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O 'ALAFIM DE QUITÉRIA'

Eu queria ser o Alafim...

Da República, musa, 'deusa pública'

Soberana, 'iorubana' de Quitéria Chagas!

E por tal nobre e 'excitante' título, abdico de ser Faraó

E viajo de Citera até Oió com uma barca lunar

Cheia de murex, purpurina, especiarias, oferendas,

Estandartes e uma imagem da deusa Astarte a sua linda semelhança!

Eu queria ser um alafim... e vê-la sambando só pra mim

Num palácio com chão de estrelas numa acrópole

No alto de um Morro de Madureira sem choro e iluminada

Por seus esplendores de carnaval!

O Alafim de Quitéria...

Anunciado aos batuques!

Como deve ter sido com os Reis e Rainhas que forma nossos ancestrais...!

Abrindo alas por esse novo mundo onde fincaram o seu estandarte

Já há tantos carnavais!

O Alafim, Obá, iorubá... Ê! Ê!, Laroiê, saravá!

Fazendo você como tema, samba-enredo... e todo esse povo sambar!

Um alafim e também seu súdito que se permite por você levar e 'embarcar'!


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