Ó livres e felizes, contentes com suas migalhas,
pombos da rua!
Entre para os Correios sem depender de concurso
Já que suas asas lhes permitem tudo,
E levem esses versos para quem nunca ouviu falar desse tal amor...
E vive numa ilha deserta de desejo, areia e sal
E sedentos do tempero que só uma outra boca pode lhes oferecer!
O zumbido daquele avião distante não é mais errante
Que o olhar de quem já se perdeu por alguém ou de alguém!
Vou pegar a pena do rabo desse pombo vagabundo
E usando o tinteiro da felicidade, escreverei o seu nome num poema
Que me vir a cabeça, partindo do coração e tatuando a história
Com o que coloriu a nossa!
O amor é sorte e milagre, é isso é aquilo, 'aquele', 'aquela',
Aquilo... é do pombo, do condor... é de todos e 'de ninguém'...!
É livre!
Mas as praças são desses pombos até mesmo as de guerra
Quando um deles leva em seu bico a Santa Paz!
Ó livres e felizes pombos e pombas do Espírito Santo e pluma...
Me levem a acreditar que na 'rapina' da felicidade,
Meu coração é uma presa fácil!
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