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POEMA EM TERGAL 2


Eu queria ser uma linda normalista...!

Aquelas de blusão com cinto na barra,

Sainha plissada, sapato-boneca e meião!

Seria uma linda normalista não pela profissão,

Pela carreira, mas sim por aquele uniformezinho,

Sua beleza e vocação pra encantar!

Queria ser uma normalista com problemas de normalista

Que incluem o vento na sainha, provas finais,

D.R com namoradinho e a lama que possa respingar naquele meião!

Marchando com galhardia em pistas fechadas em dia de Parada, 

Sobre trancos(de ônibus), barrancos, gracejos, passarelas

E vácuo dos automóveis na calçada!

Uma linda normalista de mãos dadas com uma coleguinha...

De saia rodada, 'dobrada', masturbada, adorada de cima a baixo 

E tendo o mundo aos seus pés com sapatinhos-boneca!

De algum colégio tradicional, Instituto de Educação,

Embarcando e 'se abarcando' por estar de saia, por ser mulher, 

'Ter cabelo na cabeça' ou só por causa daquele cintinho dividindo a barra do blusão!

Aquele uniforme não tem borogodó... 

Ele a torna o 'borogodó em pessoa' mesmo que ela ainda esteja em 'formação'!

Esperando o ônibus da escola sozinha, mas não merecendo ser assediada!

Ah, uma normalista...!

Eu seria uma daquelas altas, tímidas, boba e poeta!

Ah, uma normalista... de mamãe moralista, papai zangado, 

Irmão 'incestuosamente' enciumado e namorado com motocicleta!

Um fetiche, uma colegial, uma professora, uma coisinha linda

E também digna de todo o respeito!

Rodrigueana, gonçalviana, balzaquiana, pagunguiana, quiteriana, magrinha ou boteriana...

Seria uma fantasia, a própria poesia, mas ao chegar em casa me livrando do uniforme

Seria só mais uma menina dessas! 


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