Ser poeta para escrever ou transcrever
Os próprios sonhos e os alheios!
Ser poeta é um ofício que se aprende vivendo,
Sorrindo, sofrendo e ‘não aprendendo’!
Uma vocação dos apaixonados e delirantes!
Um dom que se recita e um trabalho que só se faz
Com alegria!
O céu, o mar, o sol, a chuva...tudo isso é o ‘porquê’
De ser poeta!
Algo para o qual não há um ‘porquê’... é como amar,
Basta ser ou não ser, essa é a questão!
Um filósofo, ‘topógrafo’ e ambientalista amador...
Amante por natureza, ‘das naturezas’, por vocação e excelência
E com especialização na ‘área do borogodó’!
‘Pra que ser poeta’...?!
Perguntam e se perguntam os incrédulos, velhos políticos, caçadores de pássaros,
Pessimistas, juízes e críticos(de plantão!)
Eu sou poeta, e logo sou tudo não sendo nada!
Sou louco ou artista, rima e ‘linguística’, mito ou ‘alma penada’!
O poeta com os seus jardins no deserto, estrelas ao alcance e no bolso,
Descrença na ciência dos homens e parceria com os deuses!
Um poeta e eterna criança, com suas musas proibidas ou 'desimpedidas', sua fama,
Obra e vida...e nenhum tostão!
Transformando semblantes e vidas, chumbo e qualquer coisa em ouro,
Suplício em gozo, regras impostas em transgressão...é o poeta arrancando aplausos,
Risos, lágrimas e reformando a língua com um dialeto universal
Cantado em bares, bordéis, igrejas e saraus!
Ser poeta é amar o pecado, infringir, fingir e ser perdoado!
É dar ritmo às próprias mágoas, fazer partilha das alegrias e por um ponto final
Na tristeza!
Sou poeta por paixão, opção, 'pressão', mas não sei se por vocação!
Ser poeta pra quê...?!
Me pergunto encontrando uma lacuna ou espaço entre as estrofes...
Ser poeta é tornar público o seu grito, sonhar acordado, não ser aclamado,
Mas deixar o seu registro, seu legado!
É por tudo isso que eu sou poeta, que escrevo, recito, repito, transmito,
Incito, me excito, me inspiro...
Querendo em troca apenas esse seu suspiro ou um sorriso mesmo que 'sem intenção'!
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