Para que eu pudesse pegar o céu
Te dar a lua e vê-la se banhar e molhar de sol!
Mas... já lhe fiz tudo isso em outros versos...
E esses deveriam ser 'Vers Libre'
Para que o amor também possa ser livre
E voarmos na poesia que der na telha,
Pau-a-pique, chuva, fazenda e aquele arraial
Onde mora a sua família e seus tantos patos!
'Bananeira'... distrito, arraial, 'arraiá' de algum lugar
No meu pensamento distante!
Seu vestido...!
E sua pele de cores vivas, vibrantes e 'esvoaçantes'
Tentando me confundir e embriagar desse teu êxtase que não pertence a mim!
Era para ser um poema sobre você...
Uma ideia, uma rima... cliché e lugar comum' qualquer!
A 'argila' que você me corrigiu dizendo ser barro...
Um mundo lá naquele arraial bem diferente para esse rapaz da capital... 'capitá', capitar!
Você está lá, está aqui.. em qualquer lugar!
Seus patos, seus passos em fila indiana até qualquer açude que possa se formar por lágrimas
Que sejam de alegria!
Ela está lá com o seu vestido com o qual a conheci...
Quando a conheci ela usava um vestidinho verde, mas segundo seu marido e meu primo,
sua cor preferida é azul...
'Quem te conhece não esquece jamais'!
Bianca significa 'branca' em italiano, mas sua cor é tâmil!
Ela está lá e eu aqui...
Ela 'não está nem aí', mas eu aqui... aquele lugar!
Bananeira, Estado do Rio, mas de sotaque mineiro...
Vênus de um 'afluente' do Carangola!
Era para ser um poema de amor... e se for, então deixa rolar,
Deixa chover, viver e esses seus patos 'catar mio' sobre minha máquina de escrever!
Me avisem se eu chegar a algum lugar, lugar comum, lugar qualquer...!
Com esses versos, com essa pouca ideia de um tudo que julgo saber de você!
Sei que ela dirige, ela voa e se 'equilibra' nesse Versilibrismo,
Ela está lá junto daquele ribeirão, longe dessa poluição, violência, estupros, solidão...
Com seus patos ela voa, dirige e atoa se deita sobre algum tufo de papo pro ar sob esse luar de sertão!
De papo com as tantas estrelas que ainda existem por lá...
Sei que és jornalista... mas pedindo 'licença poética' a essa realidade que escreves, e benção a seu pai Aqueloo...
Peço que se vista de normalista pelo menos até 'subir' o meu prazer e junto com o seu xedô, Boso Hantou, e xangüè
'Causar-lhe' cheias ou fazer a maré encher nesse mar que se tornou o nosso sertão!
Era para ser um poema de amor.. não sei se é amor!
Não sei de mais nada, sou Sócrates... Aqueloo, um deus rio...
Só penso que ela está lá e logo existe!
Era para ser um poema, era para ela está lá...
Na mente, um vestidinho, uma ideia na cabeça, um gozo e 'gonzo' em forma de verso!
E a origem de um universo...!
O sentido da vida, Bananeira... era pra ser sobre o amor, é Bananeira mas não é sobre bananas!
Bananeira, Carangola, Marrakesh, Bōsō Hantou...
Bananeiras e laranjais dos Oito Anos de Casimiro de Abreu('município nas redondezas')
De limoeiro, jacarandá, tindolalá, de palmeira('imperiá'), sabiás, patos e Biancas!
'Bananeira Cries...!
Era para ser um poema sobre um rio, pontilhões, enchentes, uma índia Oriental, Ocidental, sua cor, seu cabelo, sua brejeirice tupi-interiorana!
Um poema de amor e amores de sertão, veredas, verão... é sobre bananeiras e a metafísica nenhuma de outras árvores e histórias,
É sobre o barro, a argila, lobos, meninos, patos e Biancas!
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