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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

SE...

Se o amor chamar, responda! Se for ligar, atenda! Se bater na porta, abra! Se 'se chegar', receba! Se só falar, escute! E se ele disser, ouça! 'Não dá'... não se discute! Se vem do amor, aceite! Se o amor pede, 'se entregue'! Se o amor manda, obedeça! Se foi por amor, pense! Se ele guia, acompanhe! Se não o sentir, esqueça!

GI

' 'A que maneja a lança com destreza'                              Um dos significados do nome Gisele. Que na Ordem de Quixote sentou praça! Sobre seu pônei, tão cheia de graça...! Prosseguindo com sua linda andança Com destreza maneja a sua lança! Traz Portugal no nome com certeza! E em seu primeiro até origem 'inglesa'! Salvou Joana D'arc lá na França A quem ensinou usar aquela lança! Também venceu moinhos e gigantes! Dos sonhos de Quixote e de Cervantes! Na frente das cruzadas vai com fé! No Cerco de Tortosa... que mulher! Seja uma 'cavaleira' ou só aspirante Ou uma linda Milady tão elegante! Ela que traz amor à flor da pele! Com esse lindo nome de Gisele!

REINO ASTRAL

Me dê o sol... O amor a figurar... transfigurar novos seres! Sapiência sapiens ou primais básicos instintos  O céu a sombra, a nuvem que vai, as cortinas do ser  Para uma nova...  Equilátero tonto perpendicular, a quadratura do que não se explica  E essa esfera abismal... me dê o sol vai...!  Que nasce pra todos, seja oriente japão nihongo vulcão incandescente...  Essa rua é minha e desses pombos astrais trazendo no bico aquela paz de longe  Por estar acima de sol, tudo, o sol não é meu é de algum louco que pensa o ser  Ser e não... e não ter nada, não ser além dum juízo final abismal  Paraíso tudo acaba ou começa tudo é pouco e nada é muito é bom à beça!  Estou fatigado e feliz pelo sol, pela lua, as estrela a água dum chafariz que não tem na minha rua...  Teria se fosse minha... dono como dono da verdade que também não... o sol mudou de posição mas está do nosso lado!  Ele brilha, não está tudo acabado nem nada... o sol, o mar, a estrela a fumegar essas nuvens a passar sem esperar...

OUTROS CARNAVAIS...!

É de onde te conheço, admiro e te saúdo Daquele lindo reino onde reina o desnudo! Te conheço e acompanho desde uma revista... De onde te recortei e te amei a primeira vista! Essa ginga, beleza e esse borogodó! Ao som desse batuque e o tempero, o suor! Tinha origem na 'Prússia' aquele sobrenome...! És minha preferência e de qualquer outro homem! Tanto brilho, destaque, enredo e histórias mais! E que ainda me ilumina há tantos carnavais! 

A SAIA DA IRENE 4

 

MEU CASO COM A POESIA

Amor... preciso confessar que tenho um caso!  Um caso extraconjugal e verbal...! Um amor incondicional, que não se mede(ou mede), escande... E é livre! Um amor que se escreve, traduz, se fantasia  E se mostra real! Eu tenho um caso com a poesia! Que já vem de longe... desde quando eu nem sabia o que era amor, Mas já sabia amar! Um caso de amor com o próprio amor... com o espinho, a flor, Um cavaleiro andante, a donzela, o dragão, outras oitocentas e noventa e nove mil musas  E um deus nu, eunuco e esculpido!  Um relacionamento nada sério... vivemos de brisa, de mãos dadas com o ar  E com a benção da Rainha de Copas e do Senhor Antypirina! Poesia... Que amo do 'pé', 'corpo' e cabeça de texto! Espero que me entenda ou 'subentenda'... E que até me apoie 'lendo' os frutos dessa poética união! E esse caso de paixão também tem a participação de outros elementos! É um caso com o céu, o mar, o sol, o arrebol, as estrelas, o espaço sideral... Toda a natureza, as

O ENCONTRO DE PLANETAS

Revelações crustáceo servido Também jantou em companhia dos pais Beijo e tal no escritório Possessiva das muitas atitudes Dois maridos imaginação e idealismo, dramática Passatempos, a palavra de ordem na Grécia O projeto ambiental, seu intelecto Algemas com o sol e Saturno As barras de ouro Lá vem a noiva Madonna Na noite de idealismo dos planetas O encontro de planetas, cerimõnia religiosa a obriga Aproveite a objetividade Aproveite a boa energia Soluções, uma segunda-feira antes de ir embora numa explosão A engraxar seus sapatos A Favorita Coisas lindas, pés e paixão, Grécia, outras pessoas Do roubo significado na sua vida E comprou um terno azul marinho Bossa, o diabo, a lua vai A energia do céu pode para a Rainha Sua intimidade, um dia de espantos contra a paixão Com seu robô teve um romance Felizes da vida Virgem, a Rainha fantasias mais Torto sem sutiã, violência, mutantes.

