São outroras de mágoas e 'agoras' de folia! Deita comigo Deborah... Nos deliciosos lençóis do Senhor! Onde juntos nos tornamos anjos 'dormindo acordados' Nas diabruras de casal! Não sinto mais aquele frio, pois agora te sinto em todos os sentidos! A faca cortava a carne na agonia... Agora parte o nosso pão na ceia do prazer! Fica comigo, Deborah...! Pelo menos até aquelas velas derreterem E o palco perfumado desse salão ser incendiado...! Viva essa paixão, Deborah e bebah  das águas de um sentimento manancial!

A LOCOMOTIVA

Sigo viagem e pelo caminho as paragens Me lembram outros sertões! Minha viagem é saga e da janela a 'sega'  De almas e corações! E parece que tudo é tranquilo Quando vemos 'tudo' de passagem...! É tudo tão lindo como um quadro de paisagem! E eu me sinto seguro protegido por esse vagão! Aguardando uma vaga no Hotel Shangri-la à beira-mar de rosas E 'vagas' de emoção! E a locomotiva segue em frente ultrapassando 'loucos motivos'... Que me levariam a amar ou guerrear contra os delírios E cidades que deixei! E eu te levo no coração, na mala e num pensamento! E a locomotiva apita com toda a sua 'louca emoção' Acordando apartamentos e sentimentos... A verdade lá fora e na próxima estação! E a locomotiva chega a seu destino enquanto me perco em pensamentos  Nesse vagão!

E DEUS FEZ O AMOR...

Com a simples e importante finalidade de aproximar, Unir, selar e transformar vidas! O amor... 'só o amor' como disse Camões! Feito das melhores coisas da vida, Com aroma de rosa e espinhos de paixão...! Deus fez o amor, não a guerra! O instituiu como Mandamento, o consagrou como 'unguento'; Lhe deu sua imagem e seu poder para agir sobre os homens! O amor é uma invenção de Deus para todas as suas criaturas! O amor vem de Deus, mas nos confunde como seus desígnios, Para no fim de tudo contribuir para o nosso bem! Faça um bom uso de seu amor... Aproveite cada um de seus momentos especiais. Não o desperdice com qualquer coisa ou 'qualquer um'... Mas seja complacente com os pobres de alma! Que Deus que fez o amor também saberá o que fazer a respeito! Deus fez do amor um guia para os corações tidos como enganosos pelas Escrituras! Deus fez o amor para ser compartilhado, trocado, Espalhado, devolvido, mas nunca 'comprado'! O amor é feito de fé, esperança, beij

POEMA KNUST

Knust...! Eis-me aqui... Mais um de seus tantos fãs, Fanáticos, seguidor(de Instagram), erotomaníaco E lunático a cultuar essa estrela! Knust... Vou preferir te chamar assim e assim não proferir Seu nome de deusa em vão ou para não confundir Com qualquer 'outra Juliana'! Essa é descendente de Araribóia e das 'valquírias prussianas'! Minha musa de número 6 num 'panteão', ranking ou top Formado por mais de novecentas mil! Por você eu desmarco o que possa ter fantasiado fazer com Deborah Secco E aquela outra Juliana... Passo a assistir novelas e abandono essa linda mania de masturbação! Eu sei que você é de Niterói, tem tatuagens na lateral das costas, É linda, seu sobrenome é alemão e que é casada,  Não sabe nada sobre mim(nem de minha existência) E que eu não tenho chance nenhuma aí! Knust...! Passará a ser o meu sobrenome, o nome desse vestido acetinado E do 'borogodó concentrado' que só se encontra nas prateleiras E estantes de Utopia nas estâncias de m

A CAMISOLA DE PARANGOLÈ

De camisola ela 'me deita e rola'... De camisola me aparece na porta E começa a brincar! De camisola como um anjo E 'com um anjo' ela dorme! E com aquela camisola sonhando acordado Fecho os meus olhos e começo a delirar!

UM MUNDO SEM AMOR

Sem amor, sem flor, sem emoção, paixão ou calor...! O mundo seria um lugar tão frio! Sobraria espaço para mais e mais guerras... Não haveria espaço para nós dois E seria o mundo ideal para os que não tem coração sobreviverem! Seria um mundo numa total escassez poética, filosófica e romântica! Faltaria diálogo e se formariam máculas! Não haveria beijo e se castraria o desejo! Uma realidade que temo até imaginar e na qual até os os sonhos não seriam possíveis  Ou simplesmente 'não existiriam'! Um mundo sem amor mesmo nas pequenas atitudes ou gestos... Um mundo de homens maus, sem Deus, sem minha 'Amada Imortal' e perfeito para satanás! Mundo cruel, desigual, sem amor e sem justiça! De crianças desamparadas, mulheres viúvas e violadas...! Um lugar sem lei, sem paz ou misericórdia! Um mundo sem nada já que só o amor constrói! Sem o brilho do sol, sem o arco-íris, o canto dos pássaros, a lua, o arrebol... Uma estrela para nos guiar! O que seria do mundo sem amor...?! 'Nã

PROIBIDÃO

Eu vou pro baile com a Cris Santos...! Ver e dançar o que eles proíbem Inda que toque em todos os cantos! Barracos, becos, barrancos, trancos... E Cris até o chão, sol e luz virem Prum som de preto, gregos e brancos! Eu vou pro baile com a Cris Santos Sentir o Chapadão e o asfalto tremerem Nesse tambozão ou beat dos bantos! Irei até o chão ou lua com Cris Santos! Dançar e sarrar sem proibirem Um tal funk já em todos os cantos!