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Mostrando postagens de maio, 2020

O MEU ÚLTIMO POEMA

Este é o meu último poema! É o último poema depois de tantos...! É o último e ainda não é uma obra prima E talvez nem mesmo chegue a ser 'um poema'! O último poema de quem ainda continuará vivendo, Aprendendo e tentando aprender a fazer poesia! Último no qual eu falo de flores, canhões, vida, morte, Severina, veredas e sertões...! Último de minha autoria, mas que não será o primeiro a não ter citações! Acho que de tudo já falei e em tudo já pensei, de tudo já fiz, E um bom combate imagino que também lutei! Um poema que será o último no qual falarei sobre Adélia, seus 'caracóis', Sua longa saia caqui e de 'tecido utópico', de Adriana e Zanza com seus shortinhos clochards e de ‘outros babados’... de uma ‘certa Solange’ com seu vestidinho verde-escuro, de outras cores e outras histórias passadas e tão minhas! Será o último, mas não o primeiro que não finjo, engano e me engano, E convenço o mundo do 'Nero que sou'! O último como as última

POESIA AFRICANA

Na verdade todos nós viemos da África... Viemos em grandes navios e em navegações Que sempre foram ‘comerciais’, erejadas Ou guiadas pelos mesmos comerciantes Dos navios negreiros! Somos africanos separados por um oceano E desde que se deu a separação dos continentes Na antiguidade! Somos africanos como o nosso fubá , comendo angu  Tomando canjica , comendo jiló e tutu ! A África que tá na pele, na veia, na língua, na alma E em todo redor! Como o moleque que solta sua pipa e joga a marimba E com as vizinhas quando fazem suas candongas ! África com os libambos pelos bares tomando suas jeribatas ! De malandros detidos com suas diambas e outros capangas Com suas muambas !  África desde suas cabanas de barro às nossas senzalas , favelas E apartamentos luxuosos de quem é cheio da bufunfa ou jibongo ! Mesmo com o seu cabelo liso ou alisado, sua pele branca ou com bronzeado, Somos todos africanos como a tanga na loirinha, a bunda Da linda negrinha e os búzios de

PIMENTA DO PLANETA

Perdoai ó Pai nós poetas...! Que não sabemos o que fazemos e não sabemos fazer outra coisa se não poesia! Nós que saboreamos beijos imaginários, mas possuirmos um amor real! Um poeta é um fetichista, um alquimista, Pedra de Roseta, o sal da Terra e a pimenta do planeta! Levo os meus poemas e preces para Deus, único capaz de ver e ouvir o meu sarau ainda que esteja em anonimato! Um poema é um canto que se ouve até quando a leitura é silenciosa! Possui inspiração até quando é triste e provoca suspiros até quando se trata de uma desilusão! Sou poeta, mas ainda que fosse consagrado, sou uma pessoa normal! Possuo pomo e ‘umbigo de Adão’... e o que melhor sei fazer é errar, coisa que faço cobrindo com rasuras! Sou um poeta de versos bárbaros, estrambóticos, satânicos e radicais da Arábia Feliz! Peço perdão a Deus por muitas das vezes nos tornarmos ídolos, por adorarmos nossas musas, compará-las a seus anjos e dentre outros ‘poderes’, nos nomearem imortais! Sou p

O BUNKER

Vamos ficar por aqui E por este instante, Só por este instante fingir Que esse mundo e nada mais existe! Vamos ficar aqui abraçados, Nos mantendo aquecidos, protegidos, Recolhidos e com a ideia de que problemas Não existem, as armas também foram recolhidas, As maldades sempre descabidas perderam De vez o seu lugar; qualquer força negativa também desiste E só esse nosso momento é o que importa! Aqui temos cama quente, pão de milho, alguma esperança e 'você'! Vamos ficar bem quando tudo terminar bem...! Tem amor com o seu calor no crepitar da lareira e um cantar passarinho Acho que já posso ouvir mesmo que distante! Enquanto eles se batem, enquanto políticos se corrompem, Derrubam Césares nos Senados, eles vão para uma arena, ‘para aquele lugar’.... Policiais fazem o que podem, o que não podem e 'o que não deveriam' Por esses Complexos da Vida, bombas ainda jorram pelas ‘Sírias’ E pra lá de Bagdá, e estouram na mão de quem quer que seja... Que Deus