ESPAÇO EM BRANCO

No meu sonho ela chegou... Me fazendo acreditar Que isso é mais do que amor E que nunca acabará! Preenchendo um espaço em branco Que tinha em meu coração...! Com sua boca tão macia Me devoras de paixão! Minha vida sem poesia Com você ficou azul...! Beijo, abraço e fantasia... A beleza de um corpo nu! Na praia ou na noite bela... Das estrelas cirandando Nosso amor quer 'azular' Esse meu espaço tão em branco! A cor viva daqueles olhos Colorindo um ar sem graça... Da minha cara tão carente No banco daquela praça! Seu amor era e 'é' o que faltava... Seu cabelo e sua voz! Pra vencer essa solidão Que sempre bramou tão feroz!

A FILHA DE TUPÃ

Seria só mais uma Juliana... Se não fosse de origem germânica Com sua imagem tão linda e 'epifânica' De beleza tupi e 'brasiliana'! E se não me dissessem que era alemã Eu diria que ela era d'outro mundo Com esse meu louvor tão vagabundo A essa tão linda filha do deus Tupã!

A PÉGASO FÊMEA

No mundo encantado da poesia Em pastos férteis de imaginação, Alada e ao lado de um hipocampo! Encontrei aquela filhote de pégaso, Uma pônei tão meiga e dadivosa Que resolvi batizá-la de 'Zanza'! Ela era uma pégaso, dos equinos Mas 'ronronava', tinha uma voz mansa E já voava ou, em seu caso, 'zanzava'! E com água de Pirene, cresceu! Como também crescem todos os sonhos E que também possuem, e nos dão asas! A pégaso Zanza e eu 'Belerofonte'... Voando até o Olimpo e além do horizonte! Tão meiga e dócil como um unicórnio... Selvagem, brejeira, ninfa bacante! 'Era a Zanza de há tantos anos luz'... E que deu a luz a um lindo 'Alfa-Centauro' Num flash ou Big Bang dos sonhos! Mitológica como essa paixão... 'Platônica', fantasiosa e linda! Cuidei e 'reguei' com água daquela fonte... Até 'esse Ícaro' cair na real E deixá-la ir voando para o sol!

A CARIOCA DO Ó

Mônica Sanches prefere vestidos! Nem parece a mesma ao usar uma calça Debutante a me honrar com uma valsa... Me despindo de um desejo contido! E por que ficas tão bem com tal peça?! E me digas porque é tão bonita assim?! Vestido rosa, estampado, carmesim... Seja como for, me fascina à beça! Certa vez a vi de short na praia... E com certa brejeirice sereia! Mas voltou a ser ela ao pôr uma saia! Casa no Rio, cabeceira e leito! Mas Paulista do Ó, de saia ou vestido... E com borogodó de qualquer jeito!

APETITE

Eu tenho fome de amor e então devoro você! A sede é de alegria e a necessidade é de prazer! Um banquete especial para esse apetite de paixão! Põe na mesa um castiçal, eu vou jantar seu coração! Eu tenho fome de nós dois e de saborear os nossos dias! Eu quero um prato de amor acompanhado de sangria! Põe na mesa a sua vida como prato principal! Eu tenho fome de você e dessa lua de mel com um apetite nupcial!

E QUANDO OUVIRDES DE GUERRAS E DE RUMORES DE GUERRAS...

Além desse pranto e ranger de dentes Som de conflito e gritos dos aflitos Declarações, reuniões e tensões Nos desacordos entre presidentes Uma geopolítica apocalíptica Novos rumores de uma velha história Tratados ou acordos de falsa paz E uma nova guerra bastarda e inglória! Ver 'belas cenas' de destruição Sendo aplaudidas e financiadas Sentir medo, torcer e ouvir um lado Mas só quem vence nos traz a versão! E esse V que simboliza a vitória... Símbolos, doutrinas, filosofias Já ouvimos, vimos ou lemos tudo isso... Guerra queima livro e repete a história! Fumam, as serpentes de Corazim... Pode se ouvir os gritos do silêncio Mas ninguém ouviu o Príncipe da Paz Principiam dores antes do fim!

