Pular para o conteúdo principal

MUPOROROCA


Todos prontos para a pesca e pescaria do Pirarucu

O barquinho vai com bossa que vem na brisa 

Lá vamos, voando sobre a vela, iça, abaixa, 

A proa apruma, o timão, prancha, pirata, gancho 

E nenhum arpão ou Mobydick, Morey-Boogie! 

Só mosquitos a espreita, estrelas que não mudam, que piscam e também picam... 

Ai ai ai... e um peixe vai e nos leva até Iara, a sereia... nos leva a margem, 

À loucura e seu estômago faminto por aventureiros, Ulisses, odisseias, jangadeiros, Ilíadas, igarapés...! 

Formosas moças, brejeiras lavam seus pés! 

E lá vem Bianca com cauda de sereia e trança que me lembra nagô, lembra Iemanjá 

E a força ou espíritos da natureza que puderem ajudar Simão ou Pedro e outro cristão a pescar! 

Vem lá do mar onde tudo isso vai dar e desaguar...! 

Depois da pesca esportiva devolvo o Pirarucu pro rio(não pro mar), dou as costas para um mar revolto, 

Mas a perdoar quem sabe brincar... quem não sabe nadar olhe onde está, 

Onde pisa sobre esse 'espelho D'Oxum a caminhar! 

O Pirarucu... cadê?! Sumiu! 

Pirarucu sou eu ... escorregadio mitológico Boto amazônico e frio! 

Umidade relativa, mas vai dar pra pescar se eu soubesse, se eu cantasse como sereia e tivesse 

A beleza de Iemanjá, mas esse é um rio e Reino de Osún! 

Ai ai ai.. mosquitos, histórias e outras prosas e mitos fantásticos pelos arraiá

E cadê Pirarucu... a lenda do peixe, um peixe japonês, peixe que não é daqui, Pirarucu é amazônico... 

Também valendo tanto, valendo mais que a rima é exótico e pisciforme também! 

Ai ai ai a pesca se deu no luar do sertão! 

Pirarucu se foi, virou Boto, virou homem, virou fêmea, sereia e cristão! 

É ser vivo e de se respeitar, de se viver, olhar apreciar, deixar viver, deixar seguir, 

Desaguar por aí, e seguir até o fundo do rio 

E com esse poema se acabar em algum mar!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O EFEITO 'ZANZA'

Que é o mesmo efeito de quem é 'acometido por paixão'! Por um amor platônico, cortês, proibido, 'pequeno-burguês', bandido, impossível(mas por que não?!) O efeito zanza te deixa zonzo... tamanha a beleza estonteante apesar da 'pouca estatura'! Te torna de novo um infante que lambe os beiços e se lambuza só de ver no 'baleiro' aquela gostosura! Um efeito que pode durar mesmo estando 'vinte anos sem ver'... Um esplendor que não sai de seus vinte anos('tatuada na mente'),  um sabor que ficou na boca sem eu nunca ter provado, porém, poder imaginar que gosto deve ser! Ah, é como sonhar acordado...! Se deparando com um cavalo alado com um 'espectro solar' refletido, em disparada, ou 'disparado' pelo seu chifre dourado! É um 'efeito estufa' que superaquece a temperatura e a obriga a usar shorts mesmo em junho, mês de 'sua primavera' ou aniversário! É o efeito que me fez 'vê-la em minha própria mãe' ao reti

SONETO 93's

'Toda a roupa recebe  a alma de quem a usa.'                   Mia Couto Um vestidinho verde-escuro ou 'oliva'...! Aquela peça, um vestuário apenas E tantos anos; 'passaram centenas'! Mas ao lembrar ainda cai saliva! E pros quitutes... vinham às dezenas! Como esquecer de noite tão festiva?! Marcado e 'solto' na memória viva Num 'sonho impúbere' que ainda encenas! A simples peça a transformou num passe A carruagem moranga e um pedaço ! Pratinho à mão e o vestido 'verde-alface'! No meio-fio a parecer 'compasso'! Fez que da escola eu também me lembrasse! Fada e madrinha que 'ousou' no regaço!

'BIATRIZ'

Filha da dinda também tem meu amor! Aquele seu jeito e carinha linda! Mesmo cabelo natural, sem tinta! E a primavera, de quem herda o olor! Com as sacolas que mandava a dinda! Que nos doou de tudo sem pudor! Também fadinha, 'de condão' e esplendor! E a descender de Portugal, Coimbra! Grande beleza que herdou com certeza! 'Até de costas'; vi quando eu subia! Quem desse 'império' coroei princesa! É 'Beatriz' o nome e eu nem sabia! Que herda o poema escrito nessa mesa! É Beatriz, mas a conheço 'Bia'!