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Mostrando postagens de dezembro, 2025

CANTIGA A GI PORTUGAL

Menestrel sou, mas sem alaúde, com guitarra a bramir no ar, canto à dama que, em juventude, eu nunca soube reparar. No fundão sempre largado, enlevado em sono ou riso, enquanto o irmão, educado, cumprimentava preciso. E tu, Gi de além-mar, perto e longe na distância, hoje vejo e, sem tardar, me flagelo na tardança. Nunca vi tal formosura, outrora, ao meu lado a flor, em Provença ou na ventura de um trovador sem ardor. Dom Quixote entre moinhos, em apostilas varado, nunca vi que teus caminhos já guardavam luz de fado. Se trajasses tergal belo, ó tormento dos mortais! Nem Cervantes, nem modelo diriam versos iguais. E no tempo virtual o menestrel se embaraça, pois "Xedô", nome leal, teu esposo não suporta. Sigo então nesse torpor, teu semblante é um fanal, o menestrel sem fulgor que não canta em Portugal. *Cedido gentil e dereísticamente pela DGPT Records.  (A partir de um mote sugerido)