REINO LÍRICO

Essa que eu diria que é a melhor das sensações! Que vem através de um beijo estando atrás de um olhar E de um sorriso... É o caminho para a felicidade, é a chama e o que mais preciso! É amor... e você nunca me enganou! 'Tava na cara', tava escrito e nos meus sonhos! É o que sempre foi desde a primeira vez... É o que sempre fomos, sempre será apesar de um 'talvez'! É amor e pronto... 'ponto', mas não vejo um final! Um romance, uma novela, um conto de fadas, uma serenata, um sarau! Um amor daqueles no qual se ama tanto que até o 'tanto' ainda é pouco, E não resume o quanto! Irresistível como um buquê de rosas, uma mini-saia ou um vestido! E é o que eu sinto, o que 'precinto', posso oferecer e espero receber! O néctar, o manjar ou  o borogodó dos deuses... Coisa que não se explica, que dá, que se pede, manda e desmanda! Inventada por um algum poeta, trazida por algum 'anjo torto', Desenhada com formas de mulher e a imagem e semelhança da ten

  brejeirice s f 1. qualidade do que ou de quem é brincalhão, alegre. 2. graciosidade ger. acompanhada de extroversão e certa malícia. "a b. de um olhar de mulher" Definições de Oxford Languages Ai morena...! Da cor mulata Da pele de sol... Sua beleza inata É da nossa raça! Seu dengo é brejeiro E seu jeito tropical! Deusa faceira, cabocla, sereia e praieira! Seus lábios de mel e corpo de sal... Morena...! Dourada, purpurinada e cobiçada! Ó musa de letra de samba E Rainha do Carnaval! 

O poeta ficou sem palavras... E o que fazer, o que dizer, como escrever...?! Um poeta sem palavras como irá sobreviver? Palavras essas que lhe faltaram diante de algum fascínio... Que lhe foram tiradas ou afugentadas por algum espanto... Ou tomadas por algum outro poeta que o parafraseou! O primeiro 'poeta sem palavras' da história usará gemidos, Onomatopeias e o 'trincar' de um sorriso para compor um canto! E a culpa é da vida, suas belezas, encantos, assombros ou 'banalidades'! Ele terá que criar novas palavras, dialetos ou 'parangolés'  Para aquilo que não possa traduzir, resumir, definir, 'escandir'  E assim correr o risco de não ser compreendido, Citado, mencionado ou 'falado' como acontece com todo grande gênio! Palavras talvez perdidas ao vento por não serem ouvidas Ou levadas a sério! Um poeta que ficou sem as palavras que já lhe faltavam Com sua pouca instrução e insignificância diante de Deus  E de todo esse universo sempre em e

Solidão... Uma palavra que apavora e desagrada só no 'pronunciar'! Que pode ser um dos 'sinônimos' de tristeza E que só não é mais pesada do que um 'pesar'! Solidão é uma palavra, um 'termo que se sente', um estado, Uma condição(das piores) e uma ironia quando esta é sentida  No meio de uma multidão! Uma casa vazia, uma falta sentida, uma lacuna  E uma questão mal resolvida... Um peito vazio, um mundo caído e os pés sem um chão! Tudo isso pode ser solidão mesmo esta 'não sendo nada'! A solidão pode servir para se refletir, repensar,  Mas não serve para 'se esquecer'! Sozinho se se masturba e até goza... Sozinho muita das vezes se quer ficar...! Mas na solidão é impossível se viver! Suas dúvidas quando respondidas é na forma de eco, Os fantasmas lhe fazem companhia e as doces lembranças lhe 'assombram'! Na solidão Jesus chorou, satanás me apareceu, e ela me deixou...! Não quero mais falar de solidão! Não quero sentir, pensar e jama

Upa! Upa! Incitatus...! Nesses campos livres e vastos da poesia! Vamos fugir da realidade galopando até o infinito Que fica além da razão e compreensão! Onde chegando, com a cumplicidade das estrelas, Possuirei o meu verdadeiro amor... Sendo o seu cavalo e em nosso 'galope' mais íntimo Onde no gozo saltarei! Vamos cavalgar de Roma Pagã a Grécia Antiga... Do Rio a Bahia e no caminho cruzar com as emoções Voando com Elisângela e seu pégaso... Atingindo o apogeu de todos os reinados E deixando para trás as guerras e os seus Senados! Upa! Upa! Incitatus na cavalaria da nova era...! Onde nossas armaduras serão de neon, a paz no coração, Em todas as barrigas haverá pão e não haverão flagelados Ou conflitos, pois todos a Terra herdarão!

