Ela te deixa num estado
de graça
Onde tudo parece ter
‘graça’,
Tudo se torna lindo,
amável e possível,
Mas você não consegue
explicar o seu sorriso!
É o mesmo efeito que tem
um beijo, um conselho,
Um voo e de uma droga
para ‘os que não têm muito juízo’!
Poesia também é um
vício...
E por isso não julga...
‘subjuga’ com o peso de sua forte emoção,
Causa ‘paixonite’ e mata
de amor!
Quem sofre de poesia geme,
mas nem sempre é de dor...!
E é feliz, diferente do
mais louco que é quem lhe diz!
É um efeito ‘drummônico’
ou ‘bandeirense’...!
Lúdico e ‘lúbrico’... o
mesmo que deu em Pessoa e ‘Nabuco’
Quando este pastou junto
aos animais!
Pode dar em qualquer
pessoa mesmo que só num instante,
E pode mudar ou
transformar uma vida ‘se imaginando viver uma outra’!
Transforma o cair de uma
chuva num ‘grande evento’
E vê beleza até em
‘ferida’!
Te deixa
‘confortavelmente entorpecido’, te faz ver gnomos, fadas
E lindas normalistas até
quando estas ‘não estão a descer a rua’!
A poesia como o amor, tem
um efeito contrário ao ódio
E consegue ser linda até
mesmo quando escrita com raiva!
Ela faz com você o que
fez por mim!
‘Beatifica’ uma mulher
que não te merece, tornando-a musa...
É um efeito estranho para
os que não sabem o que é amar...!
Não sabem ‘ser feliz’ e
nem viver!
Tem a mesma composição do
mel, do borogodó, do parangolê...
É etérea e feita do mesmo
tecido da camisola de Lucy no céu, dos anjos,
De Elisângela Moreira e
dos ‘lindos sonhos delirantes’!
A poesia é
transformadora, clássica e inovadora!
Transforma ferro em ouro,
um simples flerte em possível ‘união’,
Rimas em mantras e
lágrimas em sorriso!
Pode rimar ou não...
‘pegar’ como um estribilho ou nem sair da gaveta!
A poesia tem o mesmo
efeito de um orgasmo, é viciosa como um pleonasmo...
Certa sobre as linhas
tortas e perfeita como os deuses do Monte Parnaso!
Poesia que causa um
transe similar e vem na ‘linha de Èsù...!
É um êxtase, um fetiche,
o frescor da brisa desse mar azul!
A poesia em sua loucura
santa lhe torna imortal...
A poesia, sua oração,
seus efeitos, defeitos, causas,
E que te faz poeta!
Comentários
Postar um comentário