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XAVANTE

Essa ainda tão presente em meus sonhos

E tão distante da minha ou 'nossa' realidade!

A quem pertencerá aquele sorrisinho tímido,

Aquele beijo, seus pensamentos, seus desejos

E todo o nosso impossível amor?!

Adélia, minha musa de número 10 num 'panteão de novecentas mil'!

Beatrice Du Portinari, Eurídice, Eva ou 'Messalina'!

Ai, Adélia...!

Ainda tão presente em meus pensamentos ou devaneios

Onde estás sempre nua, onde é mais bonita que de costume,

Onde és 'real', amada imortal e 'canonizada em vida'!

Um amor platônico, poético e infantil!

Uma possibilidade se existisse alguma chance nessas mesmas novecentas mil...

Uma ilusão que gosto de acreditar, uma felicidade se viesse a se realizar!

Nós dois, uma casinha nas montanhas, de mãos dadas na praia

Ou apenas sentados lado a lado como um perfeito 'casal de desconhecidos'!

Adélia dos poemas que dediquei e que junto com o meu amor os apreciou!

Dos cabelos encaracolados e negros como a asa da graúna('quando não os tingia'),

Virgem dos lábios de mel, de calça jeans ou com aquela saia longa,

Cáqui de botões na frente que nunca usou, e de um coração que bate por alguém não identificado,

Mas sei que não sou eu!

Alguém tão importante pra mim e que talvez já nem se lembre meu nome ou que eu existo!

Adélia só um nome, alguém no mundo, alguém em que penso, logo existe...

Com quem gostaria de sair, 'ficar' e quem sabe até me casar?!

Ai, Adélia...

Adélia que era mulher de verdade!

Quem mais você irá iludir ou 'persuadir' a alugar qualquer coisa se ainda trabalhar atrás de um balcão?!

Qual o seu sobrenome, quem é o pai do teu filho, por onde andas, 'no colo de quem sentas' e com quem se deitas?!

Adélia que não quis nada comigo e saiu da minha vida para não atrapalhar o caminho de quem quisesse!


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