'ETERNAMENTE PAGUNG'

Olhai a Thatiana Pagung...! Com seu nome 'russo-alemão', Ginga mulata e faceira, Borogodó e encantos mil Num samba de versos brancos! Deusa Thatiana Pagung...! Que ao representar sua Escola, O mundo a ' come  com o olhar' Sob a benção do Rei Momo, Com quem divide um reinado Que dura eternos três dias!

'KICHUTE'

Eu sou daquele tempo dos tênis kichute e das sainhas de tergal...! Da merendeira à tira colo, da bicicleta monarêta, dos 'cavalos de vassoura' e dos ‘chapéus de jornal’! Sou de um tempo que não volta mais...! Que passou, voou ou 'avoou' com uma pipa avoada e como eu também voei sendo um super-homem com uma 'capa de toalha' Um tempo de criança. Tempo de pipa, pião, bola de gude, pular e brincar o tempo todo! De sonhar e ser feliz, desenhar o sol com um giz...! Pintar o sete, o oito, os 80’s, ‘o mil novecentos e oitenta e nove' e os 90’s... E não ver os anos e tanto tempo se passar! Eu sou da geração que cantou músicas de roda e 'tomou as ruas' brincando de pique ou de ‘polícia e ladrão’! Fui um autêntico habitante de um ‘mundo de faz-de-conta’ Ex-sócio de um clube de amigos imaginários e bem mais bagunceiros que os reais, um ex-caçador de fantasmas e outros seres e coisas que não existem no mundo adulto, ex-namorado da Simonydo Bal

CONTRAINDICAÇÃO

Paixão...! Quem inventou, pra quê inventou...por quê...?! Pra onde leva, como parar e como começou?! Não confundir com amor que é algo tão lindo e sublime. Enquanto paixão toma, arrasa, confunde, castiga e oprime! Pobre de sua vítima que sofre, mas parece 'gostar'...! E que luta para no final conseguir se entregar...! E que gemem, mas só estão a gozar! A paixão é um perigo...!  Se pensa que só dá e passa, mas faz do corpo e da alma, seus abrigos! Mata aos poucos e pelas mãos de quem se ama...! Mata de amor, de prazer ou com a própria chama!  Veneno quando não correspondida... Fatal como tentação, cobra, maçã e mordida! Entorpece, enlouquece e corrói o peito que se apetece! Quem sofre de paixão, sofre de ciúmes, egoísmo e fixação...! Quem sofre de paixão não pode perder tempo,  tem que procurar tratamento e que este seja a longos beijos e a procura  'no mais rápido possível'! Quem sofre de paixão também sofre por amor, e quer mesmo que isso se tor

ERRATA

Pensando bem, acho que sou poeta sim...! Apesar de não fazer muitas rimas De 'deslizar' na gramática e escapulir da métrica! Sou poeta que escreve e recita seus sonhos, Sendo aclamado pelas fadas e consagrado às gavetas! Mas sou feliz...! Sendo poeta porque acho que sou...! Só um poeta consegue sentir a dor de amar e sorrir! Só um poeta consegue sofrer e musicar a sua dor! Só um poeta zomba da vida e vive a realidade que ele criou! Se eu não for poeta então o que é isso que eu escrevo...?! Como é que eu sei qual o ‘gosto da lua’, onde dá o arco-íris E pude ver a cauda da sereia que emergia no fundo do mar?! Sou poeta sim...pergunte a Adélia... Que ainda guarda aqueles meus poemas em algum bolso Daquela esvoaçante saia de linho que ela nunca vestiu, Mas que tão bem lhe serviu! Só mesmo um poeta para escrever sobre fadas, gnomos, amor, A própria felicidade e ainda acreditar em tudo isso! Eu havia dito que não era poeta em respeito aos poetas mortos E consa

E DE REPENTE CHOVE...

