Uma certa brisa, aqueles ventos bons ou maus
Pode também vir a chuva, mas tudo são flores!
Flores...
Cores, amores, sabores, dissabores!
Estampas, cabelos e vestidos dela...!
É primavera!
A estação onde o poeta desembarca deslizando de um arco-íris!
A estação preferida das borboletas e colibris
Que disputam esses jardins que avisto ou suspensos em meus pensamentos!
Estação das flores e do mel!
Estação das flores do Palácio de Salomão, de Baudelaire, Vandré e da menina-mulher
Que debuta, desabrocha e embriaga do perfume dessas mesmas flores que a enfeita perfeita!
É onde a terra é azul sem que se precise ir ao espaço para se dizer!
Onde a natureza transforma tudo, inclusive uma realidade cinza!
É primavera...
Do cravo, da rosa, jardineira triste e da alegria sem porquê!
Minha prima favorita com sua visita equinocial, abstrata, imaterial,
Anual, temporária porém sentida!
Vizinha do inverno e parceira do verão!
Ah, primavera...
Árabe, arabescos, flower power, reggae power, girassóis, sakura e poá...!
Onde se vê flores apenas em seu citar!
Onde se nota o seu sinal só com o vento soprar!
Tantas primaveras já completei, tantas primaveras já te perdi...!
Prima Vera, dinda, fada e 'fado' Vera e as asas da 'prima postiça' Elisângela Lili!
A estação do trem azul onde o espera uma hespéride normalista,
Da barca lunar... equinócio, equador, Quito, Panamá!
Onde me esperam marias-flores, Anna Blume, Ana Roberta...
Da metafísica dessas árvores que 'aqui gorjeiam', das palmeiras,
Limoeiros, jacarandás, Rosanas Jatobás e laranjeiras sabiás!
É a minha estação...!
Onde a tendência é a poesia, o mandamento, o amor
E onde vou 'descer' e por enquanto ficar!
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