Pular para o conteúdo principal

ODE ÀS PORTEIRAS

Abram-se as porteiras por esses caminhos...

Caminhos de trancos, barrancos, troncos,

roncos(de motores), pedras(pretas) e espinhos!

Porteiras que dão para as suas propriedades

Que afastam o sertão das cidades

E que dão acesso a uma 'utopia particular'!

Porteiras desse mundo velho...

Que se fecham e protegem da 'contaminação' do novo!

Preservam esse ar puro

E cercam esses campos do Evangelho!

Por onde passa um rebanho, boi, boiada, pousa a passarada

E passa um lavrador com seu gadanho!

Ao sol e fincadas sobre um solo batido e o mesmo sob esse asfalto percorrido!

Abram-se para esse viajante passar...

Ouvir modas, causos, viver aventuras e levar histórias quando voltar!

Abram-se para a lavadeira que segue pro rio, e para esse que deixa o sertão em direção ao mar!

Abram-se 'pros minino' que deixam esse rincão, seu ninho, pra se perderem na capitá!

E se mantenham abertas pra esses fios pródigos poder vortá!

À beira da estrada, no meio do caminho, lá longe afastada...

Porteiras, pórticos, pontilhão, pau-a-pique, ribanceiras...

Mesmo chão, estância, 'limítrofe', madeira!

Abram-se para aquela charrete, os tantos cavalos desse motor, uma mobilete...

Para o Anjo da Guarda, uma draga, um trator...

Porteiras que se mantêm intactas e conservadas como uma memória afetiva...

Feitas de velhas lembranças, de minhas raízes, e que sejam abertas ou fechadas levadas em 'meu interior'!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

#POESIA

Ó poesia com que escrevo e expresso Sonho e transmito de uma forma escrita Na mente 'estala' e na minh'alma grita! E ganha forma, letra, prosa e verso! Fala de amor e o coração palpita A solução prum mundo tão perverso De forma online ou num papel impresso... Grito que acalma toda a gente aflita! Que em forma de uma inspiração se chega! Se transfigura num tão lindo amor! Faz suspirar, mas não porque 'se ofega'! Dá ritmo a um texto, uma nota ao cantor Paixão e delírio numa mente pega! Faz de um poeta a sua voz e autor!

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

AMOR & POESIA

Vou tentar escrever um poema que não fale de beijo,  De carinho, de flor ou de espinho! Um poema que seja um ‘emaranhado de palavras’,  Mas que não toque nenhum coração! Amor sem poesia... Poderia viver um sem o outro?! Poesia sem amor... E que graça teria isso?! Não posso deixar de falar de amor  Por mais que pareça repetitivo, cliché, 'batido' e cansativo! Se é amor, tudo é válido...! Tudo faz sentido! Olhai os lírios no campo, as aves que gorjeiam, as nuvens que passam ou passeiam,  As ondas ou 'vagas' que vagueiam, a garota de Ipanema e outras praias, as da favela, As lindas professorinhas rodrigueanas, 'gonçalvianas,'  Aquelas ‘botero-balzaquianas’, ‘sudanesas’ e sozinhas num ponto de ônibus desse mundo...  O Deus desse mesmo mundo, o próprio mundo vasto de Raimundos... E o amor como a sua solução! A poesia sem amor não teria uma rima pra flor! Não teria tanta beleza e não haveria inspiração, pois com amor o ‘feio é belo’, O cho...