E com isso,  o vidro dessa janela  se embaça, esfria, tudo se encharca, o tempo muda e com as mesmas águas também 'se escorre'! E de repente chove, todo mundo corre, as ruas se inundam, os planos e humores também mudam, alguns ânimos se acalmam e o cabelo e vestido dela também se molham! Chove devido a umidade no ar, por algo tido como um ‘milagre’ que fora se realizar, Porque alguma tribo resolveu dançar, Xangô e Oxum foram se casar, uma viúva, o sol, o espanhol... Ou porque outros Santos resolveram lavar o Reino dos Céus!  E são pancadas de chuva e roncos de trovão! Chuva no telhado, no molhado e de verão! Passageira como os ‘vai e vens’, encontros-desencontros, Estados de espírito e os momentos, sejam bons ou ruins! Chove como já se faz desde os dias de Noé! Chove e eu estou feliz...! Saio na chuva pra cantar, me banhar e me conformar! Até que de repente a chuva para!

AOS QUE MORREM DE AMOR

Aos que morrem de amor, dedico-lhes um mar de rosas E deixo o meu 'invejar' ao invés de pesar! Morrer assim... E num processo indolor, gemendo e sem sofrimento... Aproveitando cada momento como se fosse o último! Desejo-lhes que aproveitem esse paraíso ainda em vida, Andando em nuvens, rindo a toa e ‘chorando de alegria’! A morte de amor é lenta, possui sintomas, sensações e marcas. É fatal, paradoxal, linda e essencial! Uma ‘causa mortis’ provocada por paixões, situações ou só 'insinuações'! E da qual se escapa somente se entregando. Os que morrem de amor não deixam saudade...sentem saudade! Perdem os sentidos, mas suspiram, imploram, se doem e ainda estão bem vivos e vivos e muito bem! Quem morre de amor renasce e se transforma a cada beijo! Não vive sem o mesmo ar que o outro respira, sem o calor da presença, Além de nunca despertar de um lindo sonho! Espero que aqueles que morrem de amor que aproveitem esse ‘inferno de amar’! Que não se preocupe

O AMOR É UMA DROGA!

Que age no coração, entorpece a alma e pode levar a cair de paixão! O amor é uma droga feita do que se extrai do mais puro sentimento! Age por acaso, num momento e pode durar por toda uma vida! O amor é uma droga, uma via que não tem saída! Causa confusão mental, pode cegar, é recomendado pelo 'Médico dos Médicos', Para ele não adianta dizer 'não' e a depressão é um efeito colateral! O amor é uma droga, a pessoa amada, um vício e o beijo, uma consequência! É receitado, 'recitado' e tratado com cama, carinho, atenção e 'superdoses de gozo'! Recomenda-se que seja correspondido, e se pode ter 'abstinência' na solidão! O amor é uma droga...e que droga...! Inventada por Deus para 'enlouquecer' e salvar os homens e mulheres... De amor se precisa, se vive...se faz, se pratica...! É de uso adulto e livre para todas as idades, nunca é contraindicado E não se vive sem!

