Se não fosse por aquela saia 'eu hoje não estaria aqui'!
Uma saia indiana sendo você uma professora de língua portuguesa...
Soltinha, leve e livre como estes versos, rascunho, rasuras ou 'Vedas'!
Da mesma textura de sonhos dos mais molhados e de sua pele que nunca toquei
ou 'senti'...!
De cores berrantes em acordes grunges dos mais dissonantes, psicodélicos e 'delirantes'...!
De 'chiffon', Shiva, 'Helane', borogodó e parangolê!
Que pelo tempo já não existe mais, porém 'reencarna' na forma desse 'quase poema' como a 'quase roupa' que eras por lhe faltar fundilhos!
E que me fez poeta ao esbarrar levemente em meu cotovelo já tão 'precocemente'
dolorido!
Fazendo o milagre mal comparado ao daquele toque dado por uma mulher
nas vestes de Cristo ou o do quadro da 'Criação de Adão'...!
Se não fosse por aquela saia, o que seria não só da minha juventude, mas também
da dos meus colegas e outros alunos ou 'anjinhos' que também a levantaram
em masturbação, sem que soubesses, sem que sentisses ou que a tocássemos
preferindo 'comer o seu órgão excretor' ao invés de 'namorar' com uma chata, difícil
e adverbial conjunção!
Aquela saia também me ensinou alguma coisa...!
me ajudou a esquecer da vida, seus problemas e complexidades com a combinação também complexa daquelas cores!
Junto ao 'Kamasutra' que se dava em minhas fantasias, o balancê daquele esvoaçante parangolê, feitiço cigano, seu perfume de Lotus; Brahma indiano e da Pombagira
'que a colocou em meu caminho ou minha classe'!
Se eu me lembrasse da data em que ela usou tal saia amarela e vermelha com aquela camiseta amarela escura, passaria a celebrá-la...
colocaria suas pernocas ao invés daquele busto naquela praça em frente a escola!
Mas aquilo era só uma saia...!
E quase também nem era isso devido ao seu pouco comprimento!
Uma parte da roupa que ela escolhera para aquele dia que duraria até hoje e que se não fosse por ela eu não estaria aqui na condição de poeta e não teria aberto essa grande 'confecção de sonhos', versos e outros amores!
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