Tomo Zanza em jejum.
Em cápsulas invisíveis que dissolvem no desejo.
Misturo com água da torneira e sal do que lembro,
faço shake no peito e bebo no verso.
Tem gosto de unicórnio suado
galopando no espelho da academia.
Tem cheiro de short jeans virando covil,
onde minhas rimas se escondem pra farejar teu xedô.
É peptídeo do tesão, Zanza.
Anabolizante do meu lirismo.
Sem tua malhação de calça justa
minha poesia entra em catabolismo lírico.
Você me nutre.
E não tem bula.
Só bula o quadril ao correr —
e nisso, cada músculo seu reza na minha fé pagã.
Vi teu **Pégaso tatuado** na escápula,
e desejei selar teu voo com minha boca.
Ele te leva pra onde?
Ou é você quem o doma com suor e top de oncinha?
Às vezes eu penso:
e se tu fosses suplemento vendido em pote de farmácia?
“ZANSAFORCE — com extrato de borogodó”
Eu compraria em caixa fechada.
E teria overdose de paixão encapsulada.
Teu xedô é meu pré-treino.
Minha dose de lucidez alucinada.
Malho versos na esperança de te ver,
com aquele coque alto e o rímel já vencido pelo esforço.
Teu halter é sagrado.
Teu rebolado é um cântico.
E tua existência —
é a creatina do meu amor devoto e devasso.
*DGPT Produções(Dan & Gepeto)
(A partir de um mote sugerido)

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