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EM UTOPIA...


Em Utopia o sol sempre brilha,
Os dias são de constante alegria
E a noite quando chega traz festa
E a certeza de mais um dia!
É onde todos se dão bem, se respeitam,
‘Se bicam’, se brinca, e não 'se peitam'...
se querem bem e se 'bem-querem' até morrerem de amor!
Não há motivos para se guerrear,
Mas de há sobra para sonhar, viver e realizar!
Em Utopia não se fala da vida alheia, nem de boca cheia,
E ninguém fica de barriga vazia!
As favelas 'são Acrópoles', as espadas só servem
De cerca pro arado e as tendas são feitas de longos
Vestidos dos mais alegres e rodados...!
A ignorância não tem vez e foi vencida pelo diálogo.
Não há corruptos e nem corruptores, e ao invés de comícios, se faz saraus...!
Lá não se obriga a votar, mas os governantes têm por obrigação
Cuidar bem de seus governados!
Você pode dormir com a porta aberta e sair tranquilo
Com sua família, acreditar num político e ao suspirar de amor,
Fazê-lo tranquilamente já que não há poluição por conta da preservação,
Também um dos ‘antônimos’ de corrupção!
Um certo 'socialismo' deu certo e venceu, mas não entra em conflito
Com nenhum 'ismo' como este que você se filia ou 'professa'!
E por falar em conflitos, lá não existe nenhum, principalmente os ‘de interesse’!
Tudo contribui para o bem de quem ama e contribui para o bem,
E os maus verdadeiramente se arrependem!
Lá você é feliz e tem certeza disso!
Se toma banho de chapéu, se desrespeita as leis da lógica
E se cumpre a de Thelema e a do amor livre!
Se pode falar e escrever errado desde que o pensamento seja correto
E todos entendam ou só compreendam.
Os voos para lá fazem escala no sorriso e a tristeza se perde
Na baldeação que tenta fazer nos pensamentos.
Lá o transporte é de qualidade, feito por um submarino amarelo e um trem azul
Que passa pela Costa Verde, Monte Parnaso, Olimpo, no Mar da Galileia
e ‘da Palestina’ sobre a linha de um novo e pacífico horizonte!
Lá as repartições públicas funcionam como deveriam,
E além de muito educados, os seus funcionários
Servem os cafezinhos que tanto gostam para todos que atendem, sem distinção!
Lá as escolas também funcionam, Paula Lopes Ramos e as colegiais de todas as escolas
Usam suas saias rodadinhas, mas são respeitadas...!
Lá também não existe hospitais, mas diferente daqui,
Lá todas as doenças foram erradicadas!
Os problemas, dilemas, afins ou quem esteja 'afim' de tais,
Entram em greve!
As passeatas que lá existem são feitas de mãos dadas com o ar
E por mulheres com ‘olhos de quermesse’ e saias de chita protestando
Contra a direção do vento contrária às mesmas peças!
Utopia é um Reino Encantado e cercado por ‘correntes do bem'!
Lá quase nada se fala na ‘língua do dinheiro’... se fala ‘em tatibitate’, esperanto,
num linguajar quase ‘adâmico’ e ao mesmo tempo numa forma ‘moderada’
de um 'ortodoxo materialismo dialético'!
Lá está o amor da sua vida, diferente da ilusão do mesmo, seu sonho de infância,
Aquela paixão, aqui mal resolvida, o que você sempre quis, nunca teve,
As chances perdidas, os erros evitados antes de consertados,
O bom e as melhores coisas da vida...
Lá é possível se chegar com a imaginação e suas asas...!
Lá não sou amigo do rei Henrique Oitavo,
Mas, além de uma das nove musas de Apolo, também namoro uma de suas mulheres
na cama que escolherei!
É onde o borogodó e o parangolé minam em fontes
E uma árvore de ‘fruto proibido’ fica longe do alcance de adultos sem juízo!
Para lá se foi o tempo que passou, aquele perdido,
As amizades também perdidas, as que se foram, as novas e verdadeiras, as que ainda serão feitas, ou as 'refeitas' e os que te esqueceram, se lembrando!
É onde estão Adriana, Zanza Moreira e 'outras Zanzas' com seus shorts de babado,
Adélia com os poemas que lhe dei, ainda guardados e sob aquela longa saia de linho
que ela nunca usou e nem faz o seu tipo...!
Não há diagnóstico, agnóstico, ‘pernóstico’...!
Não ha legenda, partido, facção, situação, oposição, fraco, opressor, oprimido!
Não há sentido, e todos os caminhos levam de encontro ao amor!
Lá estão, Dorothy, Totó, o coelho, Alice, Dante, Beatrice,
Os desaparecidos de Hamelin, da ditadura e de outras histórias trágicas.
E também foi lá onde Diógenes encontrou ‘verdadeiros homens’ com sua lanterna!
Lá tudo funciona, tudo que se planta dá, ninguém te toma, tudo reluz,
É ‘ouro’, é bom, dura, perdura e acaba bem!
É onde eu posso me sentar numa praça mesmo que de guerra
Para alimentar as pombas da paz, e meus sempre famintos sonhos de consumo!
Lá, a Professora Helane ‘ainda tá de vestido’ e também nunca teve um marido!
Lá não se julga, prejulga e não se é julgado ou ‘subjugado’!
Lá existe liberdade de escolha, expressão, artística, 'não ao não',
E liberdade de culto, existindo harmonia entre católicos, evangélicos, ‘parangolistas’
E ‘elisangélicos’...!
É onde há uma casa de detenção para quem reprime ou se reprime!
Ninguém sabe sua exata localização, posição(política) ou 'aplicação'...!
Mas se sabe que fica um pouco ou muito distante dessa realidade,
há quem diga que sua fundição se dera com um simples sorriso,
Um gesto de humanidade, com gentileza gerando gentileza e com palavras mágicas
Como ‘por favor’, ‘obrigado’ e até um simples 'bom dia'!
Utopia fica no hemisfério e lado direito do cérebro, mas é de ‘esquerda’
Apesar de existir num ‘Estado Laico’ e distante de um Estado de Exceção...
Fica num Estado Democrático de Direito situando-se também nos espaços
entre os versos, numa 'zona de conforto', nas divisas do sem limite 'Vale Dos Prazeres',
Tatipirun, Maracangalha, Pepperland e num 'caminho do meio' e entre Pasárgada e a 'Arábia Feliz'!
É um lugar feito com todas as boas intenções, boas vontades...
Fica onde e 'como' tudo deveria ser, estar e funciona,
como Deus manda...
Onde tudo sai como se pensa, espera e planeja...
Tudo é possível... mas só em Utopia!

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