Pular para o conteúdo principal

Fe

Não sei o que se passa e transpassa em meu umbigo de ferro... 

A dança logo trança enrosca cabelos... 

Pessoas, beijos, amores, gemidos, gritos, berros! 

É uma cama não é uma pista... 

A música é a estrela que canta em coro de luar! 

Não sei, mas meu umbigo de ferro passa a prata linda da casa 

Tão cara quanto a prata normal! 

A cama também é de ferro...!

Do ferro nos fazemos, desfazemos! 

Você me descontrola, mas tá tudo tão legal...! 

E estranho! 

Legal por ser estranho. 

Agora eu me sinto com você 

E o amor se forja, a passarada canora cantarola longe... 

Também com partes de seus bicos metálicas! 

Sua bijuteria é tesouro pra mim... 

Marfim, peça rara anjo querubim! 

Se pendura naquela estrela para me olhar 

Já já o dia vai raiar... 'ruir'! 

A dança acaba, o meu ferro é um lindo parabellum 

Para uma guerra antiga que se dá nesse colchão! 

E o fruto é a questão... 

Não tem mais nada a não ser o ferro forjado pela mão de um ferreiro 

De carne, virilidade e semelhança ao ferro! 

Feminilidade semelhante a anjo... 

Sem sexo, sem noite e toda a madrugada nossa! 

Rouba para ser oferecida ao Astro-Rei com nossa manhã preguiçosa a despertar!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O EFEITO 'ZANZA'

Que é o mesmo efeito de quem é 'acometido por paixão'! Por um amor platônico, cortês, proibido, 'pequeno-burguês', bandido, impossível(mas por que não?!) O efeito zanza te deixa zonzo... tamanha a beleza estonteante apesar da 'pouca estatura'! Te torna de novo um infante que lambe os beiços e se lambuza só de ver no 'baleiro' aquela gostosura! Um efeito que pode durar mesmo estando 'vinte anos sem ver'... Um esplendor que não sai de seus vinte anos('tatuada na mente'),  um sabor que ficou na boca sem eu nunca ter provado, porém, poder imaginar que gosto deve ser! Ah, é como sonhar acordado...! Se deparando com um cavalo alado com um 'espectro solar' refletido, em disparada, ou 'disparado' pelo seu chifre dourado! É um 'efeito estufa' que superaquece a temperatura e a obriga a usar shorts mesmo em junho, mês de 'sua primavera' ou aniversário! É o efeito que me fez 'vê-la em minha própria mãe' ao reti

SONETO 93's

'Toda a roupa recebe  a alma de quem a usa.'                   Mia Couto Um vestidinho verde-escuro ou 'oliva'...! Aquela peça, um vestuário apenas E tantos anos; 'passaram centenas'! Mas ao lembrar ainda cai saliva! E pros quitutes... vinham às dezenas! Como esquecer de noite tão festiva?! Marcado e 'solto' na memória viva Num 'sonho impúbere' que ainda encenas! A simples peça a transformou num passe A carruagem moranga e um pedaço ! Pratinho à mão e o vestido 'verde-alface'! No meio-fio a parecer 'compasso'! Fez que da escola eu também me lembrasse! Fada e madrinha que 'ousou' no regaço!

'BIATRIZ'

Filha da dinda também tem meu amor! Aquele seu jeito e carinha linda! Mesmo cabelo natural, sem tinta! E a primavera, de quem herda o olor! Com as sacolas que mandava a dinda! Que nos doou de tudo sem pudor! Também fadinha, 'de condão' e esplendor! E a descender de Portugal, Coimbra! Grande beleza que herdou com certeza! 'Até de costas'; vi quando eu subia! Quem desse 'império' coroei princesa! É 'Beatriz' o nome e eu nem sabia! Que herda o poema escrito nessa mesa! É Beatriz, mas a conheço 'Bia'!