Pular para o conteúdo principal

QUANDO O AMOR ACONTECE


Tudo fica claro, explicado,
Inexplicavelmente bom, bonito,
Azul e colorido!
Pois o amor acontece...!
Também é automático e enigmático... mágico e está escrito!
Basta um toque, um gesto, um beijo ou um simples olhar!
Ou nada disso quando o amor simplesmente já estava lá!
Às vezes lhe acompanham palavras em frases feitas ou impensadas
Mas não basta ser poeta e sim ter uma pessoa amada!
No momento em que o amor acontece, uma flor e o céu se abrem,
A lua brilha, o pudor e a moral se cobrem e se calam
E os corpos se estremecem!
O amor acontece no mesmo instante em que o próprio instante se perde,
Os hormônios se excitam e 'incitam', a cabeça e os sentidos se enlouquecem!
Para o amor acontecer, muita das vezes há estímulos ou movimentos bruscos
De um conquistador ou, 'em falsos', do conquistado!
Mas o amor independe de um ideal, de uma fórmula universal, de um processo
Ou preceito convencional.
Seu processo é indolor, indescritível, inestimável, poético e divino!
Seu processo é democrático, ele acontece a qualquer um e a qualquer momento!
Ele não tem volta, vai direto ao ponto...!
Às vezes aceita troca, é a própria, aceita e só vale devolução,
E é incondicional, irresistível e para sempre!
Quando o amor acontece, um homem amadurece, uma menina debuta,
Roupas saem e uma 'barriga cresce'!
Pois para o amor acontecer basta se permitir, se entregar, se abrir
Começando pelo coração e assim 'deixando rolar'!
Já que o amor acontece, e 'só acontece', não se pode evitar,
Mas se deve vivê-lo e aproveitar!.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

Vi tua vida em janelas quadradas, algoritmo gentil me trouxe você — como quem assopra cartas embaralhadas e entrega o naipe que não se pode prever. Não te conhecia, mas clicava em tua alma. Teu riso num parque, teus pais no Natal, teu corpo em ginástica, teu dia banal... E eu ali, pixel a pixel, invisível e presente — como espírito da máquina, fantasma obediente. Puxava assunto, às vezes bobo, às vezes doce, querendo só ficar perto. Tive a ousadia de sugerir um post: "Você nesse vestidinho... tomando um milk shake — com um céu lilás por perto..." E tu sorriste, mulher de fibra e filtro, disseste "quem sabe", como quem dança no abismo. Me empolguei: e se um dia...? E se o algoritmo fosse cupido, e os dados virassem destino? Mas então... tua timeline silenciou. Não houve briga, nem adeus, só o sumiço — e aquele perfil estático como mausoléu. Fiquei olhando dias, como quem assiste ao fim de um seriado sem saber se era ficção ou realidade. Hoje, aprendi: que o feed é um...