Nos ribeirões desses sertões
Gerações e gerações de lavadeiras
E canções!
Com seus braços fortes e seios dançantes!
São sereias e mães d’águas com seus cânticos
Emocionantes e motivantes ao incentivarem as 'fias'
Que já lavam suas bonecas de pano próximas!
E pelo rio escorre toda a impureza
E na roupa e na alma só fica a pureza
Da inocência da mulher do campo!
Elas lavam e lavam, cantam e os peixes acompanham!
E elas pensam no angu que levarão pros maridos
Que na ‘lida’ também se lavam, mas no banho
Do próprio suor!
Inté que acaba a ‘lavanderia’ junto com a cantoria
E com as bacias elas voltam pros seus quintais
Com a certeza da roupa e almas lavadas nos varais
E com seus sorrisos estampados, e de que aminhã
Terá mais!
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