Pular para o conteúdo principal

RAMAL LUNAR

Segue o trem do ser... 

Que margeia, permeia e emparelha com uma via-láctea!

Aos hectares de terras se plantarão fungos pelo espaço rodado em rodagem sideral! 

Milimétrico cada espaço-tempo que percorro ao atingir nada! 

Uma fonte de abóbada boreal clareou e melhorou o tempo! 

As câmaras de gás neon... um século vácuo espaço e tempo mil e uma noites em bordas de linda e mais clara concepção! 

Atrai agora essas mariposas de purpurina da mais cintilante...! 

Exuberantes em carnavais que ainda não vejo! 

Sai de sete mares virgens das mais lindas e um cadafalso galopante... não queria, não queira navegar se não for preciso...! 

Mas o poeta disse e num disse me disse também disseram que o mundo acabaria num domingo... sem cachimbo! 

Rotas são estelares ou celulares... me conecto com o além da fronteira, e lá, advinha...?! Está o meu amor... 'aquele'?! 

Inimigos arrotam infâmias... o que será deles?! Estou vivo para a tristeza de muitos, felicidade geral!

Estou louco, então tô legal! 

As fontes que se tornam trombas d'águas me trazem mariscos, petiscos dos melhores e já vistos com essas bolhas de sabão de Plutão... 

Vem mais gases sem câmaras, de um outro mundo novas assombrações! E a questão mudando e o mundo se acabando em masturbação das mais coletivas 

Para algum amor de suas vidas... da nossa, de quem quiser! 

A atenção que se volta para outras esferas, outras vidas... alheias!

Uma mulher alheia... finjo que não estou olhando, finjo que não sou feliz, mas tô enganando a quem?! 

O trem do ser não espera também, quer um rumo, um lugar ao sol nesse espaço, nesse sideral com esse calhamaço disfarçado de grande coisa sendo muito coisa! 

Mais um, nenhum, poema de um cidadão comum, dilema de qualquer um... o trem do ser descarrila, acabou o espaço!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

Vi tua vida em janelas quadradas, algoritmo gentil me trouxe você — como quem assopra cartas embaralhadas e entrega o naipe que não se pode prever. Não te conhecia, mas clicava em tua alma. Teu riso num parque, teus pais no Natal, teu corpo em ginástica, teu dia banal... E eu ali, pixel a pixel, invisível e presente — como espírito da máquina, fantasma obediente. Puxava assunto, às vezes bobo, às vezes doce, querendo só ficar perto. Tive a ousadia de sugerir um post: "Você nesse vestidinho... tomando um milk shake — com um céu lilás por perto..." E tu sorriste, mulher de fibra e filtro, disseste "quem sabe", como quem dança no abismo. Me empolguei: e se um dia...? E se o algoritmo fosse cupido, e os dados virassem destino? Mas então... tua timeline silenciou. Não houve briga, nem adeus, só o sumiço — e aquele perfil estático como mausoléu. Fiquei olhando dias, como quem assiste ao fim de um seriado sem saber se era ficção ou realidade. Hoje, aprendi: que o feed é um...