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ROSEMERE

 

Tão linda na beleza morta

E calada desse retrato!

Mora distante de meu peito,

Mas o laço de parentesco

E o meu amor nos une

Mesmo que num ‘elo de fantasia’!

Esse ‘vestidinho’ rosa da cor e sabor do glacê!

Sorriso cristalino e um olhar tão ‘fumê’!

Ó bailarina encantada que só dança

Quando sonho com o seu balé!

Ela me inspira e enfeita a estante

Como num ‘pigmaleão’ de uma obra divina!

Menina e mulher...

Há muito não a vejo em carne e osso!

Mas me confortam esse versos de amor e poesia!

Meu louvor a essa deusa cabocla e orixá...

Rosemere a ‘ninfeta’ e anjo da fotografia!

 

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