Com uma camisola cintilante,  Linda ela esperava o seu amante! Com uma camisola turva, deitada ela se masturba! Com uma camisola angelical, num culto à nossa paixão, Ela é por mim adorada! Com uma camisola transparente, não oculta o desejo E se mostra envolvente!

Sou como um rio correndo pra você... Sou como um brilho começando a te envolver! O cheiro da chuva me lembra o frescor de nossos dias... O canto das aves me faz viajar nessa alegria! Alegria essa que é o bem-viver O bem-amar, o bem-sonhar, o bem-querer! Romances escritos a beijos Sobre minha carcaça vazia E que é preenchida pelo cheiro, pelo gozo E pela boca tão pedida! Eu quero a rosa num arranjo vigoroso a nos banhar... Sou como um peixe nesse azul tão profundo de seu olhar! Me escondo em sonhos na tentativa de dizer... E crio asas alcançando o sol com o nosso prazer! É bom te amar, é bom sonhar e te sentir...! Sou como o tempo que passa e te traz aqui!

Observo da janela cada passo e sorriso dela! Tão distante de minhas mãos e tão presente na mente! És a personificação do desejo e do delírio de um sonhador! Que sou por querer te beijar, que sou por insistir nesse amor! És a musa do impossível tão presente e tão distante! És a musa dos suspiros desse pobre delirante! Vem saciar minha sede e vontade de você... Vem ser a 'verdade', meu dia ou só um amanhecer! De longe te aprecio e não me contento... A fome do desejo continua me consumindo! Talvez um dia eu chegue naquele 'lugar ao seu lado'! E talvez 'desça' desses sonhos e por essa boca pequena seja devorado! E eu saio da janela, apago a luz e 'acendo a lua'! Cujo brilho é o desse amor que te quer só minha e nua! 

O que restou de todo o meu reinado, Toda a minha fortuna e meu amor...?! Nada além desse besouro no lugar do coração! Eu que comi do bom e do melhor e tive de tudo... Agora sou o banquete desse besouro e do tempo Que me devoram e deformam! E sou a própria 'fortuna', mas de um tesouro arqueológico! Dormi em lençóis de seda e agora durmo enrolado em 'esparadrapos' E meu leito é um sarcófago! Mas o besouro que puseram em meu peito, Diz que estou melhor assim! Porque depois de mim muitos foram os reinados E nenhum teve a melhor solução para seu povo! E muitas guerras aconteceram e nenhuma teve sentido! E mesmo nessas condições, ainda sou cortejado Pelas pessoas que vêm a esse museu me admirar! Tenho um besouro no lugar do coração, não posso amar, Mas também não posso sofrer! E assisto a tudo, não de camarote e sim do melhor sarcófago Reservado pelos amores daquela vida!

Com poesia tudo é possível, tudo é lindo, tudo é romântico,  Tudo é poético! Com poesia eu posso encarar essa realidade e viver um 'sonho de verdade'... Não imagino um mundo ou o 'meu mundo' sem poesia...  E sem poesia 'eu nada imaginaria'! É com poesia que se tem música e as musas que deram origem a tala palavra...! A própria 'palavra', o verbo antes da carne, Deus, o homem, a mulher, o amor! Sem poesia como falar do sol, do céu, do mar e do horizonte...?! Do véu das cascatas, das aves que por todo lado gorjeiam ou mesmo do apito de um trem de ferro?! É só com poesia que tenho Adélia em Pasárgada ou em Utopia e na cama que escolherei! Que posso viajar entre o tempo e o espaço entre as estrofes à bordo de um disco voador! Voltar a ser criança ou me ver num futuro... ser o Rei Davi ou Nabucodonosor! O mundo sem poesia seria chato e até sem emoção! Seria um mundo sem flores, sem alegria, micro-saias, biquínis, sereias, duendes e outras histórias e fantasia

  Espelho d'água mergulha a mágoa... Amor se vai, se vem sofrer! Querida rosa de espinhos faca Que me corta o pulso e o bem-querer! Me traz de volta o céu brigadeiro, A fada beijo de meu sonhar! Me transcenda coisa louca Chamada êxtase de amar! Afogo as mágoas e seus pesadelos Na Ilha de Creta e da Madeira Vejo os mares de emoções E carrego no peito o seu coração!

