Sou desses que ainda manda flores
Um amante à moda antiga e ‘eterna’!
Um fingidor que deveras sente
e que de tanto fingir consegue ser poeta!
Desses mesmo que ‘ninguém dá nada’
e não tá nem aí...!
Conseguindo ser tudo, mesmo que ‘só em poesia’
e que só lamenta por quem não consiga ver!
Sou a pimenta do planeta, o sal da Terra,
a Pedra de Roseta, do ouro de Midas
e de tolo que também sou!
Eu sou...
Ser ou não ser...exatamente quem eu penso que sou
e não sou ninguém...o mesmo 'ninguém' que furou o olho de Ciclope!
Sou inteligente...há controvérsias!
Sou mau...?!
Também há quem diga...!
Tudo que sei é que também nada sei.
Socrático e metido a ‘aristocrático’...!
Só falo em juízo...
‘juízo’...?!
Sou desses que já não tem paciência nem para tomar banho!
Turvo, duro duro, sem dinheiro e sem perder a ternura!
Eu sou da paz e também da ‘guerra’ contada na história do ponto de vista
de quem a venceu!
Mas também sou 'quem perdeu'!
Sou essa caneta que escreve esse poema e que também pode assinar
uma sentença!
Era eu naquela multidão, mais um em meio a sua ‘solidão’!
Quem seguia com aquela procissão, ‘curtindo a vida adoidado’,
curtindo a piscina da mansão, aquela nuvem que passa; dependendo de alguma senha, carimbo, tendo que aguardar em pé mesmo estando ‘prenha’!
A criança brincando no pátio, a sereia no mar, as ‘borboletas’
pelo ar, e uma nave no espaço a despressurizar!
E tantas outras histórias e outras coisas que posso inventar,
ser, não ser, estar, sei lá...!
Pensando e logo coexistindo com tantas existências e suas crises...
pensando e ainda longe de ‘estar me casando’...
sou daqueles que tem ‘inocentes’ fantasias contendo violações, mas não as realiza
e nem as 'recomenda'!
Já disse que também sou vil como ‘Pessoa’...!
Já acreditei em política e em Papai Noel...sou um ciclope adormecido
na Terra do pior cego!
Não sou alegre, nem triste, nem poeta...!
Já saí por aí caçando borogodó, já encontrei e até provei!
Sou alto loiro, bonito e mentiroso!
Tenho os meus defeitos, minhas paixões, opiniões, razões(de ser ou não ser), meus sonhos,
minha realidade, minhas fatalidades, minhas realizações e tantas limitações!
Minhas contas que não ‘fecham’, que não pago e que não são da conta de ninguém...
tantas namoradas que namorei e que de tão 'desavisadas' nem faziam ideia
de nosso amor!
Posso estar numa lista negra, mas queria estar no Livro da Vida!
Também quero o que todo mundo quer, mas com a diferença
de no meu caso eu me preocupar em primeiro ‘ver se mereço’!
Tenho sangue nas veias, ‘cabelo na cabeça’, descendência africana, ‘microbiana’, oceânica e adâmica como todo mundo!
Tudo o que sou junto com o que penso ser não caberia neste poema, diferente do que tenho que é tão pouca coisa, mas pra mim o fundamental ao lado de minha riqueza de fé!
Eu sou nuvem passageira e um faxineiro por que se passa, ‘invisível’
para a sua pressa ou qualquer outra ‘desculpa’!
Sou dessas ‘meninas à toas’ que tanto se despreza, mas por quem você troca
sua pobre mulher estacionando de qualquer jeito numa esquina também 'qualquer'!
Mas também posso não ser nada disso graças a minha natureza fingidora!
Sou inocente, mas há quem insista em provar o contrário!
Sou de Deus, mas pode ter quem discorde também!
Não sei mais quem sou...
de tanto que já falei e tive que me explicar, de tanto que me xingaram, me confundiram,
me enganaram, me iludiram, me esqueceram e fingiram em amar!
Acho que sou feliz, tenho quase certeza que sou poeta ou só um aprendiz!
Que errei, e acredito que posso melhorar!
Sou um guitarrista que não sabe afinar, um poeta que não gosta de escandir,
mas sabe viver, fazer amor, sonhar e sorrir!
Eu sou assim e assado também 'sirvo'!
Sou lindo...sou 'isso mesmo que você está pensando' e com o que está me confundindo!
Não estou nem aí!
Sou desses que ainda sabe amar e daqueles que sofre, mas não por querer!
Sou gente!
Sou tudo o que lembrei de escrever e que coube nesse poema...o que sobrou, ficou de fora...
que se soma o resultado o denominador, o ‘incomum’!
E pra quem quiser saber mais, continue ‘me folheando’, 'clicando', 'printando', 'compartilhando'... por sua ‘conta e risco’ de se apaixonar ou me odiar...que bom!
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