I
Lili, no pasto à beira do rio,
Com vestidinho de flor, a brisa a cantar,
No coque o cabelo negro, brilhando,
E a garça a dançar no arco-íris no ar.
II
Lili chegou na beira d'água,
com a saia no vento, encantada...
olhou pro rio, se encostou na palmeira,
e o mato ficou sem fala!
III
Lili fez o peixe saltar,
quando olhou com olhos de luar...
só não viu a garça, que se foi voando,
porque eu já tava me entregando!
IV
Lili sorria, o mato deliciava,
a noite se esquentou no olhar...
só eu e ela, debaixo da lua,
vendo o rio a se enrolar!
III
Lili encostou no tronco,
com a saia levantada, ai!
o rio fez charme com o fundo,
e eu morri de vontade, que mais?
IV
Ela passou a mão na erva,
só pra ver se a flor se espreguiçava...
me chamou com um sussurro molhado,
e a garça, coitada, já tava falada!
V
Lili sorriu com jeito de quem sabe,
e o vento não conseguiu mais passar...
o Muriaé se esqueceu de cantar,
porque o coração do mato foi se entregar!
*DGPT Produções
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