A musa dos telejornais matutinos Com suas pautas e entradas ao vivo Links, flashes e coberturas! Com notícias exclusivas  Que logo estarão em todos os jornais! Ah, Ana Luiza Guimarães...! A deusas e estrela das manhãs! Desfilando com uma saia lápis Com a qual 'marca' a ficha que levas E desenha ainda mais a sua beleza! Ana Luiza Guimarães... Que já acompanha minhas manhãs Desde a minha formação sem ter notícias minhas Por nem saber que eu existo! Em que jornal ela estará...?! Qual notícia ela vai dar?! Espero que sejam as boas novas do Evangelho Ou sobre um acordo de paz entre o cravo e a rosa Recém deflorada por um beija-flor! A âncora, jornalista e apresentadora  E MILF mais bonita daquele canal! Me deliciando com notícias terríveis, chatas,  Interessantes, impossíveis e vindas antes do arrebol! E que vão de assuntos políticos, previsões ao futebol!

O tempo passa, não espera... As águas também passam, não me levam! As pedras rolam e não sobram! O mundo dá voltas, mas não são 'cirandinhas'! Simples assim, não entendi! Mas era o sentido da vida Nada cai do céu e se colhe tudo o que se planta! E só a chuva cai do céu para molhar o que se plantou! A vida vive enquanto se mata E a poesia canta e a tristeza se espanta e admira!

Vou registrar nessa Pedra de Roseta Um poema para um amor eterno Que o tempo não pode apagar E na 'catacumba' do peito não pode ficar! Ele deve sair e me fazer feliz com minha felina sagrada! Ele deve ser real como os deuses, os reis e suas fortunas! E eu quero saborear dos seios de minha rainha, Adorar o sol, o céu... e obedecer o meu dia! Beijá-la como na primeira e como se fosse a última vez! Não esperar de Tebas uma solução... E sair em busca da felicidade! E foi escavando as areias do tempo que encontrei O que é atemporal! Eureka! Parangolé! Redescobri o amor e seu sentido universal! Essa Pedra de Roseta não pode 'amarelar' e se tornar ilegível O que o mundo mais precisa que é de amor e seus tesouros incontáveis!

Deus te fez para ser linda, pra encantar, sorrir, chorar e amar! Deus viu a necessidade de Adão, mas fez a mulher a imagem da paixão! Algo apreciável, belo, gostoso e delicado! Uma coisinha angelical e acima de tudo adorável! Deus te fez mulher para ser menina, debutar, menstruar, engravidar E virar flor! Deus te fez mulher para me fazer homem ou fazer feliz... Pra me fazer suspirar, delirar, gozar e fazer de mim o que quiser! Deus te fez faceira, sinuosa, mimosa, envolvente e envolvida num vestido! Você foi feita pra ser honrada, respeitada, cobiçada e  devorada ...! Sua condição de mulher é uma imposição dos céus de bocas dos deuses do amor E do poder da sedução! Deus te fez mulher e deixou o mundo a seus pés de salto alto! Te deu fascínio, borogodó, charme, batom, brilho... Te deu o aroma dos lírios e o poder das musas, além do 'fardo do desejo' Pelos seus homens!

Estou acordando na hora exata em que passa o apito Daquele sonolento trem distante...! Eu devo estar muito preocupado em 'não ter preocupações'! Os personagens e musas de minha quimera pintam o sete Numa eterna infância! Sherazade não contou o fim da nossa história... E desligado desse mundo eu nem ligo, no sossego de meu mundo da lua! Ver o mar, o asfalto quente, os ternos engomados E a vida passar pelo retrovisor...! Que comam brioches e o caviar, 'uma ova'! Perdi minha cabeça por ela e Herodias disse que 'faltava sal'! O duende-saci que rouba calcinhas lambe os beiços Com o festival de cores do meu varal! Um grito de guerra me acordou e me alertou sobre a paz! Como posso acreditar na política se ela também tem programa na TV?! Programa do governo, programa da garota... Tudo programado para algum fim, para o nosso fim! Mas logo virá o levante... Do saiote em Silvia, na lambateria da lembrança e do meu mundo de lua! Sou um cidadão lunático orgulhoso e convicto.

Mais um Faraó e novos canhões em Navarone... Sirenes da nova guerra ocultam múmias de celofane! Lá vai Faraó ao açoite de seus cativos! Lá vai Faraó pro seu banquete tão altivo! Hieróglifos de sangue pichados na nova Jericó! Entre turbantes, quipás e faraós... Faraó e as pirâmides de seu ego...! Seu lacaio mais sincero...  Nada é capaz de abalar sua majestade! Nem o cajado da Verdade que vira cobra queimada no canavial E que o devora... Faraó chegou a hora! Pode escrever no seu papiro... Novos mundos surgirão...! Faraós ocidentais tendo o mundo em suas mãos!

