Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2025

ZÉ CAMBITO & CATITA

No Rio de Janeiro morava a menina Celinha Catita, dengosa e ladina Mas no peito guardava, num sonho guardado O sertão que seu vô lhe tinha contado. De sangue potiguar, coração aventureiro Queria pisar no chão brasileiro Do Seridó quente, do sol abrasado Das noites de lua, do agreste encantado. Numa noite formosa, no céu um clarão Que igual só se via nos céus do sertão Celinha dormia, deitada em sua rede Quando ouviu um sussurro, sentiu um arrede. Na janela surgiu um vulto alongado De gibão em farrapo, chapéu bem virado Era um cangaceiro de olhar flamejante Mas seu corpo era feito de sombra e semblante. “Sou Zé Cambito, do tempo passado Vim lhe buscar pro agreste encantado Onde o mandacaru floresce ao luar E histórias dormem no vento a soprar.” Celinha, curiosa, sem medo, sem pena Vestiu seu uniforme de cangaceira pequena Uma saia evasê, short clochard arretado Chinelo customizado e olhar animado. Montou na garupa do corcel xilogravado Que relinchou forte, de luz enfeitado E num galope ...