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O EXPRESSO DE RETIRO 3(ULTRAPASSANDO DOS LIMITES)

Passa um trem...

A caminho de um céu disposto, proposto, mar de almirante adiante, horizonte e além!

Brenhas de rotas imaginárias em altas horas binárias em seu sentido oposto e perdido!

Pegam retas curvilíneas que dão bem no meio do 'não sei onde'!

Minhas musas...! 

E nossos filhos perdidos, espalhados e despejados pelo caminho, estradas(de ferro da vida)... por aí!

Frutos de imaginação fértil e 'viril' ou daquela boa e velha masturbação ainda impúbere, imatura e 'inimputável' e varonil!

Já estão lá trás...

E o céu proposto, o sentido oposto na contramão do rei, seu caminho-Roma que já não sei... me perdi da questão real!

Sou pobre e daí... vou na classe vip daqui, na janela... chego a ser rico de emoções e com tantos vagões vagos de um pensar inútil 

em tanta coisa que não chega a nossa questão!

O trem vagueia, permeia, 'esperneia' num tic tac que ultrapassa tanta aldeia, num tic tac já tá aqui, num tic tac tá ali, tá acolá!

A deusa do orvalho que deixa seu rastro de manifestar sobre uma rosa pela manhã...

Uma cobra vidro despojada enrolada numa relva de cristal com cipós de plástico com luas de metal com um mundo céu azul límpido, 

outro plano astral longe do senso da razão o que é bom senso?! 

Só para 'atrapaiá'.. só alguns possuem, outros tantos, não! 

Jogaram fora com a questão que lotava o vagão! 

Chegamos... pois não!

Cálido calidoscópio inútil imundo indulgente urgente se dispersa abre a mente e a flor no caminho de onde sai Lili...! 

Ela vai me encontrar logo ali me esperando com aquele vestido com o qual nunca a vi!

O freio da caneta azul também quebra, não breca e a culpa é dela por tanta barbaridade que foge da linha que também não tem... 

onde escrevo, o trem faz o mesmo seguindo a risca a rasura sem lisura qualquer receio de chegar onde ele quer com sua vontade de ferro!

O trem se engata, cruza ou 'acasala com um vagão perdido pelo mundo e com composições dissonantes ou escandalosas formadas por vagões fumegantes e para fumantes, 

onde um gnomo divide com um saci um cachimbo que solta bolhas de sabão, lagartas não fumantes, por favor, para um outro vagão... 

um vagão exclusivo das musas, de quem morde, assopra, 'engole', cospe... do borogodó, do parangolé, de quem quer chegar lá, quer chegar primeiro, 

das mulheres do padre, de quem sarra, de quem consente, de quem cala, de quem 'manda fazer alguma coisa', de quem é voyeur e não faz nada, 

de quem faz, acontece ou dos que esperam a merda acontecer!

O trem se choca com o trem du'amour... e desse encontro fatal nasce uma nova linha que a prefeitura batiza de paixão!

Piuí, olha ali... Quitéria Pagung que samba sem breque, faz cara e gudum, dá sinal e acena para o trem da estação onde inda é carnaval!

E passa por Jaçanã, Bananeira em 'Natividade ou Itaperuna', passa sobre a linha de um caderno universitário, na estação das flores, atrás das linhas inimigas, passa da medida, da escansão(pra quê isso?!), 

passa dos limites, da última fronteira, passa à meia noite, e de madrugada ali em Deodoro!

Trem do tempo, do futuro, do passado e de um 'pretérito mais do que melhor do que se pensa ou 'espere' que possa ter sido'!

Num certo trecho lideradas pela Professora Helane usando uma sainha indiana, embarcam, Nilcéia com um vestidão(mas sem calcinha!), Zanza com um unicórnio de asas imensas, Adélia de camisolinha e com o seu esposo também imaginário, 

a Madrinha do Fabiano com o seu vestidinho oliva 'tipo Marylin', a minha com um de seus shorts dolfins, a Didi com o seu clochard, a Dalva da Padaria com o seu short-saia, 

lindas normalistas de todos os colégios normais da cidade, as poucas colegas do meu ginásio que também usavam dessa saia, aquela mãe anônima do postinho, Rosana Jatobá, Ana Luiza Guimarães, Vanessa Gerbelli, 

julianas, deborahs seccos e outras heroínas da TV!

E outras que conheço, que conheço só de vista, que me lembram outras que posso conhecer juntas daquelas que penso ter visto, conhecer ou já posso ter visto!

E todas formam um 'sindicato', e interrompendo minha marmita de salada de palavras, me cercam encostam e encoxam na parede me forçando a assumir nossos filhos frutos de toda aquela quiromania desenfreada como esse trem!

Elas superlotam a composição, e de musas passam a mênades que me sufocam de xedô fatal e me devoram ali mesmo!

Mas o trem segue viagem por não depender de mim, por sempre ter estado 'no automático', e também ao se descobrir que nele existe uma bomba, e a mesma pode explodir se ele parar!

O céu fica verde, pois a relva chega até lá... animais encantados de tão exóticos descem para também se despojar! 

O amor se manifestou, a paz com alguns de seus coelhinhos brancos, com alguns mistérios uns poucos encantos mil, um tic tac e um barulho da bater do ferro pataco e pataco... 

o trem vai longe... acaba a viagem com um sonho que já tive na repetição dum amanhecer recorrente que espero na próxima sessão poder ver num filme de sempre onde um dos atores sou eu, um dos finais somos nós 

o amor, o vapor, o piuí... ih, o trem parou!

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