'Hoje uma certa mulher usou um vestido verde...
Faço campanhas para que vcs mulheres usem mais vestidos...'
Alexandre Alezão para uma comunidade do extinto Orkut.
Daquele dia, daquela noite, daquela festa e dele contigo!
Ah, aquele vestido...nunca me esqueci de sua cor verde-escura,
‘Preta’, ‘púrpura’...
Seu decote em 'V' como o de Marylin, da surpresa em vê-la
Em tão inimaginável peça para o seu gosto, da dança que nunca lhe pedi
E da noite que nunca tivemos!
Mas não era você, e sim aquele vestido!
Ave aquela saia tão cheia de graça, gracejo e de ‘frisos’...!
Bendito é o casamento com aquele decote cujo fruto
Fora aquele lindo vestido!
De tecido de sonho, loucura, gozo, e ‘gosto’ de borogodó e parangolé!
Ele era mini e rodadinho como a cirandinha dos meus até então
Inda recentes tempos de criança, que deixei de ser no exato momento
Em que a vi com ele e com ele a desejei!
Verde como a oliva do monte, lindo como os lírios do campo,
Dos Palácios de Salomão, e a tornando a minha ‘Rainha de Sabá’!
E ainda ‘novo em folha’ em minha mente apesar de ter se passado alguns tantos anos...!
Este é mais um poema sobre vestidos...
Vestido que em delírios vi saltar junto ao sêmen da imensa glande
De um colega mais velho em meio a molecagem daquela ‘rodinha de masturbação coletiva’!
Me lembro que eras ‘evasê como a letra A’, mas seu decote era do mesmo 'V' de um ‘vértice invertido’ e do 'compasso aberto' de suas pernas entre a rua e o meio fio ao chamar seu afilhado também sentado por ali...!
Sua leve cara de embriaguez, seu sorriso, seu riso, aquele pratinho descartável,
Seu gosto e seu corpo que provei depois daquela festa ao sonhar!
Pelo tempo, ele já não deve existir mais, e se foi doado,
Com certeza foi para uma pobre fada condicionada a existir só em Utopia!
Aquele vestido foi um dos primeiros vestidos pelo qual me apaixonei, quis casar e ter ou 'Confeccionar' lindos vestidinhos como ele!
Aquele vestido que não condizia com sua idade e falta de beleza,
Mas que combinou e muito com o meu gozo e puberdade!
Uma 'certa Solange’ usou um vestidinho verde-escuro...!
Que levou o afilhado na barra da saia, e o noivo por baixo dela!
Um certo vestido com decote em V e de recorte em A ‘de evasê’,
De oliva, de festa, sabor glacê e de você...de uma ‘debutante de trinta e pouco’...
E patrono desse meu onanismo também esvoaçante, ‘lacerante’, extasiante, religioso e infernal!
Vestido com decote em V de vestido, e de ‘Verão de 93’, de ‘tecido Solange Gonçalves’,
Da marca: ‘Madrinha do Fabiano’ e assinado pela minha poesia...
Um mini-vestido com V maiúsculo...
Vestido que me encantou, excitou e ‘deliciosamente traumatizou’!
E que ao cair em desuso ou não servir mais, guardei na cabeça,
No cabide, na glande('outra cabeça') e numa gaveta junto com outros poemas e histórias da minha vida!
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