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GRIMÓRIO

Nostradamus com alface, um pouco de vinagre 

Biscoito d'água e 'sol' 

Ao velho oeste uma pitada al dente italiana... 

Ressuscite Django e ponha um pouco de mostarda! 

Godzillas chegam do oriente para brincar o carnaval da gente 

As visões de Daniel reportadas num horário nobre e meu erário pobre! 

As trompas magnéticas se preparam para trazer a luz minhas dúvidas 

Divisões Panzer se aproximam da Câmara do Senado de Roma... 

Do chão batido do meu sertão de onde não sou Nostradamus com cebola, 

Mas agora um cachorro quente Coca-Cola e Frango Gate 

Bill Gates open os Windows... Meu mundo terceiro ou terceirizado 

E minhas mãos sujas de tanto não ter trabalhado... 

Ocioso, espaço tempo onde as agruras e diabruras se dão o tempo todo... 

A paz, rapaz... está morna e Nostradamus ao ponto! 

Emerge uma sereia do Mar Morto, saboreio do pão da mesa de Abraão... 

Nostradamus de novo com queijo, as fábricas de misseis, teleguiados, infalíveis, falhos, fálicos 

Em direção das trompas ou do cu do mundo... 

Nostradamus com cerveja, churrasco no quintal e na laje 

As sereias nadando em copos de cristal da prata da casa do fino trato fina flor 

Que a poesia se inspirou!

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INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

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