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ITAPERUNA, MEU CANTINHO

No alto tem um Cristo, óia,

braço aberto pro sertão —

abençoa o povo todo,

das barrancas ao sertão. ☀️


Rio Muriaé serpenteia,

feito um velho contador:

leva história, leva infância,

leva sonho e pescador. 🌊


Lá jogava meus hominho

na poeira do terreirão,

e a guerra de faz-de-conta

vinha com o sol do sertão. 🪖


Rosquinha que a gente trazia

num saquinho bem fechado —

lembrancinha de Itaperuna,

com gosto nunca 'alembrado'. 🛍️🧂


Lili me esperava rindo

no pastinho sob o arco:

tinha um boi que cuspia estrela

e um céu pintado de charco. 🌈🐄


A folia vinha chegando,

bandeirinha a tremular —

e eu menino, feito santo,

corria pra abençoar. ✨


Angu fumegava alto,

na panela do meu tio:

era almoço e era afeto

sob o céu de céu anil. 🍲


Queria pegar o trem

lá do Ritiro sumido,

e com Lili no meu braço,

ver o tempo reabrido. 🚂


O barro de tabatinga

grudava nos pé no chão —

era tinta da memória

pintando meu coração. 🏺


Dara, loura da família,

hoje dança e faz feitiço:

de menina virou riso,

de boneca virou viço. 💃🏼


E no fim de cada história,

quando o peito diz que sim,

a gente solta o respiro:

Hen... que bom estar aqui! 💛


*DGPT Produções

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