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Mostrando postagens de julho, 2021

POEMA PLATÔNICO

Ah se você soubesse desse amor em segredo! Segredo que cultivo, cultuo, cresce e me corrói! Se talvez você soubesse poderia ser um alívio Ou mais outro tormento! Não sei se quero correr o risco de ver Esse lindo sonho ruir e todo esse castelo Em desmoronamento! Paixão, amor, seja lá o que for! É o que vi desde a primeira vez... Platônico, inexplicável, abstrato e 'imaterial' Como tudo o que há de mais bonito e sentimental! Se você sentisse, pensasse, aceitasse ou mesmo 'fingisse'! Minha felicidade seria verdadeira, minha dor passageira... Ah se você soubesse do 'nosso amor'! Dos poemas que lhe escrevo, das noites insones  Nas quais lhe procuro('e até encontro'), dos suspiros e gozos que me arrancas,  Do sentido que me faz sua existência, da falta que faz essa ausência  Do que 'nunca existiu! Se você soubesse eu não sei como seria... Poderia me arrepender ou surpreender! Não seria mais poesia, talvez não teria a mesma graça... Eu não teria mais tanto

ÀQUELA MULHER DE VESTIDO!

Quem é aquela mulher de vestido?! Aquela que ainda agora estava sentada, De pernas cruzadas, de pele assim, cabelo assado ou 'tingido'... E mais o que não posso descrever devido ao vestido Que me deixou deslumbrado?! Àquela mulher de vestido vai esse poema sem pudor! Vestido que me faz querer invadi-lo, arrancá-lo, roubá-lo E até 'vesti-lo'... Cheirar, mascar, provar, desvendar, desbravar  E despir todo aquele amor! Eu quero ser o marido da mulher de vestido! Pendurar minhas calças no mesmo cabide, Juntá-lo no mesmo cesto, máquina de levar E depois por pra secar no varal! Casaria com a mulher de vestido e o meu amor O faria de 'abrigo'! Aquela mulher de vestido já deve ter compromisso... Apesar do vento também a cobiçar parecendo querer levá-la! De me fazer querer ser criança para querer estar à sua barra, Mas sem nenhuma culpa! Ela deve ter calças e shorts, mas usa vestido estando sem fundilhos E sem medo do deslumbre ou desejo que tal peça possa provocar E não

PARA ONDE FOI O NOSSO AMOR?!

Que ainda pouco estava bem aqui Nessa cama agora tão espaçosa E entre nós dois e essas quatro paredes! Nosso amor que de tão doce se acabou por azedar! E que de tão lindo não pôde mais existir! Para onde ele foi sem dar adeus, Deixar bilhete e olhar para trás?! Nosso amor que estava em tudo o que se olhava, Nos cercava e que agora parte sem me dizer para onde foi E me deixando sem direção! Ele foi para onde habita a lembrança, Se esconde a revolta, se mostra a tristeza E sitia a saudade! Nosso amor, nosso tempo, momentos e esse final! As lágrimas secam, as flores murcham, mas resta o que sobrou Ou ficou! Ele voltou para onde nos conhecemos, nos beijamos pela primeira vez E para o ponto onde poderíamos recomeçar! Foi por água abaixo, pras cucuias, Cochinchina, 'para aquele lugar'! Não sei para onde foi o nosso amor, mas o que importa É saber que ele 'foi' e talvez sempre será!

PARANGOLÉ

Mais fácil do que te encontrar Foi te perder! Mais fácil do que te entender Foi me confundir! PARANGOLÉ! Eu falo por já não ter mais o que falar PARANGOLÉ! Eu digo por não saber o que dizer! Mais louco do que te rasgar Foi te deixar me ferir...! Mais estranho que te deixar É agora te rever! PARANGOLÉ! Eu digo por não ter mais o que dizer PARANGOLÉ! Eu falo por não saber o que pensar, Mas saber o que fazer!

TATIBITATE

Quando aprendi a te amar Também aprendi a viver, Redescobri o meu ser E reaprendi a sonhar! Antes de aprender a te amar, Achava que era feliz e mal sabia... Sabia o que era sofrer Até te conhecer e saber O que o nosso amor me ensinaria! Soletrar seu nome,  Te rebatizar com tatibitates, Outros parangolés e apelidos! Rasurar os defeitos e te desenhar Ao idealizar as formas sob seus vestidos! Aprendi que os astros e estrelas Não só ainda estão lá e 'aí' pra nós Como também sempre conspiraram! Que o amor foi criado por Deus E que nele vale tudo como nas guerras Que os homens inventam...! Que deusas, fadas, musas, princesas E até a felicidade também existem! Que tudo e todos estavam errados, A diferença entre amor e paixão E que a última é complicada, Mas também pode ser bem resolvida! Aprendi amar você já sabendo que foi com a pessoa certa...! Aprendi a te amar e de mais nada quero saber! Aprendi sobre o que devo superar, esquecer, 'Não esquecer', deixar e o que não quero p

ADULTÉRIO

Crime que se dá num 'gesto', trejeito Ou simples jeito de olhar! Crime que deixa indícios no corpo,  Na roupa, na boca, no gosto e até no  cheirar ! Crime esse de motivação torpe e misteriosa Praticado pela paixão e com a cumplicidade De outros sentimentos! Assassinato de uma alma por arma branca, Disfarçada e 'vermelha-carne'! Que arranca ternos, camisolas e parte um coração! Um crime como um outro qualquer Praticado por um homem ou uma mulher Pecado ao que se entrega com um beijo Crime aos olhos de Deus, da sociedade, da 'hipocrisia' E das leis de tabu! Um 'estupro permitido' por suas vítimas, Testemunhado por quatro paredes E julgado pela culpa de todos os envolvidos nesses lençóis Onde tudo e todos se permitem, se entregam e 'se dão'!

