Sofro do 'mal de poesia'...
E quem é diagnosticado assim,
Vive de tentar expressar suas emoções,
Segue sonhando acordado, zomba da razão
E das 'razões alheias', e também sofre por amor!
O mal de poesia é um mal dos séc’los
Que afetava os poetas do passado, os inspirando,
Arrebatando e fazendo suas obras serem eternizadas!
Quem é poeta ri de nada e chora com o ‘murchar’ de uma flor!
O mal de poesia é um mal que se faz necessário para essa realidade tão cinza
E cada vez mais fria com a ausência do amor!
Quem sofre de poesia delira e tem as alucinações das mais deliciosas!
Fala em verso, canta, encanta, suspira e se masturba em louvor de suas musas
Tão intocáveis e ‘melhores’ assim!
Fui diagnosticado poeta precocemente, ainda criança...
Quando ainda acreditava na vida e brincava de 'faz-de-conta'...!
Vivia a poesia que somente agora viria a 'encadernar'!
Esse mal de poesia que me faz tão bem...!
Me faz sonhar, me põe ao lado de Zanza Moreira e como um 'Alafim de Zanzibar'...!
Me faz rimar, escandir, sorrir e 'chorar de alegria', escrever tudo o que sinto em um breve poemeto...
Uma 'emenda melhor que o soneto'...!
Um portador da ‘síndrome de poesia’ é um abençoado, mas como o ímpio
Tem muitas dores, não é compreendido, muita das vezes
Não é levado a sério apesar de seu mal não ter cura
E da coisa se agravar quando surge paixão!
Os primeiros sintomas de poesia são notados por uma forma mais ‘maravilhada’
De se encarar o mundo, por uma estranha compulsão por escrever
E uma vontade louca de recitar e compartilhar de suas impressões e emoções!
Quem sofre de poesia sofre e 'se alegra' desse sofrer!
Já nasce ou adquire esse dom 'belo e maldito' através do amor!
Pra ele tudo é poesia e sem esse lindo fardo ele não sabe o que 'dele seria'!
Muita das vezes não ganha nada e sequer publica alguma coisa!
Se contenta com o azul do mar, o brilho das estrelas, as flores num vestido
Ou só aquele sorriso!
Afaga seu próprio choro com essa realidade, transforma a vida em versos
E em seu estágio terminal agoniza na 'forma de um orgasmo' para morrer de amor!
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