Poderia 'se pegar pelo ar',
Como coisa que contagia,
O dom da poesia!
Assim como já é com a alegria
Também ser com esse dom
Que mesmo não sendo febre
Me faz delirar!
A alegria...
Essa é mesmo contagiante!
Mas infelizmente como qualquer gripe,
Dura apenas 'alguns instantes'!
E a vontade de se fazer o bem...
Essa viria de trem, mais rápido do que o castigo
Que prefere um cavalo...
E viria como uma 'cegueira' que nos impedisse
De olhar a quem!
Podeira vir com os bons ventos
E com a mesma velocidade das más notícias,
A solução para esse vasto mundo que se devasta!
O mesmo vento que também traz o cheiro bom de uma comida,
Podeira também levá-la a quem tem fome, levar o amor
Que já está no ar ao coração de alguns homens...!
Para bem longe a maldade e para as narinas da boa vontade
O pólen da paz em sua fina-flor!
Poderia está no ar, sem ter que se pagar, tudo que é lícito,
Direito, está escrito e garantido pelo Criador!
Nesse ar que ainda escapa de impostos!
Que não se mede, delimita, 'escande', não se prende
E não se tem como alguém se apossar!
O ar, etéreo, abstrato e indispensável como a palavra amor
Invisível como o faz-de-conta e o impossível até este se materializar
Ou realizar!
Mesmo ar que também pode alastrar, propagar ou apagar uma paixão!
Dos ventos que sopram cabelos, saias de normalista e outros parangolés!
No sopro da flauta de Èsù, Pã e no sopra de vida nos dado por Deus...!
Desse céu de brigadeiro brigando por nós como também fazem os astros conspiradores!
Ventos desse mar com suas ondas que vêm e vão...
Que trazem um amor de verão, mas que esse se completasse em bodas ou 'primaveras'!
Nesses ventos onde algumas palavras são jogadas, salivas gastas...
Que a poesia viesse por essas vias aéreas, Via-Lácteas, 'Par avion', para-quedas
E em chuva de bençãos!
Vento que poderia trazer o ar puro do campo e para onde não canta o galo,
nem a galinha, não tem criança chorando e nem cristão batizado,
Levar embora toda essa poluição, névoa e sombra de dúvida,
Além das tormentas e tormentos causados por tanta energia negativa vibrando pelo ar!
Mas que a poesia viesse nesse ar para nos deixar confortavelmente entorpecidos...!
E que também no ar viesse a cura para a falta de compreensão, de fé,
De amor no coração...de esperança e até para a 'falta do próprio coração'!
Estaria no ar, ao alcance de um simples 'respirar' a felicidade em suas cores
Que apesar de vivas tão pouco se podem ver!
Mas sei que está no ar e também com ele vem o melhor que está por vir!
O que não sei explicar, não dá para mostrar, mas já posso até sentir!
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