Para mim, ‘estar em poesia’
É embarcar num trem azul
Que sai da minha mente
E me leva aonde for!
Estar em poesia é estar em transe,
Em ‘alfa’, num 'estado de graça'
Até mesmo quando em desgraça,
Transformando em verso cada lágrima
Que escorra sobre o papel!
Estar em poesia...
Amar é...
Viver poesia é assim que acordar
E ver a luz do dia, esperar viver
Um sonho acordado, esperar o melhor,
O pior, o que tiver de ser, o 'será' e o que mais
Se puder colocar melodia!
Sentir poesia é o que se sente quando se está apaixonado
E se faz amor!
É como estar embriagado, febril e ferido pelo espinho duma flor!
É andar de mãos dadas com o vento, com quem sonhamos
E só possuímos em fantasia!
Seguir neste mesmo trem azul que atravessa as nuvens brancas,
Desce pelo arco-íris, passa sobre a linha do horizonte
E libera brisa ao invés de vapor!
Quem vive de poesia, vive dessa mesma brisa, vive de ambrosia
E respira um ar cheio de amor!
Vive à margem ou no centro da folha, da fulô, 'só flores'...
vive a rimar e num eterno sarau!
Quem usa poesia se reveste de uma 'felicidade sem fundilhos',
‘Soltinha’, sem ‘empecilhos’ e também floral!
A poesia é a conjugação de um verbo na primeira pessoa
Falando na ‘pessoa de terceiros’!
Poesia é verbo, é carnal, é perfeita, imperfeita
E profana!
'Ver em poesia' é enxergar tudo com o olhar único
de um ciclope ou qualquer ente fantástico!
É ver a coisa como está, mas do ponto de vista
De quem consegue ver uma outra realidade!
Estar em poesia é estar alegre, ciente, consciente,
‘Subconsciente’ e 'nem aí'!
Amar em poesia é a coisa mais fácil
Como se perder em pensamento e no espaço entre os versos!
Odiar é só pra quem se deixa levar por essa triste realidade...!
Estar em poesia é estar em estado de graça, atenção e ‘exceção’
Para os que ditam os ‘donos da razão’!
A poesia que nem sempre é verdade, mas pode existir em tudo!
É poesia que se escreve, declama, clama, exclama, não cheira,
Não fede, mas se faz presente, se pede e me inflama!
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