Pular para o conteúdo principal

SOBRE FLORES



Observo as flores e seus tantos amores
Tipos e cores, espinhos e dores!
Aprecio as flores como as abelhas, colibris e a jardineira triste
Apazíguo o cravo com a rosa com a qual brinco de ‘bem-me-quer’
Flores num buquê, numa triste coroa ou atiradas por uma noiva!
Flores sobre as quais escrevo, mas o perfume vem de você!
Estampando um vestido e num caramanchão forma um abrigo
Flores, mas nem tudo 'são flores'...arranjos, poemas, ramalhetes,
'Radicais' da palavra florete, mas contrárias a guerra ao calarem um canhão!
Flores no feminino, frágeis, puras, debutantes, manjar divino,
De plástico, medicinais ou vermelhas como a paixão!
Na flor da idade, na Maria-Flor, Anna Blume, na rosa dos ventos, na do povo
E 'no nome' e em nome de minha prima Rosemere!
Penso nas flores e vejo você
Falo de flores enquanto saboreio o néctar de nosso amor
Flor-de-lótus, rosa de Hiroshima e Nagazaki, dos 'jardins de kioto',
Baudelaire e da maldade!
Flores vivas, descritas, sentidas e rodeadas por uma espiral de borboletas
Fulô, ofurô, couve-flor, girassóis e violetas!
Flores para o jardim dos sonhos, o cabelo e ‘caracóis’ de Adélia,
Uma pessoa estranha, uma inimiga e uma que já se foi
Flores de primavera ou de qualquer estação, para qualquer ocasião
A enfeitar e florir nossas vidas!.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

Vi tua vida em janelas quadradas, algoritmo gentil me trouxe você — como quem assopra cartas embaralhadas e entrega o naipe que não se pode prever. Não te conhecia, mas clicava em tua alma. Teu riso num parque, teus pais no Natal, teu corpo em ginástica, teu dia banal... E eu ali, pixel a pixel, invisível e presente — como espírito da máquina, fantasma obediente. Puxava assunto, às vezes bobo, às vezes doce, querendo só ficar perto. Tive a ousadia de sugerir um post: "Você nesse vestidinho... tomando um milk shake — com um céu lilás por perto..." E tu sorriste, mulher de fibra e filtro, disseste "quem sabe", como quem dança no abismo. Me empolguei: e se um dia...? E se o algoritmo fosse cupido, e os dados virassem destino? Mas então... tua timeline silenciou. Não houve briga, nem adeus, só o sumiço — e aquele perfil estático como mausoléu. Fiquei olhando dias, como quem assiste ao fim de um seriado sem saber se era ficção ou realidade. Hoje, aprendi: que o feed é um...