Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2025

LILI

'Sob um céu que se curva ao pasto molhado, lá estava Lili, Elisângela Aparecida, a prima postiça de riso dourado, de estada incerta, viagem curtida'. Cruzava a cidade do interior,  tão distante,por trilhos reativados de 'Ritiro'  ao chão,sonhando em pedras,  no leito errantedo Caminho da Pedra Preta, ilusão. Com traços de gueixa e origem africana, ela dançava entre barrancos ribeirinhos, nas margens do rio amarelo insana, num amor platônico de desalinhos. Um dia, sob um arco-íris tristonho, me vi no delírio de um pasto vazio. Ali, num sonho, no tempo bisonho, Lili surgiu, amor sem estio. Microssaia blue jeans, mini jeans justa, coxas à mostra, feitiço e furor. E sem perceber, num descuido à custa, a calcinha ao alcance, oferta do amor. Mas eu, Rei de Sião, de alma selada, seguia distante, na minha indiferença. Entre garças em bando, na terra lavada, fugindo ao seu trem doido de crença. Na casa dos meus tios, ela rondava, viola caipira tangia no fundo, o rock rural na sa...

'VERINIANO'

Apaixonado pela própria dinda... A condição de um afilhado afeta! Mas o permite que seja um poeta... Diante de uma fada e musa linda! E a disputando com seus filhos, neta... Quem com certeza a origem é 'Coimbra'! E com alguma caravela vinda... E esse amor 'bússola' que aponta a seta! Mimos que iam de bombons à 'seu short'... Roupas mais íntimas e 'para o Jorge'...! E co'a lavanda toda a 'espécia' vinha! Com este amor 'fez' Beatriz, George... E seu afilhado 'esquecer' que és madrinha! Vera e para íntimos...'quem for'; 'Verinha'!

ELISÂNGELA DE RITIRO('QUADRINHA MESORREGIONAL')

No caminho da pedra preta... Donde a brisa dum 'ri' faz curva, E boi e boiada passa em turma; Hen... Lili, saia curta e 'lambreta'! *Nota: 'Lambreta' é a forma como os naturais dessa região se referiam ao chinelo de dedo.

ZÉ CAMBITO & CATITA

No Rio de Janeiro morava a menina Celinha Catita, dengosa e ladina Mas no peito guardava, num sonho guardado O sertão que seu vô lhe tinha contado. De sangue potiguar, coração aventureiro Queria pisar no chão brasileiro Do Seridó quente, do sol abrasado Das noites de lua, do agreste encantado. Numa noite formosa, no céu um clarão Que igual só se via nos céus do sertão Celinha dormia, deitada em sua rede Quando ouviu um sussurro, sentiu um arrede. Na janela surgiu um vulto alongado De gibão em farrapo, chapéu bem virado Era um cangaceiro de olhar flamejante Mas seu corpo era feito de sombra e semblante. “Sou Zé Cambito, do tempo passado Vim lhe buscar pro agreste encantado Onde o mandacaru floresce ao luar E histórias dormem no vento a soprar.” Celinha, curiosa, sem medo, sem pena Vestiu seu uniforme de cangaceira pequena Uma saia evasê, short clochard arretado Chinelo customizado e olhar animado. Montou na garupa do corcel xilogravado Que relinchou forte, de luz enfeitado E num galope ...