Pular para o conteúdo principal

CÉU DE MAIO

 

Sob esse lindo céu de maio 

Eu juro não jurar mais!

E assim viver um dia com cada céu

De cada vez com ‘cada mal’, e quem sabe seguir em paz!

Esse céu azul-alegria no qual não se vê 

Nenhuma névoa, nenhuma sombra ou maldade!

De tantos maios que já vivi e dos que ainda

Espero viver!

O mês das noivas, de suas flores, desse céu

E coincidentemente do meu aniversário!

Prometo a esse céu quebrar as promessas que já fiz

Se for preciso e por amor!

Acreditar se não houver outra solução, chorar 

Sem sentir vergonha e ser feliz sem me arrepender!

Um céu simplesmente azul apesar de nossas complicações!

De comum acordo com o sol apesar desses desencontros,

Azul como o horizonte, seus mares e abismos poéticos e nunca dantes!

Simplesmente azul como me foi simples te amar, pegar em sua mão

E com você voar!

Deixando para atrás qualquer tristeza, estando seguros distantes

De tanta barbaridade, seguindo na contramão de certos sentimentos

E olhando do alto para ‘baixeza’ de outros!

É embaixo desse céu de maio que eu quero ficar... só isso!

Mesmo que chova um pouco daqui a pouco!

Molhe o seu cabelo também um pouco, e me impeça de sair de mim!

Vou ficar e esperar que deste céu caia uma estrela, me venha uma luz 

E uma resposta mesmo que eu não esteja procurando!

Um céu claro como deveria ser certos discursos, limpo como a manta de Deus

E a alma de seus pequeninos!

E simplesmente azul por mandar a estação onde também passa aquele trem

Da mesma cor!

Simplesmente azul como é simples sorrir!

Simplesmente azul e aparentemente inalcançável

Como não é a felicidade acessível quando se tem fé!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

Vi tua vida em janelas quadradas, algoritmo gentil me trouxe você — como quem assopra cartas embaralhadas e entrega o naipe que não se pode prever. Não te conhecia, mas clicava em tua alma. Teu riso num parque, teus pais no Natal, teu corpo em ginástica, teu dia banal... E eu ali, pixel a pixel, invisível e presente — como espírito da máquina, fantasma obediente. Puxava assunto, às vezes bobo, às vezes doce, querendo só ficar perto. Tive a ousadia de sugerir um post: "Você nesse vestidinho... tomando um milk shake — com um céu lilás por perto..." E tu sorriste, mulher de fibra e filtro, disseste "quem sabe", como quem dança no abismo. Me empolguei: e se um dia...? E se o algoritmo fosse cupido, e os dados virassem destino? Mas então... tua timeline silenciou. Não houve briga, nem adeus, só o sumiço — e aquele perfil estático como mausoléu. Fiquei olhando dias, como quem assiste ao fim de um seriado sem saber se era ficção ou realidade. Hoje, aprendi: que o feed é um...