CADA

Cada beijo, cada lágrima, cada sonho e esperança! Teu seio, meu calor, tua cama, um alto mar...! São as águas do querer que banha os corações! Estou na guarda da espada que corta as aflições Cupido bem levado que flecha o peito nu.... Em cada orvalho de matina me alimenta o corpo cru! Cada gota de saliva, suor e mel da carne! Cada língua de delícia, decote e saia caqui! A lábia e espada suja fincada em pele doce! Cada jura e voz serena que afaga nossa noite! Um pouco disso e aquilo 'aí' pra refazer nossa cama! Cada casca de ferida, de ovo e de banana! E a meia-calça desfiada, calça e meia penduradas...! Cada espada e escudo forte, cada 'quero' e nossa sorte! Beijo breve e mão de adeus... cada hoje, cada 'será'! Quero cama de Camilla...! Cada Vênus enamorar!

POR PETRÓPOLIS

Certa vez eu passei por Petrópolis...! Lá na serra... a Cidade Imperial! Lá... bem próxima a 'um Duque de Caxias' Um reinado distante porém real! Petrópolis, a Cidade de Pedro! E próxima a 'Cidade de Teresa' Ambas eu só conheço de 'janela' Mas se deu pra notar muita beleza! E que já foi capital do meu Rio E teve a primeira estrada de ferro Na qual também viajo em poesia A passar por morro, montanha e cerro! Que tem o Palácio do Quitandinha...! Já abrigou a Corte em verões históricos E que tem um dedo de Deus por perto Que ampara o povo em seus brados heroicos! Sofre e busca sempre o mais elevado... Que também se aproxima de Sião! Só a conheço de ônibus... mas é linda! Essa é minha homenagem e oração!

INTERPOL DIVULGA FOTOS

Casa própria em Cosmos De novas ações da quadrilha Nasci com uma sensualidade à queima-roupa As policiais brasileiras estão em estado de alerta De alterações hormonais, se adaptando à nova vida de... A Bíblia ilustrada e o livro de passatempos.

JANICE

Amar e ser correspondido, Chorar e ser consolado...! Parece que estou pedindo muito, Mas eu só quero é o teu afago! E um pouco de tudo que só você me faz... Um pouco de beijo, abraço e muito mais! Minhas súplicas de amor revelam o dependente que sou...! Desse mel de mulher que me alimenta nos beijos E satisfaz nas carícias fazendo de mim o que quer! Na cama molhada de noites e todo o prazer! Num manto que nos aquece de amor e nos faz arder! Te peço o muito, pois é o 'muito' que te quero! E não quero o 'nada', pois o nada é igual a zero! E eu quero o dez de dez vezes nós dois... Ser amado e todo o resto pra depois!

BIANCA DO CARANGOLA

Meu primo me empresta a Bianca...! Para eu fazer poesia... Juro que a devolvo inteirinha, intacta e até 'virgem santa' Como qualquer musa que se preze! Me empresta... para que eu possa ver qual é o borogodó Que essa especiaria puri, interiorana ou 'tâmil' tem! Me deixe fazer com ela um cruzeiro pelo rio Carangola, Muriaé, Pomba e Paraíba do Sul...! Ou passear num desses ônibus da Santa Lúcia(em pé), mas como um bom cavalheiro A deixando seguir na minha frente! Me empresta aquele sinal... aquela moreninha linda do meu bem-querer... Aquele xedô, bosorrantõ, carangolê ! Queria levá-la para ver os Jardins Suspensos, as munhas de Abu Beker, o Cristo daqui,  Outras maravilhas desse mundão véio... Minha fazenda em Utopia com uma criação de mafagafos e minha Praia Secreta! Deixe-a conhecer o Ri... minha terra que também tem bananeiras E esses patos andando pra lá e pra cá! Vou enrolá-la num calhamaço e guardar... ou levá-la para um sarau e recitar...! Quero levá-la para uma

