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O AMOR SEGUNDO DROSÓFILA

Ser o que os deuses quiserem... aurora boreal!

E esses sorrisos de neve seriam pra mim?!

Um noticiário fala de mais uma Juliana!

Camadas, gemas, células, claras 'larvas' sociais...

A camada mais pobre e a clara dos ricos

Ricos não comem ovos... uma ova, ovas em caviar!

Zuuum-zuuum...zuuum e zum!

Y assado pasam lós días

E 'Drosófila' segue em seu voo de asas leves

que dá impressão de que sua vida é fácil durando só um desses 'días'!

Vida breve e brava...

Rodam mandalas atômicas, dragões de Marte, o canto dos sacerdotes de Shangri-la

agora vindo da máquina de lavar, de todo canto recanto desde lá... e Drosófila?!

Drosófila já frequentou a padaria de Dalva com aqueles seus shorts ou saias!

Drosófila passa pela sala de estar, zona de conforto, acolchoada, estofada, e 'estupefata'

Passa pela pomba da paz, e se espanta com um senhor da guerra com seus 'artefatos indecente pra fora'! 

Pomba da paz e da praça onde passam mulheres alheias com seus vestidos estampados com flores para entregar a seus sortudos maridos!

O amor... Drosófila tão leve como tal, se esbarra com o mesmo pelo ar!

Ele tem apenas um dia, algumas horas para vivê-lo, conhecê-lo de verdade, melhor, na intimidade e 'se permitir' fazê-lo intensamente...

'se agarrar' em alguma relação como já o fez com muito de seus amigos aquele papel pega-mosca!

Florescem flores dentre borboletas aladas...

Assim 'hablava' Drosófila...

E tudo isso num só 'outro dia' que deve durar sua vida segunda uma expectativa que pode ser estimada ou 'frustrada'!

Mas Drosófila segue ziguezagueando, 'zumbizando', pairando, 'bailando', dando voltas pelo sol feito uma barata nuclear, tonta de tanto 'se dedetizar'!

E também dando rasantes por debaixo dessa mesa!

Ele pensa no sentido da vida em seu voo sem direção, pensa no que acontece com uma estrela cadente depois que atinge esse chão, 

e no barulho daquela árvore quando cai na mata'!

Drosófila é pelas causas naturais ou mortes provocadas...

E dentre outros 'zum-zum-zuns', diz-se que come esses cadáveres e também fezes... falam o que querem de Drosófila, mas este continua com seu voo de um só dia!

Drosófila voa e corre risco de também ser espalmado, cair numa teia, sopa ou numa cilada qualquer!

Um dia para depositar suas larvas, sua fé, replantar aquela árvore pondo o seu zumbido no lugar do barulho, escrever um livro, 'converter almas'...

Drosófila é caixeira viajante, varejeira e 'atacadista'!

Drosófila consegue estar lá pra vê o que falam sobre ele ou o que tramam e se ela realmente o ama!

E passa pelo meu cultivo de flores nessas saias e vestidos... 'apicultura de borogodó' num vespeiro de mulheres alheias transformo em musas!

Sem um plano de voo, Drosófila segue sem rumo, paradeiro... como esse mundo que também gira ele habita e pousa...

Um dia para dar a volta a um vasto mundo, 'dar uma volta na morte', para tirar o pai da forca, pagar aquele boleto, mostrar a que veio e dizer o que precisa!

Drosófila desce a um inferno astral, ouve rumores de guerra, paira por um reino do céu no céu da boca dum pregador...

E participa da conspiração de astros em seu 'plano astral'!

E finalmente conclui o seu pensamento sobre o amor...

E ele chega a conclusão de que... clep!

Tarde demais... o pobre foi espalmado fatalmente e sem querer por um jovem monge recém-formado em Shangri-la!

E de lá o legado que deixa é apenas de um único zum... e das mãos que o espalmaram não se sabe qual foi e 'qual o barulho da primeira'?!

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