Uma paixão boba e coisa de criança como são todas as paixões!
Não sei se vai interessar a quem ler, mas se interessar, me desculpem,
pois isso não é da conta de ninguém!
É uma coisa minha que sempre guardei e que de tão minha,
eu nunca revelei nem mesmo para ela!
Léia...!
Seu nome ainda me lembro...
Mas por onde andas...?!
Se é que ainda me importo mesmo, mas se não me importo por que relembraria?!
Léia era o seu nome, mas como era mesmo a sua fisionomia, seu semblante,
perfume ou o seu gosto?!
Me lembro que tinhas a estatura baixa, pele morena, os olhinhos repuxados
e a beleza de uma deusa ‘maia-egípcia’, ‘inca-javanesa’ ou tupi 'greco-guarani'...!
Léia...me lembrei de seu nome que soube através de outro
por nunca ter coragem de lhe perguntar!
Apesar de tantos anos se passado, Léia ainda 'tem quinze anos', ainda mora lá na 'Horta',
usa aqueles shortinhos jeans que deixava escapar as ‘popinhas’ e que ‘compunha’ um 'novo uniforme' da nossa escola!
Ainda está no ginásio e ainda não sabe do meu amor, e nem que eu existo!
Mas era a Léia, a irmã do Olindino, que tinha cabelos longos castanhos e cacheados
e uma voz linda que também nunca ouvi!
Se está casada, parabéns...!
Se foi para igreja, então Amém...!
Mas pode estar separada, mal amada, trabalhando, assaltando, ‘se candidatando’
ou sendo mãe de uma menina linda como ela mesma foi!
Léia da Horta, ‘de Alderaan’, Nauru e da Escola Municipal Polônia...!
Léia pode até estar morta como as tantas coisas que a gente esquece!
Ah, Léa... como era linda!
Como era boa, boba, inteligente e eu nem a conheci pessoalmente!
Léia, a irmã do Olindino, ‘filha do Rei da Montanha’, que morava na Vila da Horta,
mas não era um ‘pepino’!
Ainda está lá naquele ponto de ônibus próximo ao bambuzal,
Com aquele sapato Naurú, também ‘parte do uniforme’...
que ainda esconde brincos na japona...!
Léia era o amor da minha vida que ainda continuou mesmo sem ela!
Uma paixão adolescente, um ‘fogo de palha’, uma febre, uma 'coisa que eu tinha',
Mas que nunca foi minha!
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