IONOSFERA

O nômade dos desertos da lua Calcando o concreto na teimosia Da realidade nesse chão! Uma senda, fenda, comportas e 'vulvas' Entre as estrofes, espaço-tempo de outroras alegrias... Pouco siso de sempre e tristeza de então! Anjo em trombeta, tambores vudus, gongo e chinês! Na fanfarra de deuses que se formam em mistérios para um mergulho na ionosfera Até o âmago e 'Ômega'! Imaginário coletivo que se choca em cometas... A poesia com sua lira e seus vestidos florais! O nômade desaparece com o seu cansado corpo celeste,  Do radar quando feliz recitava seus parangolês ! Zumbis e gnomos se chegavam para um almoço com Faa! E dum corpo(celeste) de musa, canibais e larvas astrais só queriam o filé! Em nosso planeta nossas notícias desinteressantes interessavam...  E em nossa órbita cultuávamos medos vistos à olho nu celestes e obscenos! E o nômade lunar...?! Agora é caixeiro viajante e andante que ofertava a própria alma e se instalava no primeiro inferno astral onde todo pensa

A SAIA DA IRENE 3

Lá vem a Irene de saia... Pra compor mais um poema! Tão linda, emperequetada E me servindo de tema! Solta, de pano, estampada... E em versos torno 'perene'! Natureza e cor tão vivas... E seu detalhe em Irene! A Irene está em Maricá...! Nas estâncias desses versos! Sua saia até o joelho Leva desejos imersos! A Irene está ali de saia... Não é mais uma ilusão! Vem leve, livre e soltinha Do trabalho ou sacolão! Lá vem a Irene tão linda E tão digna de respeito De saia, vestido ou calça... É a Irene de qualquer jeito!

OS SOLDADOS DA RAINHA

Soldados da Rainha, de chumbo, quebra nozes E vigilantes do infinito em seu olhar distante! Soldados estáticos, Reais e irreais Que protegem o príncipe encantado, o ouro de Midas E um céu nublado! Soldado da Rainha admirando o mundo novo Com o seu velho olhar distante e compenetrado!

ESPELHO D'ÁGUA

Se vão tantos carnavais E dos meus sonhos não se vai... O doce dos teus beijos, aquela sensação, Aquela emoção, sorte de realejo! E num reino de fantasia, Uma soberana alegria que reinou em seu vestido...! Na noite de calor em sedas e frescor Me governam os seus gemidos! Te dedico o amanhecer com a chama que não se apaga, Com os girassóis dessa euforia... Euforia desse amor! E não tem cobra ou crocodilo nos rios dessa glória De conquistá-la num sonhar! Vendo esse espelho d'água refletir o seu sorriso... Mas é no amor que vou me afundar!

MUSA

De onde vem esse poder de uma musa?! Que a torna esse ser tão lindo e adorável... Que nos faz cantar, por ser tão louvável... E domina um súdito, que usa e abusa?! Apolo, Afrodite, o próprio diabo...?! Que poder é esse na vida de alguém?! Consegues perturbar e fazer bem... Me alegra até num choro em que me acabo! Como se fez musa e amada imortal...?! De onde vens, a que vens, o que tu tens... Que é tão bom e ao mesmo tempo fatal?! O que a torna essa deusa tão completa... Milagre ou capricho de um deus do amor... Ou apenas delírio desse poeta?!

HIPERGRAFIA

Gosto de escrever escrevendo até quando não tenho o que escrever...! Inventando o que escrever e tendo assim poesia! Escrevo o que gosto... e não gosto de não ter o que escrever! Escrevo de paixão, por compulsão, por amor, por um amor e por ter 'hipergrafia'! Esse mal que se faz necessário para a falta do que fazer! Um bem ainda que rasurado e mal compreendido por quem for ler! Veneno antimonotonia composto ou movido por uma ilusão... Levando outros a amar, pensar, só se distrair ou também delirar! Uma missão que me foi 'dada' por Santo André Bretón, entregue por um anjo torto, Trazida desde a infância querida... mania ou grafomania Da parte de algum especialista, e de Deus se for um dom! Escrevo, digito, rabisco o que penso pra mostrar que existo! Desenho um coração desengonçado, mas que também é lindo e tem amor, Descrevo uma pessoa amada na forma de versículos que não resumem o que sinto! Hipergrafia, metapoesia... Uma filosofia de vida... uma estranha e linda mania,

GRÁVIDA

Ela ficou grávida... Grávida de nossos sonhos,  Grávida do amanhã E do gozo de nossa paixão! E eu fiquei iluminado Pela luz que ela me dera E com toda a emoção! Nosso mundo se completa na semente de um amor  Que dava frutos num chorar! Ela ficou grávida de mim, de nós E de mais amor a 'nos gerar'! O milagre dessa vida naquela mesa acontecendo... E uma lágrima de alegria nesse rosto escorrendo! Ela ficou grávida de um futuro e de sorrisos que virão! E num milagre esplendoroso deu-me mais essa vida e emoção!