PELA POESIA!

  Se não for por mim Que seja pela poesia! O que se escreve com essas letras tão belas, O que se propõe, 'expõe', o que o amor impõe E o que se compõe com tal inspiração! Que seja tudo pela arte, pelo 'bem da ciência', Por um bem maior(o nosso), pela felicidade geral Ou pelo menos a de quantos lerem o que eu vir a escrever! Faça o que o amor ditar... O que eu estou pedindo e o desejo mandando! Mas não o faça por obrigação e sim de coração Ainda que este seja enganoso! Que seja pelo amor dos deuses mitológicos, De filhos que ainda possam nascer, Por tudo de mais sagrado e profano, Ou só por diversão e prazer! Pelos poetas mortos, pelas flores do mal, Da 'natureza morta' nesse vestido vaporento , Por uma colegial esperando o ônibus sozinha Desgarrada de outras ninfas... Pela nuvem que passa, por um riacho que serpenteia, Pelas ladeiras de Ouro Preto, pelas praias Que nós também nunca 'dantes'... Ou por essas estrelas que já não estão nem mais aí! Façamos c

DEPOIS DO BANHO

A toalha que envolve seu corpo Leva o que resta do teu cheiro, E o gosto que a água insípida não levou...! A toalha que lhe envolve, Envolve a Vênus de Milo E me envolve em desejos também molhados!

O AMOR(QUANDO PEGA)

O amor quando pega deixa a sua vítima sem ação, reação Faz com que ela se entregue e em prol de quem se ama se renegue,  enlouqueça e perca a visão! Pode estar no ar e facilmente se alastrar... Contagia, dá alegria, muda uma vida ou só te faz sonhar! Se é amor, quando te pega é 'de jeito', bastando um olhar, Um flerte e aquele trejeito! É um Mandamento de Deus pra se fazer como Èsù gosta! É um 'mal necessário' que pode ser transmitido através de um toque, No beijo, por via oral, visual e 'casual'! É fatal, passional e incondicional! Quem sofre por amor ou de amor, geme por um bom motivo mesmo que 'duvidoso'! É um 'caso perdido de amor'! Não há remédio, 'é o remédio', a Pedra Filosofal e Fundamental Que funde, confunde, forja, liga e faz tudo reluzir e valer a pena! Não há cura porque a ciência não o explica e por ter suas próprias razões! Não há cura porque seus enfermos se entregam e a coisa se complica! Vítima do acaso, da circunstância

ELA COM AQUELA SAIA...

 

EU TE AMO SIM!

  Eu te amo sim e disso eu tenho certeza,  Mas não sei explicar! Eu te amo... eu digo, repito e respondo Mesmo sem você perguntar! Não sei como tudo começo, Mas sei que foi e é magico, lindo, louco E parece sem fim! E se não sabias, eu estou dizendo E se for preciso eu repito: Eu te amo sim! 'Eu te amo' é um cliché, o 'meu cliché', refrão, Grito, certeza, e quantas vezes preciso dizer?! Eu te amo sim, sim eu te amo...e daí?! Ninguém tem nada com ou contra isso! Se não acreditas então te provo, lambo e devoro! Eu te amo do meu jeito e do jeito que és! Eu te amo de verdade, de coração, mente, corpo, Alma, e da cabeça a ponta de seus lindos pés!

POR TRÁS DE UM VÉU

O beijo, o mel! Por trás de um véu,  A boca e o céu!

PAPEL LAMINADO

  No papel laminado vejo refletir os meus erros E um acerto embaçado! E como eu queria ver os seus olhos com um brilho desse...! Mas só vejo uma treva e um certo desinteresse Que até apaga o sol! Se são coisas da vida, o que será a morte? Não quero nem saber enquanto me brilhar a sorte! E no papel laminado o reflexo prateado De um sonho tão dourado! Que era o nosso até ser reduzido à cinzas Sem mais brilho, machê ou crepom! No papel laminado brilham nossas almas Como fogo de enxofre, palha e lençol! Do que foi laminado e agora é escuro ou embaçado! Reflito desejando pelo reflexo de nosso amor Ser iluminado!

E SE EU NÃO FOSSE POETA?!

Como eu viveria ou expressaria o meu amor?! Como eu sentiria e o que significaria O perfume de uma flor?! Que graça teria eu acordar só com a certeza de mais um dia pela frente...?! E do que eu iria despertar já que nem sonho eu teria?! O nascer do sol seria 'só o brilho de um astro'... O curso de um rio teria forma de serpente,  Seguiria pro mar e não para Oceano, deus da mitologia, Um beijo seria só um beijo, um 'ósculo', e as outras tantas coisas da vida Apenas isso tudo que já se sabe e não valendo a pena! Eu não saberia romanizar, enfeitar, versar, conversar, Cantar ou voar! Não viveria o sonho, não morreria de amor... Até fingiria ser feliz, mas não disfarçaria a minha dor! Se eu não fosse poeta pediria a Deus para nascer de novo E voltar como um peixinho dourado, uma leve borboleta Ou uma também leve pluma que ao se soltar de um passarinho Também seria livre conforme os versos e a criação de algum escritor! Não me imagino ou vislumbro não sendo poeta! Se eu não f