MUNDO BRUTO

Pra mim uma mulher não serve para nada Se não for pra ser linda, cortejada e amada! Que utilidade teria uma mulher, Se não fosse minha carência de beijos, Se eu não precisasse de uma musa para me inspirar E se eu não quisesse alguém para me querer?! Sem uma, eu não estaria nem aqui...! Mulher pra mim não serve para nada a não ser que ‘seja tudo’! Se comparando a uma flor que não faz outra coisa A não ser enfeitar um jardim da vida de alguém! O que pensar para uma mulher num mundo bruto como este?! Qual a sua utilidade se não a colocarmos num patamar sublime... Aquele mesmo onde existe amor e é resguardado por anjinhos com arco e flecha! Uma mulher tem que ocupar aquela vaga no lado esquerdo do peito, E trabalhar na obra de reconstrução de um coração partido por uma outra, antiga e má funcionária! Ela tem que servir pra casar, e ao marido, mas se submeter apenas ao seu sentimento! Uma mulher que não merece ser agarrada... 'sem o seu consentimento'! Pode ser q

SOU POETA?!

Ser um poeta é muito mais do que ser. É ser o que quiser, estando a imaginar ou simplesmente a escrever! Ser poeta é ser e não ser... ‘Tupi or not tupi’, rimar ou não rimar, escandir ou não escandir, e só fazer questão é de amar! Ser poeta é ser um escritor sem saber escrever, mas sabendo falar com o coração...! É brincar com a gramática, confundir a lógica e encantar uma multidão! O ser poeta não é um ser, é um dom! É só ter uma ideia que ganha o papel, uma alegria que tome forma de verso, encadernar os sonhos e ter a realidade rasurada! Para se ser poeta tem que se zombar da tristeza e se acreditar em fadas...! É verbo, é carne, é parlenda, é prosa... é belo, é louco, é santo, é foda! Ser poeta é tudo e mais um pouco...! É só querer inventar! Não sei se sou poeta, mas sei que posso ser se deixar de viver e ao amor me entregar!

’AMOR UTÓPICO’

Sobre qual amor eu tanto escrevo?! É...esse mesmo que você está pensando, mas não sabe explicar! Imensurável, indizível, inacreditável, incondicional, passional, mas praticável e possível! Amor que você não sabe explicar, mas pode descrever na forma de quem ama! Que Jesus pregou, Eros ‘apimentou’, alguém idealiza, e a poesia canta! Amor que mata, mas não é nocivo! Que se vive e nos torna cativos! 'Cativa', encanta, enlouquece e espanta! Capaz de loucuras, do impossível e de tantas bobagens...! 'Amor-daça', 'amor-tece', 'amor de'... 'a-morder', amor meu, nosso, amor tudo! Não falo sobre o amor ao dinheiro, paixão, fogo de palha ou ilusão. Mas sim 'daquele amor'! Tão belo quanto proibido, eterno, 'terno', 'de vestido' e nu! Amor com gosto de maçã, batom e de libido! É esse amor que não se vê tão facilmente por envolver duas 'almas'! Por ser abstrato quando se escreve e ser algo que apenas se se

RISCO DE MORTE

Um amor também corre risco de morte! Se é um dos sentimentos mais vivos que há...! Também tem que ser regado como uma flor... Também morre já que padece de dor. O amor pode morrer se não tratado. Ele pode morrer ‘se maltratado’! Sem ter os cuidados de quem se ama Feito a lenha necessária para a chama! Um amor que morre e pode matar! Um amor que mata e faz ‘reavivar’. Ele morre, mas nada está perdido! Morre, mas pode ser revivido!

SER FELIZ

E que tal ser feliz?! Já se sabe o quanto é ruim sofrer, o quão doloroso é chorar... então seja feliz como um chafariz(só pra variar!) ou como o sol num céu sempre a brilhar! É muito fácil se entristecer com essa realidade Então façamos um desafio a vida, o qual vençamos com a felicidade Ser feliz como uma flor-de-lis...! Uma estampa floral, uma borboleta equinocial... Não custa nada, só depende de você e não é possível se não se acreditar! Pode se ser feliz e nem se saber É tão fácil quanto sorrir e tão simples quanto se apaixonar! Não há complicação ou contraindicação Pra se ser feliz basta viver... Ser feliz não é um dom É democrático, um direito de todos, mas se engana quem acha que consegue ser feliz através do 'duvidoso'! Eu aprendi a ser feliz da mesma forma que sei amar, sei rir sem nenhum motivo, cantar fora do tom... Felicidade é o melhor remédio e minha recomendação E o ‘ser feliz’ é um louco por contrariar uma triste realidade! Já se sabe r

A PAIXÃO É...

