Pular para o conteúdo principal

DE SAIA...! 3('POEMA GRUNGE')




Se não fosse por aquela saia 'eu hoje não estaria aqui'!
Uma saia indiana sendo você uma professora de língua portuguesa...
Soltinha, leve e livre como estes versos, rascunho, rasuras ou 'Vedas'!
Da mesma textura de sonhos dos mais molhados e de sua pele que nunca toquei
ou 'senti'...!
De cores berrantes em acordes grunges dos mais dissonantes, psicodélicos e 'delirantes'...!
De 'chiffon', Shiva, 'Helane', borogodó e parangolê!
Que pelo tempo já não existe mais, porém 'reencarna' na forma desse 'quase poema' como a 'quase roupa' que eras por lhe faltar fundilhos!
E que me fez poeta ao esbarrar levemente em meu cotovelo já tão 'precocemente'
dolorido!
Fazendo o milagre mal comparado ao daquele toque dado por uma mulher 
nas vestes de Cristo ou o do quadro da 'Criação de Adão'...!
Se não fosse por aquela saia, o que seria não só da minha juventude, mas também
da dos meus colegas e outros alunos ou 'anjinhos' que também a levantaram
em masturbação, sem que soubesses, sem que sentisses ou que a tocássemos
preferindo 'comer o seu órgão excretor' ao invés de 'namorar' com uma chata, difícil
e adverbial conjunção!
Aquela saia também me ensinou alguma coisa...!
me ajudou a esquecer da vida, seus problemas e complexidades com a combinação também complexa daquelas cores!
Junto ao 'Kamasutra' que se dava em minhas fantasias, o balancê daquele esvoaçante parangolê, feitiço cigano, seu perfume de Lotus; Brahma indiano e da Pombagira
'que a colocou em meu caminho ou minha classe'!
Se eu me lembrasse da data em que ela usou tal saia amarela e vermelha com aquela camiseta amarela escura, passaria a celebrá-la...
colocaria suas pernocas ao invés daquele busto naquela praça em frente a escola!
Mas aquilo era só uma saia...!
E quase também nem era isso devido ao seu pouco comprimento!
Uma parte da roupa que ela escolhera para aquele dia que duraria até hoje e que se não fosse por ela eu não estaria aqui na condição de poeta e não teria aberto essa grande 'confecção de sonhos', versos e outros amores!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O EFEITO 'ZANZA'

Que é o mesmo efeito de quem é 'acometido por paixão'! Por um amor platônico, cortês, proibido, 'pequeno-burguês', bandido, impossível(mas por que não?!) O efeito zanza te deixa zonzo... tamanha a beleza estonteante apesar da 'pouca estatura'! Te torna de novo um infante que lambe os beiços e se lambuza só de ver no 'baleiro' aquela gostosura! Um efeito que pode durar mesmo estando 'vinte anos sem ver'... Um esplendor que não sai de seus vinte anos('tatuada na mente'),  um sabor que ficou na boca sem eu nunca ter provado, porém, poder imaginar que gosto deve ser! Ah, é como sonhar acordado...! Se deparando com um cavalo alado com um 'espectro solar' refletido, em disparada, ou 'disparado' pelo seu chifre dourado! É um 'efeito estufa' que superaquece a temperatura e a obriga a usar shorts mesmo em junho, mês de 'sua primavera' ou aniversário! É o efeito que me fez 'vê-la em minha própria mãe' ao reti

SONETO 93's

'Toda a roupa recebe  a alma de quem a usa.'                   Mia Couto Um vestidinho verde-escuro ou 'oliva'...! Aquela peça, um vestuário apenas E tantos anos; 'passaram centenas'! Mas ao lembrar ainda cai saliva! E pros quitutes... vinham às dezenas! Como esquecer de noite tão festiva?! Marcado e 'solto' na memória viva Num 'sonho impúbere' que ainda encenas! A simples peça a transformou num passe A carruagem moranga e um pedaço ! Pratinho à mão e o vestido 'verde-alface'! No meio-fio a parecer 'compasso'! Fez que da escola eu também me lembrasse! Fada e madrinha que 'ousou' no regaço!

'BIATRIZ'

Filha da dinda também tem meu amor! Aquele seu jeito e carinha linda! Mesmo cabelo natural, sem tinta! E a primavera, de quem herda o olor! Com as sacolas que mandava a dinda! Que nos doou de tudo sem pudor! Também fadinha, 'de condão' e esplendor! E a descender de Portugal, Coimbra! Grande beleza que herdou com certeza! 'Até de costas'; vi quando eu subia! Quem desse 'império' coroei princesa! É 'Beatriz' o nome e eu nem sabia! Que herda o poema escrito nessa mesa! É Beatriz, mas a conheço 'Bia'!