Pular para o conteúdo principal

QUANDO CHOVE...

Será que só eu me sinto assim quando chove...?!

Mais pensativo do que de costume, mais fechado,

Introspectivo do que costumam achar!

Mais difícil de se 'achar' e mais fácil de me achar escondido numa coberta! 

As nuvens se desfazem em chuva como em lágrimas também nos desfazemos...

A chuva tudo pode desfazer até que a bonança nos traga de volta o que se perdeu!

Que desfaça um mal e me traga bênçãos...!

Quando chove até a infância distante torna como dessa calha água se entorna

E escoa como se perdem pensamentos!

Eu fico meio estranho, meio assim, 'ensopado' ao invés de assado...

Meio melancólico, bucólico, friorento, sonolento, romântico, poético, no meu normal!

Contemplo da minha janela esse lindo e grande espetáculo de um simples fenômeno natural!

Eu fico até feliz... remando ao contrário desses reclamões que surgem como esses bolsões que se formam!

O que é mais bonito do que o cabelo dela todo molhado mostrando a sua 'verdadeira cor'?!

Um chocolate quente ou só dois dedinhos de café, um 'bolinho de chuva'... aquele barulhinho dela caindo, 

Do crepitar de uma lareira se eu tivesse um chalé!

Quero cantar, singing, dançar, me banhar... velejar por esses bolsões d'água!

Períodos de chuva que podem provocar enchentes... dias de sol que trazem estiagem!

Seja de chuva ou de sol, cada dia com o seu 'mal tempo' e ambos são criados por Deus que sabe o que faz!

Vivo e deixo chover...!

Sobre mim, me lavar, lavar a alma, me levar, refrescar o ânimo, molhar essas plantinhas, me resfriar e depois melhorar!

Se falta luz e sobra tempo e histórias para lembrar!

Será que só eu sou essa vítima feliz da chuva que sabe que ela, a natureza, Deus, não têm culpa

Do caos criado pela falha de mandatários de outro tipo de poder ou de quem tem o poder

De não poluir ou só de escolher não jogar um papelzinho em qualquer lugar?! 

Quando chove eu não tenho opção a não ser escrever e torcer para que não pare se me inspirar!

Espero pelo dia de sol se esse me trouxer um arco-íris!

Quando chove... sei lá!

Eu fico pensando e logo existindo!

Por aí também é assim quando chove, se estiver chovendo por aí?!

Quando chove eu me abrigo em mim esperando por uma tempestade para que também nunca deixe de vir 

O que sempre se promete quando esta passar!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

Vi tua vida em janelas quadradas, algoritmo gentil me trouxe você — como quem assopra cartas embaralhadas e entrega o naipe que não se pode prever. Não te conhecia, mas clicava em tua alma. Teu riso num parque, teus pais no Natal, teu corpo em ginástica, teu dia banal... E eu ali, pixel a pixel, invisível e presente — como espírito da máquina, fantasma obediente. Puxava assunto, às vezes bobo, às vezes doce, querendo só ficar perto. Tive a ousadia de sugerir um post: "Você nesse vestidinho... tomando um milk shake — com um céu lilás por perto..." E tu sorriste, mulher de fibra e filtro, disseste "quem sabe", como quem dança no abismo. Me empolguei: e se um dia...? E se o algoritmo fosse cupido, e os dados virassem destino? Mas então... tua timeline silenciou. Não houve briga, nem adeus, só o sumiço — e aquele perfil estático como mausoléu. Fiquei olhando dias, como quem assiste ao fim de um seriado sem saber se era ficção ou realidade. Hoje, aprendi: que o feed é um...