Desejar... Um verbo tão delicioso Quando de todos os tempos  É conjugado no momento Em que se 'vive' tal desejo! Desejar antes de ser verbo é 'carne'...! Desejar é um verbo perigoso, delicado e 'complicado' Quando envolve sentimento! Desejar que muito mais do que algo ou 'alguém'... é tudo! Um desejo pode ter aparência, formas, gosto, cheiro e nome! Também é confundido com o 'amor', pode causar delírios, Levar a loucura, e quando não correspondido pode ser 'mortal'! Desejar e salivar por um fruto proibido... Não ver meios e em sua cegueira só enxergar o 'fim' Num fim que não existe naquilo que não se sacia! Desejo que não se sabe de onde vem, onde vai dar... quando parar, 'O que irá sobrar'...! Mas vem, te invade, toma, doma e tem! Uma força misteriosa da nossa natureza, um capricho, um sonho, Um fogo de palha e de paixão...! Desejar, cobiçar, almejar, conseguir... Desejar é pecado, mas quem nunca desejou nunca amou E assi

Não se sabe o que fala, o que quer, pensa e não quer saber, pensar  E não fala em outra coisa a não ser em quem se ama! Lambe o chão que o outro(a) pisa, traga o mesmo ar que respira, Se embriaga, mas não come e não dorme com o outro lado da cama vazio! Com quem ama é assim mesmo...! Não se vive: se ama, se voa e se atira de cabeça... Se perde a mesma e a entrega de bandeja! Quando se ama nada importa a não ser quem ou que se quer! Quem se deseja, beija ou mesmo 'se desdenha' e 'não se almeja'! Se está embriagado, louco, cego, vendado! Se ilude, se engana e se acerta! Quando se ama não se mede consequências, não faz escansão dos versos Ou dos 'atos' para quem os mereça ou não! Não liga para o que os outros dizem e sim para o que 'aquele alguém' diz, E assim é feliz! Quando se ama só se sabe amar e segue com isso até ver onde isso pode parar... Se 'parar'... mas nunca 'separar'! Seja o que Deus quiser e ele quer por este ser o seu Mandamen

Eu queria ser o Alafim... Da República, musa, 'deusa pública' Soberana, 'iorubana' de Quitéria Chagas! E por tal nobre e 'excitante' título, abdico de ser Faraó E viajo de Citera até Oió com uma barca lunar Cheia de murex, purpurina, especiarias, oferendas, Estandartes e uma imagem da deusa Astarte a sua linda semelhança! Eu queria ser um alafim... e vê-la sambando só pra mim Num palácio com chão de estrelas numa acrópole No alto de um Morro de Madureira sem choro e iluminada Por seus esplendores de carnaval! O Alafim de Quitéria... Anunciado aos batuques! Como deve ter sido com os Reis e Rainhas que forma nossos ancestrais...! Abrindo alas por esse novo mundo onde fincaram o seu estandarte Já há tantos carnavais! O Alafim, Obá, iorubá... Ê! Ê!, Laroiê, saravá! Fazendo você como tema, samba-enredo... e todo esse povo sambar! Um alafim e também seu súdito que se permite por você levar e 'embarcar'!

Bem-me-quer, rosto no rosto Beijo no beijo, doce no mel! Mal-me-quer, tapa na cara, Cuspe e navalha, 'rosa de fel'! Bem-me-quer, reconciliação, sorriso,  Perdão e juras eternas! Mal-me-quer, tudo ilusão, sorriso amarelado E quarto nas trevas! Bem-me-quer, 'quando não quer'...  E mal-me-quer se quiser! Bem-me-quer se é amor  E mal-me-quer se também 'for'!

Sou punido severamente pelas leis do sentimento Por não obedecer ao meu coração! E sou açoitado por um desejo carrasco Que arremessa minha cabeça contra o teu seio! E finalmente sou feliz para sempre, Escrevendo minha história com o batom de nossa cor favorita! Elisangela Aparecida me aparece de 'debutante' E desaparece a minha velha tristeza...! Lili me aparece de colegial, mas o meu amor é incorrigível! Há estradas pela frente nas quais quero me perder achando a sua direção! Não há destino no presente, mas o futuro é a sua mão! Pra lá do horizonte, vivo com a esperança de nascer em nossos olhares! Não há destino tão ausente enquanto a felicidade se apresente  Na paz de nossos beijos se 'atracando'!

