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ÀQUELA MULHER DE VESTIDO!

Quem é aquela mulher de vestido?!

Aquela que ainda agora estava sentada,

De pernas cruzadas, de pele assim, cabelo assado ou 'tingido'...

E mais o que não posso descrever devido ao vestido

Que me deixou deslumbrado?!

Àquela mulher de vestido vai esse poema sem pudor!

Vestido que me faz querer invadi-lo, arrancá-lo, roubá-lo

E até 'vesti-lo'...

Cheirar, mascar, provar, desvendar, desbravar 

E despir todo aquele amor!

Eu quero ser o marido da mulher de vestido!

Pendurar minhas calças no mesmo cabide,

Juntá-lo no mesmo cesto, máquina de levar

E depois por pra secar no varal!

Casaria com a mulher de vestido e o meu amor

O faria de 'abrigo'!

Aquela mulher de vestido já deve ter compromisso...

Apesar do vento também a cobiçar parecendo querer levá-la!

De me fazer querer ser criança para querer estar à sua barra,

Mas sem nenhuma culpa!

Ela deve ter calças e shorts, mas usa vestido estando sem fundilhos

E sem medo do deslumbre ou desejo que tal peça possa provocar

E não 'ocultar'!

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