Pular para o conteúdo principal

ESTOU COM POESIA!

 




Quando fui 'diagnosticado' com poesia,

O médico não me recomendou repouso

Já que sonhava em demasia

Coisa que até mesmo acordado já fazia

Por estar tomado e 'dopado' com essa alegria!

Me recomendou cuidado com as rimas

Que já não respeitavam escansão, hora, lugar

Ou razão!

Já que para qualquer coisa eu fazia um verso

Assim como sem qualquer motivo surgia uma canção!

Me recomendou cuidado com o vento

Já que o amor também está no ar!

O mesmo vento de plissados parangolês de normalistas

E que com elas também poderia me levar!

Fui diagnosticado com poesia 

E ao apresentar os primeiros sintomas

Chegaram a dizer que era 'espiritual', obra de um 'anjo torto',

'Exu sem lei', daquele mais sacana e amoral!

Poesia também é espiritual já que envolve mente e coração...

Eu estou com poesia...! 

E isto é grave, febril e fatal como a paixão!

Tudo deve ter começado com aquele amor à primeira vista,

Com o primeiro beijo, o esbarrinho da barra da sainha

Da professora Helane em meu cotovelo 

Ou após a mesma ter feito amor comigo 

'Sem ter a mínima ideia disso'!

Por eu ter apenas visto um casal namorando 

Ou por já trazer de nascença já que até hoje

Ainda me sinto uma criança!

Sofro de poesia que também tem os mesmos sintomas

De quem tem o coração partido e um amor não correspondido.

Sofro de poesia por tomar 'doses homeopáticas' de realidade

E super doses de fantasia!

Dependo de um 'medicamento' um pouco difícil de ser encontrado

Já que em sua composição existe inspiração e 'borogodó concentrado'!

Poesia...

Meu mal necessário e dos séc'los!

Poesia que não tem cura, mas cura inclusive a monotonia...

E que também contagia na forma de sua própria alegria!

Poesia que contraí ao me 'contrair' num gozo de masturbação!

Ou após ver Adélia com aquela saia caqui de linho que nunca usou

Ou nosso piquenique que poderia ter acontecido, mas só ficou na imaginação!

Ah, poesia...!

Que me permite amar sem ser amado, voar sem ser alado

E sorrir sem me sentir culpado!

Que peguei nas minhas viagens para Utopia 

E num beijo roubado em uma harpia!

Peguei por culpa do sol, do céu, das montanhas, rios, mares nunca dantes e de sempre...

De Deus e do mundo para o qual ainda não és uma solução

Mas sempre precisará de mais e mais poesia até que esta fique no lugar do pão!

Eu estou com poesia e não abro...!

Estou com poesia na mente, na minh'alma, em estado avançado, 'vanguardista'

E terminal para me tornar 'imortal' deixando meus versos como legado!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O EFEITO 'ZANZA'

Que é o mesmo efeito de quem é 'acometido por paixão'! Por um amor platônico, cortês, proibido, 'pequeno-burguês', bandido, impossível(mas por que não?!) O efeito zanza te deixa zonzo... tamanha a beleza estonteante apesar da 'pouca estatura'! Te torna de novo um infante que lambe os beiços e se lambuza só de ver no 'baleiro' aquela gostosura! Um efeito que pode durar mesmo estando 'vinte anos sem ver'... Um esplendor que não sai de seus vinte anos('tatuada na mente'),  um sabor que ficou na boca sem eu nunca ter provado, porém, poder imaginar que gosto deve ser! Ah, é como sonhar acordado...! Se deparando com um cavalo alado com um 'espectro solar' refletido, em disparada, ou 'disparado' pelo seu chifre dourado! É um 'efeito estufa' que superaquece a temperatura e a obriga a usar shorts mesmo em junho, mês de 'sua primavera' ou aniversário! É o efeito que me fez 'vê-la em minha própria mãe' ao reti

SONETO 93's

'Toda a roupa recebe  a alma de quem a usa.'                   Mia Couto Um vestidinho verde-escuro ou 'oliva'...! Aquela peça, um vestuário apenas E tantos anos; 'passaram centenas'! Mas ao lembrar ainda cai saliva! E pros quitutes... vinham às dezenas! Como esquecer de noite tão festiva?! Marcado e 'solto' na memória viva Num 'sonho impúbere' que ainda encenas! A simples peça a transformou num passe A carruagem moranga e um pedaço ! Pratinho à mão e o vestido 'verde-alface'! No meio-fio a parecer 'compasso'! Fez que da escola eu também me lembrasse! Fada e madrinha que 'ousou' no regaço!

'BIATRIZ'

Filha da dinda também tem meu amor! Aquele seu jeito e carinha linda! Mesmo cabelo natural, sem tinta! E a primavera, de quem herda o olor! Com as sacolas que mandava a dinda! Que nos doou de tudo sem pudor! Também fadinha, 'de condão' e esplendor! E a descender de Portugal, Coimbra! Grande beleza que herdou com certeza! 'Até de costas'; vi quando eu subia! Quem desse 'império' coroei princesa! É 'Beatriz' o nome e eu nem sabia! Que herda o poema escrito nessa mesa! É Beatriz, mas a conheço 'Bia'!