Eu queria ser uma linda normalista...!
Aquelas de blusão com cinto na barra,
Sainha plissada, sapato-boneca e meião!
Seria uma linda normalista não pela profissão,
Pela carreira, mas sim por aquele uniformezinho,
Sua beleza e vocação pra encantar!
Queria ser uma normalista com problemas de normalista
Que incluem o vento na sainha, provas finais,
D.R com namoradinho e a lama que possa respingar naquele meião!
Marchando com galhardia em pistas fechadas em dia de Parada,
Sobre trancos(de ônibus), barrancos, gracejos, passarelas
E vácuo dos automóveis na calçada!
Uma linda normalista de mãos dadas com uma coleguinha...
De saia rodada, 'dobrada', masturbada, adorada de cima a baixo
E tendo o mundo aos seus pés com sapatinhos-boneca!
De algum colégio tradicional, Instituto de Educação,
Embarcando e 'se abarcando' por estar de saia, por ser mulher,
'Ter cabelo na cabeça' ou só por causa daquele cintinho dividindo a barra do blusão!
Aquele uniforme não tem borogodó...
Ele a torna o 'borogodó em pessoa' mesmo que ela ainda esteja em 'formação'!
Esperando o ônibus da escola sozinha, mas não merecendo ser assediada!
Ah, uma normalista...!
Eu seria uma daquelas altas, tímidas, boba e poeta!
Ah, uma normalista... de mamãe moralista, papai zangado,
Irmão 'incestuosamente' enciumado e namorado com motocicleta!
Um fetiche, uma colegial, uma professora, uma coisinha linda
E também digna de todo o respeito!
Rodrigueana, gonçalviana, balzaquiana, pagunguiana, quiteriana, magrinha ou boteriana...
Seria uma fantasia, a própria poesia, mas ao chegar em casa me livrando do uniforme
Seria só mais uma menina dessas!
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