Com o que resta da tinta da caneta
E do meu fôlego escasso de tanto te suspirar...
Faço desse papel meu confessionário,
Muro de arrimo e lamentações!
Afogo minhas mágoas nessa tinta e 'celulose'
E registro na areia da ampulheta os nossos nomes
Sem as ondas do mar para apaga-los!
Foi bom enquanto durou
E terrível quando acabou!
E devo começar do zero ou dessa 'margem'...
Numa equação irracional ou história sem final,
Mas que não seja mal resolvida!
Pobre coitado, largado, perdido
E à deriva nas areias da praia do tempo!
Eu grito e quem me escuta...?!
Sou eu mesmo...
A casa ecoa com o seu vazio!
E nem esse papel aguenta...
Se penaliza e também se torna mártir
Ao se rasgar!
E a tinta da caneta acaba...
Mas não acaba por esse amor
O meu suspirar!
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