Se a paixão é algo, é o que não se explica, se tem forma é sinuosa, e se tem temperatura é a mais quente! Se tiver cor é a vermelha, se for um ente é o mais querido, e se for entidade  é a mais demoníaca! A paixão é aquilo...’aquilo’ mesmo  que você está pensando, sentindo  e tentando entender! Ela vem, dá, passa e marca, também mata, mas logo morre em fogo de palha  ou lenha de madeira de dá em doido e em são! Se a paixão for uma roupa é um vestido, se for um sentimento, não é amor! Pois, diferente deste, ela não é cega, mas sim cega com sua seta certeira na primeira ‘vista’ que encontrar! Ela é possessiva e fatal... Inconsequente, imoral, amoral, imatura,  e também criança! A paixão é isso, também é aquilo, vem 'à quilo' e com força...! Complicada, impulsiva, impossível, palpável e ‘intangível’! Sonho, ilusão, cisma, possibilidade, impressão! Se for um beijo é o de língua, se for química envolve hormônios  e é a mais perfeita, e se for amor é 'a

SE É AMOR...?

Não sei dizer... mas sei que foi bem de repente, sem querer! Começou com um olhar, seguido de um beijo e depois toda a vida! Se é amor não dá pra dizer com simples palavras, Mas posso demonstrar, posso fazer e já está escrito com gestos, claro em seus olhos e definido em nós dois! É uma pergunta que me faço com um certo medo da resposta evidente! Tenho medo de não saber lidar, não corresponder, de onde isso vai dar, do tamanho das consequências e de vir a me iludir! Mas o amor também é um risco como viver e acreditar! É amor... não está bem claro, mas sinto no seu cheiro e seu gosto! Ela não disse, mas li por detrás de seus lábios e seus atos. Ela parece não pensar à respeito, mas vi em meus sonhos! Se não é amor então é paixão...! Uma pergunta que não cala se não aos beijos... Uma pergunta que não só envolve, mas é o próprio sentimento! Se não é amor, é uma perfeita sintonia, disritmia cardíaca, simetria, matemática, duas metades, a mesma maçã compartilhada

POEMA PARA QUEM NÃO GOSTA DE POESIA

Este é dedicado a quem não gosta de poesia! Há quem não goste de poesia...?! Existirá mesmo alguém ou alguma criatura Que não goste dessa bela arte ou belas-letras?! Uma criatura com sentimentos, que ama, sorri, Chora exclama, reclama ou se inflama...! Uma criatura com vida, carne e ferida, feita, pensada E moldada à figura do maior poeta que é Deus Capaz de fazer carne de um verbo! Alguém poderá mesmo não gostar de poesia?! Esta pessoa então não vive, E se vive, então não presta atenção na vida! Esta pessoa não é 'Pessoa', Bandeira, Goulart, Leminski, Não se chama Raimundo e nem Drummond! Vale menos que estas rasuras que nem elas são capazes De enfeiar seus versos! Tem menos sentido do que a vida, a ordem natural das coisas, Seu caos e as estrelas que brilham no universo, Mesmo já não estando mais ali! Quem não gosta de poesia não olha para os lírios do campo, Os sabiás que gorjeiam no mesmo campo, e nos pontos de ônibus Das cidades, não nota as lindas