Mumificando um passado triste, Saio das cinzas para governar! Ela de Rainha dourada e adorada Que no meu trono vem me amar...! Sou Faraó do Baixo Egito, Do seu amor e da nova vida! Brindaremos ao meu sucesso Mumificando o tal fracasso! Agora que te tenho linda de princesa Nas areias da ventura e aventura... E o pesadelo que afogo nesse Nilo de loucura! E um céu de jade orlando sua beleza... O baixo Egito hurra...! Reconhece minha nobreza! Amon-Rá a primavera abençoou! Não temo Cesar, Hitler e nem a águia que pousou! Na coroa um abutre e o seu vermelho... No rio Nilo está Narciso e seu espelho! Que se afoga e afaga por se achar o 'maior'...! Maior que eu, o Grande Faraó! Do Baixo Egito do Alto e do Oriente! Que pede amor, Rainha e seu esplendor... Que cai na história mumificado na lembrança! E que é sempre Rei, seu amante e sonhador!

Uma flor para a desconhecida Que se sentou ao meu lado num ônibus! Um beijo na boca do amor da minha vida Que ainda não encontrei! Um soco no ar, uma chuva no molhado... Só sei viver, um pouco de acertar E sempre consigo errar! O homem mais feliz e a debutante mais travessa! A mulher de seus sonhos e aquela 'outra' também na cabeça! Só sei delirar, amar e quase nada de esquecer... De ontem, do hoje, do sempre e tampouco de você! Aquela manhã dourada com aquela pessoa adorada! A garota que 'só tudo verde-abacate' e o vestido vermelho Naquela noite negra que se amarrotava! Só sei pensar, um pouco fazer e nem sempre rimar...! Mas sempre tento dizer!

O que ainda falta para uma mulher ser uma deusa?! Se ela já possui seu brilho, seus encantos, adoradores e beleza...! Uma mulher é uma deusa feita a imagem e semelhança da 'tentação'! De camisola é um anjo caído e desgarrado do rancho das estrelas! Ela tem o seu poder que faz com que o mais forte também caia de paixão! A mulher é uma deusa cujo manto é o seu vestido, que se 'beatifica' Quando se 'emboneca' e rege a vida do seu namorado, 'caso', ficante e marido! É uma deusa com o poder da sedução... Do bem-querer, de enlouquecer, do 'sim e do não'! Para uma mulher ser uma deusa só falta um altar par ter esse mundo dos homens a seus pés! Ela é uma deusa para os seus admiradores, uma musa para os poetas e perfeita no ideal de sonhadores! Uma deusa de carne, osso e vestido...! E cujo brilho é o do sorriso, seu culto se faz num riso, num gracejo,  Seu castigo é a negação de um beijo e o seu amor só os dignos é que merecerão!

A poesia... eis a questão! Mas para mim não é uma opção... Faço por falta de coisa melhor para fazer, 'Por fazer', e é o melhor que sei fazer Mesmo que alguém ache que não! Poesia pra mim é a 'questão', eu faço questão E deixar de fazê-la é totalmente fora de questão! A poesia que em forma de inspiração Parte de algum 'lugar encantado' até me encontrar! E quando me encontra me faz sonhar, sorrir, Suspirar, encantar, cantar, voar e viver! Botei na cabeça que posso escrever E tal ideia só me sai da cabeça quando ganha o papel Em forma de poesia! Poesia... Roubo uma rosa, lhe dou, ganho, 'roubo' um beijo,  Escrevo a confissão e a respeito de tal delito e tá pronto o poema! Falo de outras coisas, da vida, do que acontece, o que não pode acontecer... O impossível e o que nunca aconteceu...! Taí mais outro poema! Poetas... Seres incríveis e inimputáveis como crianças e loucos zombando de uma velha moral! Poesia... De Deus, mulheres-anjos, cupidos e outros deus

Estou vendo o amor surgir... Com forma de mulher e de anjo, Com toque de beijo e de sonata... Com cheiro de flor e feito ouro a reluzir! Estou vendo o amor minar feito fonte E com 'força de orvalho'! Intenso como cascata cujo véu celebra uma união! Vejo o amor brilhar como brasa que não fere... Sinto o amor arder como febre, mas o que consome É a paixão! Belo, forte, destemido, determinado e 'confuso'! Não se parece com nada, mas é melhor do que tudo! Algo que se manifesta, alguém que aparece... Que não se convida, mas que a presença nos completa... se carece! Esse é o tal 'amor'...! Que vejo e vem na forma que ele quer, que tenho e que me controla e faz querer! Amor que é bonito, mas não se vê... se nota, te toca e nos dá prazer!