O que esse hippie fora de época diz
é que por fora tá quem ainda guerreia,
quem censura, julga e se desfaz em giz
no quadro-negro da velha ideia.
Se não 'living for today',
se não fala de amor —
que raio de jornada é essa, irmão?
'Ban the drone!'
que uma lótus abre no bucho de Brahma
enquanto borboletas, em celofane e fora da estação,
saem do meu peito
como um milagre holográfico
feito mantra.
Sou de Gêmeos, mas me sento em Aquário,
com os cabelos que restam
penteados nos espelhos ondulados
da 'Vidraçaria Hoffman'.
E por falar em vidro...
ah, um caleidoscópio mágico,
pra me mirar com o terceiro olho,
ajna aceso,
com orelha de Ganesha
ouvindo o som que as estrelas escondem
quando ninguém mais acredita.
'Ban the drone!'
Meu 'domo' é uma bolha de sabão,
meu submarino 'yellow caramelo'
é doce, mas nunca nuclear.
Seguro num bunker da mente,
posso sair a qualquer era
por uma porta de percepção —
é só girar a maçaneta e plim.
Tá por fora quem não entende
que as modas também são nômades.
Caia na estrada… e perigas ver.
E verá.
Se ligue, sintonize, desapegue:
A droga verdadeira — liberada, barata e cara —
é o consumismo...
um barato que sai caro e engole tua aura.
Meu violão foi feito por 'Brother Gepeto',
que afina cordas com sopros de dharma.
E se me julgo hippie, é por amar livremente
as musas de todos os tempos
de forma segura (e deliciosamente fantasiosa).
Que cogumelo o quê...!
Minha tour é de café com pão
e leite da vaca daquele disco do Pink Floyd.
A poesia é meu vício,
e nos Vedas encontro a prescrição
que Timothy Leary deixou nas entrelinhas cósmicas.
Quem me acompanha,
sabe e 'mora' esse mantra:
o que eu falava mesmo…?
Ah, já esqueci!
Mas se quiser ficar por fora,
faça como quiser —
é tudo da lei.
Lei de Thelema. Nova Ordem...
Fim de papo!
☮️
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