Foi com Peter Pan voando que a Gi foi parar
Num quintal de celofane, só feito pra sonhar,
Com gramas brilhando e cheiro de jasmim,
Onde o tempo cochila num balancim sem fim.
Na mesa encantada, sob o céu sem igual,
A Babá do Luar — figura celestial —
Servia café da manhã com doçura,
Pra mafagafos, dragões e a brava criatura.
Tinha o Rinoceronte do Riso a gargalhar,
Absolem no cachimbo, começando a levitar,
Duendes garimpando o ouro do arco-íris,
E diamantes perdidos nas nuvens-safáris.
A Babá, com seus olhos de bruma e luar,
Chamava com sineta de Shangri-la a tocar.
Seu robe era feito de véu cometário,
Bordado com luz e fio planetário.
O vestido da Gi — moog puro a vibrar,
Era trilha sonora pro sonho dançar.
E a flauta esquecida, sob os cogumelos,
Foi achada por um mafagafo — oh, anelos!
A Babá recebeu de um duende gentil
Um anel de Saturno, radiante e sutil.
Chegou Dona Helane, cheirando a passado,
Com sua mini indiana, num tom perfumado.
Com ela, a deusa Nidra e o Mestre do Sonho,
Num canto da mesa, num brilho risonho.
O pão dos astronautas era a refeição,
Com manteiga da Via-Láctea em expansão.
Mas quem se sentou junto a Helane, em transe,
Sentiu o perfume e viu nova nuance:
Foi 'Nilcea' que ali se revelou, sorrateira,
Na miragem azul de uma primavera inteira.
A Lebre de Março, enfim atrasada,
Chegou com relógio de Dali na passada.
E o céu se abriu com a chuva de Woodstock,
Pingando memória em forma de rock.
Mas o riso ecoou como hino final:
Absolem, Borogodó — em coral imortal,
Junto ao Rinoceronte e um mafagafo cantor,
Debaixo do sol-aquarela e da super lua em flor.
E a Babá do Luar, com seu passo de névoa,
Guardava em silêncio a aurora mais bela.
Pois sabia que o sonho precisa acordar...
Mas quem prova esse café, nunca deixa de sonhar. ☕🌠
*De um café psicodélico com Baba Gepeto!
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