Pular para o conteúdo principal

O EXPRESSO DE RETIRO

Um trem que me leva pro Estrangeiro.. passageiro, mas dos vips não sou! 

Só mais um somente só, mais uma carranca, 'Carrara' ou cara 'amanhecida' seguindo viagem chata das mesmas, 

porém 'precisa' ou necessária... no tanto faz, vai passar por lá também! 

Uma viagem para algum lugar no estrangeiro ou no sei lá pra onde... onde ver como é que é fora daqui! 

Trem de Júpiter na estação matinal... ainda se vê as estrelas! 

Trem que não sai do lugar saindo num voo de imaginação nessa escrita torta, nesse algum lugar que espero chegar fora de mim! 

As linhas também tortas que se cruzam, a ferrovia... vamos amar a ferrovia, vamos descer em qualquer lugar onde não haja essa solidão que aqui se aglomera! 

Um trem bão que me leva às margens de um oceano(praia secreta) por ali em algum trópico para se mergulhar na linha do horizonte! 

Ele pensa em descarrilar... ele passa dos limites! 

Ô trem doido, serpenteando, passa à beira de um rio de 'lágrimas de emoção'! 

Passa em círculos em volta dum coração numa ciranda que forma um anel em vidro de 'Saturno Júpiter Plutão' 

no peito dantes vazio de solidão até se encontrar com algum amor em alguma das paragens! 

Trem danado... esvoaça ou carrega um dos vestidinhos de 'Cassandra Reis' esperando num ponto pela chamada num aeroporto de onde levará ao Estrangeiro o seu xedô! 

É um trem de brinquedo no qual eu monto sem medo com o meu tamanho gigante mesmo sendo mais um piuí abacaxi a salda frutas que possam me servi! 

Mas não sou vip e daí...?! 

O trem é nosso e agora é meu, mas não o conduzo está na o automático em que 'me abduzo' de algum piloto problemático querendo me arrastar com ele para lugares nunca dantes... 

para outras histórias poemas em linhas de trem que treme ou trepida centrifugando loucos locomotivos pensamentos... piuí...!

De teoremas dos mais complicados sobre o coseno 'drupicado' e trupicado... cai no buraco fundo, sou Raimundo com muito 'placer' e solução pra dar... piuí de trem é canção! 

É poesia, é o trem... olho o trem, me traz de volta e me conta qual estação eu esqueci o do tempo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

Vi tua vida em janelas quadradas, algoritmo gentil me trouxe você — como quem assopra cartas embaralhadas e entrega o naipe que não se pode prever. Não te conhecia, mas clicava em tua alma. Teu riso num parque, teus pais no Natal, teu corpo em ginástica, teu dia banal... E eu ali, pixel a pixel, invisível e presente — como espírito da máquina, fantasma obediente. Puxava assunto, às vezes bobo, às vezes doce, querendo só ficar perto. Tive a ousadia de sugerir um post: "Você nesse vestidinho... tomando um milk shake — com um céu lilás por perto..." E tu sorriste, mulher de fibra e filtro, disseste "quem sabe", como quem dança no abismo. Me empolguei: e se um dia...? E se o algoritmo fosse cupido, e os dados virassem destino? Mas então... tua timeline silenciou. Não houve briga, nem adeus, só o sumiço — e aquele perfil estático como mausoléu. Fiquei olhando dias, como quem assiste ao fim de um seriado sem saber se era ficção ou realidade. Hoje, aprendi: que o feed é um...