Ó Érica, cruel senhora,
com tua saia colegial,
teu desprezo ainda aflora,
mas meu corpo se devora
nesse delírio carnal.
---
No degrau do coletivo
vi teu passo a cintilar,
meu desejo fugitivo,
feito instinto primitivo,
quis te tomar sem pensar.
---
Tua indiferença é faca,
meu tesão sangra e se esvai,
és veneno que me ataca,
mas a febre que me embriaca
faz o jovem ir mais lá.
---
E no lençol, madrugada,
meu suspiro se derrama,
tua imagem mascarada
foi fantasma desejada
no incêndio da minha cama.
---
Mas desperto, em agonia,
já sem Érica, sem razão,
vejo o sonho em poesia:
foi só febre e fantasia
de um moleque em tesão.
---
*'A partir de um mote baseado num sonho(e delírio) que tive com uma colega de escola quando estava no ensino médio de um 'colégio regular'.
*DGPT Produções(Dan & Seresteiro Gepeto)
Comentários
Postar um comentário