MARIA

Não sei porque me lembrei de Maria...! A mais sem vergonha, a mais 'vai com as outras'! Que com sua graça colegial desfilava E namorava pra lá e pra cá! Era simplesmente a Maria e seus beijos no alto de 'nosso debutar'! Não sei porque amei Maria...! A mais Maria, a mais moleca! Que me olhava de desejo e coração! Maria que ficou lá na adolescência... aurora e meu jardim da vida! E em nossa e só minha 'transa solitária'! Ia com as outras, mas era a única que ainda usava aquele tão leve tergal  E que nunca se levantava(pra tristeza geral)...! Agora sei porque amei Maria!

PARQUE TEMÁTICO(THEME PARK)

Tolos e ébrios se juntam a fanfarra  Os anéis de saturno nos dedos de noivas  Ao Canadá vou curtir a neve, esquiar,  Ao Canadá não dá... então mudo pra Bagdá  Os grilos de estimação dum pregador lhe serviram de alimento  Naquele deserto virgem e cheio de formas e curvas com suas dunas douradas  As gralhas passam cantando e desafiando o desdém do novo homem ao seu elo perdido  Passo por um campo minado e deixo cair uma das sete chaves  Monto num dorso de dinossauro e aterrizo em Júpiter mascando ou ruminando uma erva da lua  E já não lamentando mais antigas paixões  Agora os gatos se enrolam em seus novelos enquanto a bruxa não perde a novela  A lâmpada mágica... sai um gênio magrinho cheio de sonhos e desejos a saciar,  Cheio de ideias novas que vão recusar... cheio de moinhos quixotescos  E com nada no bolso para que não lhe roube Ali Babá  Vou descansar em baixo de uma árvore que não está mais ali...  Vou comer uma maçã do amor e passear pelos parques temáticos fechados para o públic

OS TRÊS VESTIDOS

A Sandra Reis Seus três vestidos de boneca, Moleca que está aprendendo a amar! São três vestidos de fogo de ninfa E de quem quer debutar! O de hoje é florido, rodado, curtinho, Babado e de sabor verão! O qual levanto com o vento,  Te arrancando sorriso e te dando tesão! Seus três vestidos de rainha  De um encanto que o tecido reveste! São três vestidos de virgem, deusa de Olimpo, Aurora do leste! O de ontem foi de noite, dourado e resplendor! Que acendeu a minha cama, a minha rua e o nosso amor! Seus três vestidos de dama, de senhôra  e meretriz! São três vestidos de moça, camareira e de miss! O de amanhã será de colegial, meião, gravatinha e sainha jovial! Que me alegrará as espinhas num maremoto hormonal! São três vestidos de meu amor, de boneca e de ninfa...! São três vestidos de flor e de fêmea bonita! 

A UMA LOIRA...!

Tão linda e dourada como esse sol Que a tosta beijando o seu corpo inteiro! Roubastes aqueles homens de Marylin Que a preferiam... até que surgistes! No copo outra loira, gelada e pura... E essa loira de olhos amendoados Sereia da mitologia Puri! Também para o metrô que despiu Marylin! Dechamps numa passarela entre estrofes! Nem sempre loira, mas sempre foi linda! E deve ter ainda aqueles shorts...! De quando por aqui ela ainda morava E em sonho e picardia eu a namorava E inda guardo aquele borogodó Que esqueceu aqui em casa e inda tens consigo! A loira que se doira por inteiro Ao se deitar e se entregar pro sol! Seja loira, morena ou como for... Nunca deixará de ser a Didi!