AT THE FIRST SIGHT

Se eu não tivesse te conhecido muita coisa poderia ter sido evitada! Eu não ficaria assim, não sentiria isso, não iria pensar 'aquilo' e não iria me iludir com nada!  E foi assim...à primeira vista ou at the first sight , como diria um ‘bretão’... ou eu diria para ficar mais ‘chic’ pra te impressionar ou convencer! Mas nada disso seria necessário se eu não tivesse encontrado você! E agora o que fazer...?! Não posso me culpar, te culpar, te poupar, te forçar, mas posso te querer! Se eu não tivesse te conhecido não teria me encantado, não teria sonhado e te desejado! Quem mandou existir, ser mulher, ser alguém...falar comigo?! Se eu não tivesse te encontrado, eu não teria me perdido! Não poderia imaginar, relatar e tentar medir sua beleza... Não sofreria de amor, por amor e não iria sorrir por nada! Quem mandou ser assim, quem mandou me sorrir e inspirar?! Se eu não tivesse te conhecido, poderia ter evitado o beijo inevitável, a ideia, o fato, o riso, a ‘reza’

O FAROL

E foi olhando o mar que eu vi a beleza e a imensidão da vida! Seus vai e vens, encontros, desencontro, chegadas e partidas  junto a espuma daquelas ondas! Olhando o mar eu vi a alegria aportar e a tristeza naquele barco partir! Além do meu rosto se refletir naquele profundo ‘espelho’  que também refletia o firmamento! Vi corsário, sereias e ambulantes... não quis saber de águas passadas e pude ver o horizonte! Olhar o mar é preciso, e viver é navegar num mar bravio! Olho para o mar e avisto um farol, um náufrago e um atol! Essas vagas tão vagas e altas durante o preamar. Avisto a felicidade sempre linda em seu azul como este mesmo mar...! As bundas sempre engraçadas, ‘gulosas’, sorridentes e nunca trágicas, avisto Iemanjá, suas oferendas, um pouco da África, Poseidon, Atlântida, o Éden, Eva, Dagon e um caminho para as Índias sem que eu me perca na história! Olhando o mar, eu velejo sem precisar de bússola, sem temer sua revolta, as reviravoltas, ou um abismo! Eu

IMPOSTO SOBRE O SONHO

Sobe o preço do pão, da gasolina e da condução... Impostos que são cobrados até pela ‘respiração’! Contas que não param de chegar... ‘preços pela hora da morte’...! Pra tudo se tem um preço, se tem um custo, Mas espero que nunca custe nada para sonhar! Um sonhador é uma pessoa livre por natureza, e logo tem que ser isento de impostos. Ele contribui para a fantasia, vende suas ilusões e produz a partir do que sua mente cria! É um agricultor que colhe os frutos do terreno fértil de sua imaginação! Um jardineiro quando poeta, fazendo lindos arranjos em forma de encadernação! O sonho não pode custar nada, não pode ter limites e nem pedágio na ponte que dá para Utopia! Nos meus sonhos, eu sou feliz, tenho uma vida mais do que confortável, segura, posso tudo, tenho aquele amor e a benção do Deus do Impossível! Nada disso tem preço...! Porque sonhar não me custa nada e se não me render em nada, eu reverto tudo em esperança. A política quer usurpar o seu sonho, a moda

OS POMBOS NO BEIRAL

Sejamos livres e independentes como aqueles lá no beiral, que se preocupam só com o horizonte que atingirão em poucos minutos com suas asas E não ligam nem para algumas penas que possam perder pelo caminho! Sejamos pombos correios e missionários das boas novas e tão pouco noticiadas Pelos jornais, que só servem de carpete para as pobres aves em cativeiro! Os donos das praças, reis da selva de pedra e do espaço aéreo, onde também nos sobrevoa o Reino de Deus! Sejamos pacíficos como as pombas brancas levando um Espírito Santo e a paz para as praças de guerra! Com as borboletas, eles disputam o sol dessa primavera; com as crianças, eles disputam o sorriso do vovô! Sejamos felizes como aqueles pombos no beiral, Observando lá do alto essas migalhas de pobreza, mazelas e toda a sorte de tristeza que não podem alcançá-los daqui!