ABAJUR

Que bom é ficar aqui e pensar... No que a vida poderia ser, mas não é! Que bom é ficar aqui e pensar No quanto amo essa mulher! É no silêncio desse quarto Que ouço o som da sua voz...! É no silêncio desse quarto Que toca a música de 'nós'! Não temo os fantasmas E nem os vultos da ilusão! Eu só sei amar e fazer o dia Nessa escuridão! Apago o abajur e tornam os dias adoráveis! Um dia amanhece e com ele as verdades tão vorazes! Nossa vida poderia ser assim... Como é em meu travesseiro! Nosso sol poderia bilhar assim E não tão derradeiro! E tudo não passa de sonho, mas não canso de sonhar! E tudo não passa de ontem e não paro de lembrar!

ALUMÍNIO RUBILAINE

Abalado por cataclismos Guerreiros frente às aludidas circunstâncias... A supressão da distância entre o homem e o mundo Teria deixado de ser um mundo explicado Conhecendo-lhes futuro e passado empírico E biográficos! As reflexões repreendidas por Rosenfeld O alargamento do horizonte do ser humano A visão totalizada e explicativa do universo Deixaria de sustentar! Constitui-se numa respectiva marxista Da análise literária! Exemplos que se respaldam em algum ambiente, Costume, traço grupal ou ideia! A sinistra in-significância da realidade... Resguarda o tempo da mercadoria Fetiche... O presente perpétuo, a repetição do mesmo!

COM O AMOR É ASSIM MESMO...!

Aquela sensação... Aquele pensamento E naquela pessoa! Certa palpitação Aquele sentimento... Se gagueja e até soa! Com o amor é assim mesmo! Aquela força estranha, Vontade de cantar Vem aquele desejo Com uma certa culpa Se erra, pede desculpa E se acerta num beijo! Com o amor é assim mesmo! E assado com paixão Al dente, lábios, n'alma... Um certo alguém errado Um coração enganoso Dois corpos, duas mentes Sentimento somado! Não dá pra se explicar Simplesmente acontece Vindo de algum lugar Nos deixando sem rumo! Soma que dividimos É razão que enlouquece... Com o amor é assim mesmo!

A RAINHA DO MEU CARNAVAL

Você ainda reina no meu carnaval Não perdeu sua linda majestade Seu esplendor, plumas ou seus paetês E muito menos sua mocidade! Traços tupi e linhagem prussiana Com ziriguidum e borogodó Era o seu reinado com a Marquês Seu também lindo nome é Thatiana! Ela ainda é destaque em meu coração...! Tambor e repique no cortejar Câmeras, cliques a aurora romper E abrindo alas pra Rainha passar! Tão purpurinada se iluminando... Rainha, deusa, musa do meu samba Serei o bobo ou arlequim de sua Corte Independente de vê-la sambando!

TURMALINA PAULISTA

Linda e tão linda a tal Bianca Bin Seus olhos de 'Turmalina Paulista' De beleza mais rara que Ametista Com seu brilho de deusa e querubim! Vinda da Itália como esse soneto Mas só representa, encanta e é a própria arte! Sua beleza de outro mundo ou Marte... Que vai encantando do Oiapoque a Veneto! É Bianca... que significa 'branca' Como a paz de seu tão lindo sorriso Como um véu que a noite de núpcia arranca! Bianca querubim, serpente e guizo... O castigo num 'trote de potranca' O amor e a inocência num simples riso!

VITÓRIA-RÉGIA

 

SONETO CARMELITO

'Minha normalista linda  Ainda sou estudante  Da vida que eu quero dar' Ela tá estudando lá no Carmela Acorda de manhã e marcha bem cedo Segue sozinha pro ponto sem medo Fardada e com 'pregas facas'... lá vai ela! Protagonista de um samba-canção...! Galhardia e aquele sorriso franco Pendor e esplendor em azul e branco Cinto na barra da blusa, e meião! De cabelos molhados e perfume A 'Engraçadinha' que um bom livro louva! E até o papai zangado tem ciúme! Mas gracejo ou gracinha ninguém ousa... A escola da vida não deixa impune Com lição, palmatória, giz e lousa!

O COMETA

Pra uma estrela cadente eu pedi... E sob um sol nascente eu fui te perder! Em cada constelação espalhei seu nome E todo o nosso amor um Buraco Negro consome! Na cauda de um cometa vi a luz de seus olhos brilhar! E uma Nebulosa de dúvida se abatia sobre aquele olhar! Pra outra estrela cadente pedi pela clemência de um Astro-Rei...! E em cada sol poente à meia-luz eu chorei! Pra nossa constelação ascendente e conspiradora, peço um universo de você... Pra aquela estrela cadente peço que nossa chama volte a acender!